Pesquisa classifica o Brasil como o nono colocado no ranking de países onde a mão de obra qualificada para as empresas é mais escassa
De acordo com pesquisa realizada pela consultoria de recursos humanos ManpowerGroup, o Brasil é o nono país onde mais falta mão de obra qualificada para empresas em um ranking composto por 40 países e territórios. Aqui, 81% dos empregadores relataram que enfrentam dificuldades na procura por trabalhadores com a qualificação necessária. No ano passado, o índice brasileiro era de 71%.
Ao todo, a consultoria entrevistou para a execução da pesquisa 40 mil empregadores em 40 países distintos, tendo 3 em cada 4 empresários mencionado obstáculos para encontrar talentos. A média global é de 75%.
O percentual que representa a falta de mão de obra qualificada no Brasil passou por diversas oscilações durante os últimos dez anos. Entre 2012 e 2018, o índice sofreu uma enorme redução, indo de 71% para 34%. Porém, desde 2019, a taxa vem observando ampliações, atingindo agora o seu maior valor.
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Mundialmente, o percentual de escassez de mão de obra aumentou seis pontos em comparação ao ano passado, tendo, assim, chegado ao seu maior nível em 16 anos. A média, de 75%, é o dobro da obtida em 2015.
Wilma Dal Col ressalta a influência na pandemia nos resultados obtidos pela pesquisa
A diretora de gestão estratégica de pessoas no ManpowerGroup, Wilma Dal Col, afirmou, em entrevista à CNN Rádio, que a pandemia atuou para intensificação do problema, apesar de não tê-lo causado. Segundo ela, a cada ano, as empresas encontram mais dificuldades no preenchimento de vagas, sejam as mais simples ou aquelas que exigem maior preparo e formação.
Dal Col explica que essas dificuldades estão atreladas ao avanço e ao desenvolvimento da tecnologia, que vem trazendo soluções cada vez mais ágeis e demandando o melhor da competência humana. Nesse sentido, a mão de obra qualificada não consiste apenas na formação e na execução de atividades, mas corresponde também a comportamentos e a habilidades humanas capazes de fazer a diferença.
As denominadas soft skills, por exemplo, exigem que o ser humano melhore sua capacidade de relacionamento e trabalho integrado.
Wilma declarou, ainda, que, diante do cenário apresentado, as empresas podem optar por duas alternativas: uma de curto prazo e outra de abordagem sustentável. A primeira seria questionar o modo como a empresa está atraindo e retendo talentos, se está utilizando as melhores práticas de seleção e oferecendo o que os trabalhadores desejam. Já a segunda seria trabalhar com o preparo dos profissionais, a fim de tornar a empresa um pool de talentos, não de indivíduos imediatamente prontos.
Por outro lado, a diretora também destaca que o profissional é também responsável pela mudança, uma vez que as escolhas individuais fazem parte e que a proposta de valor para a carreira está em suas mãos.
Mais dados apresentados pela pesquisa a respeito da falta de mão de obra qualificada entre os trabalhadores mundiais
A pesquisa demonstra que os setores em que a mão de obra está mais escassa são os seguintes: Banco e Finanças; TI e Tecnologia; Indústria; Educação, Saúde e Governo; Atacado e Varejo; Construção e Hotelaria e Restaurantes.
Ainda conforme a pesquisa realizada, as áreas com maior demanda por mão de obra qualificada são: Tecnologia da Informação & Dados; Atendimento ao Cliente & Front Office; Logística & Operações; Marketing & Vendas e Administração & Apoio ao Escritório.
Por fim, os entrevistados para a pesquisa também citaram as habilidades mais difíceis de serem encontradas entre os candidatos aos empregos, sendo elas: Raciocínio e resolução de problemas; Resiliência e adaptabilidade; Iniciativa; Confiabilidade e autodisciplina e Espírito colaborativo e trabalho em equipe.