De acordo com o Seu Dinheiro, o preço da commodity teve queda cinco vezes nas últimas seis recessões econômicas. Apesar da tendência do barril em apresentar variações negativas, as expectativas para as próximas semanas são de que os preços continuem elevados devido à alta inflacionária que, somente no Brasil, está acima de dois dígitos nos últimos 12 meses. A queda acontecerá posteriormente com retomada econômica, mas antes as ações das empresas do setor sofrerão com instabilidade.
O mês de julho vem sendo marcado por receios mundiais de recessão, principalmente após as cidades da China responsáveis por mais de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) do país anunciarem que estariam voltando com o isolamento social após novos casos do vírus (fonte: Petrosolgas). O preço do petróleo Brent mostra-se instável desde então. A queda do preço do barril foi de 5% em apenas um mês, abaixo do estimado pelos economistas.
A destruição de demandas vindas de grandes potências mundiais fará com que países em desenvolvimento desacelerem e entrem em crise econômica. A falta de empregos que assola mais de 11 milhões de desempregados somente no Brasil, de acordo com IBGE, é um exemplo claro disso.
A alta de juros também leva a uma perda de demanda. No entanto, está sendo a única forma para controlar a variação da inflação ao incentivar os cidadãos a investirem e “guardarem” em vez de “circular dinheiro”. No Brasil, a Selic está em 13,25% e a estimativa é que seja elevada a 3,75% na primeira semana de agosto com a nova reunião do Copom.
- Vitória do petróleo e gás? Empresas petrolíferas estão se afastando da energia verde e faturando BILHÕES com combustíveis fósseis
- Petrobras choca o mundo ao prometer TRANSFORMAR o Brasil com investimento de US$ 111 BILHÕES e geração de milhares de empregos! Será a virada do país?
- Petrobras tem plano audacioso de investimentos: a área de exploração e produção contará com um orçamento de US$ 77 bilhões (R$ 440 bilhões), enquanto US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões) serão destinados ao refino
- Brasil e Argentina fecham mega-acordo para importar gás natural barato e revolucionar a integração energética na América do Sul!
Nos últimos 30 dias, petróleo brent caiu 5%, abaixo do esperado
O processo de variação do petróleo vem se mostrando instável após o estouro da guerra entre Ucrânia e Rússia ao final de fevereiro, em que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vinha alertando para movimentações russas suspeitas nas fronteiras desde o começo de janeiro. Houve um estouro das commodities com risco de desabastecimento pelos fins das parcerias com os russos, um dos maiores exportadores do mundo.
De acordo com especialistas, a maior queda acontecerá, inicialmente, a longo prazo nas empresas que trabalham com produtos primários do petróleo, como a Petrobras, e não diretamente nas commodities. Na última terça-feira, 19 de julho, as ações da Petrobras terminaram em alta de 2%, tendo o acumulado de valorização do mês de 4%, abaixo dos meses anteriores.
Mín — Máx (Dia) | 28,40 – 29,24 |
Variação (Dia) | +2.02% |
Variação (Mês) | +4.47% |
Variação (2022) | +24.64% |
Variação (52 semanas) | +60.43% |
O acumulado de valorização das ações da Petrobras chega a 60% nas últimas 52 semanas, enquanto no ano de 2022 a variação da estatal chegou a 24%, dados estes que podem significar desaceleração. As instabilidades nos preços das ações ocorrem, na maior parte das vezes, após tentativas do governo federal em intervir nos valores dos combustíveis. Bolsonaro, presidente da República, já se mostrou contra a política de preços. E, nesta terça-feira, 19, a empresa anunciou uma nova redução sobre o valor cobrado no litro dos combustíveis, que chegou a 5%.
Joe Biden cria parceria com herdeiro saudita e pode controlar preços internacionais e pressão sobre o barril brent
Na semana passada, Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, se encontrou com o herdeiro saudita Mohammed bin Salman para discutir sobre a possibilidade de o país fornecer petróleo para os Estados Unidos. A expectativa é que a parceria tende a reduzir as pressões sobre o valor do barril e o receio de “desabastecimento”, argumento da Petrobras para aumentar os seus preços.
Em síntese, o valor do petróleo tende a cair nos próximos meses, mas antes das commodities as ações das empresas do setor terão variações negativas.