O estado do RJ quer reforçar sua participação neste mercado trilionário global até 2030 e, através da Alerj, representantes e especialistas da indústria naval debatem os melhores rumos que o Brasil pode trilhar para alcançar este objetivo
Em audiência pública realizada nesta segunda-feira (21), as Comissões de Indústria Naval, de Offshore e do Setor de Petróleo e Gás e de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), discutiram a criação de um cluster marítimo (polo tecnológico) com representantes de universidades públicas e instituições científicas do estado. Durante a reunião, o diretor-presidente da Empresa Gerencial Projetos Navais (Emgepron), almirante Edésio, apontou que o setor naval brasileiro pode gerar centenas de empregos diretos até 2030.
“O Rio de Janeiro tem tudo para se transformar em um dos principais pontos mundiais do desenvolvimento da economia do mar. Não há outro lugar no mundo que tenha tanto potencial. Pretende-se que, em 2030, a economia do mar contribua com um valor agregado de três trilhões de dólares, o que representa cerca de 5% a 6% na economia global. Além disso, a expectativa é de gerar centenas de postos diretos de trabalho, além dos empregos indiretos”, afirmou o almirante.
Edésio enumerou ainda os pontos potenciais do Rio para se consolidar um cluster marítimo. “Nós temos uma natural vocação marítima, além de proximidades geográficas, sociais, institucionais, culturais e tecnológicas entre os diversos agentes econômicos. Isso não é somente em relação ao segmento industrial-comercial, mas também às instituições públicas e privadas, e principalmente ao meio acadêmico. Temos mais de 50 universidades e grandes centros de pesquisa, como o da Petrobras, como a COPPE/UFRJ e como o Centro Tecnológico da Marinha do Rio de Janeiro”, explicou.
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O diretor da Emgepron sugeriu ainda a criação de uma “Autoridade para Desenvolvimento da Economia do Mar”. Segundo ele, o órgão poderia ser instituído na estrutura da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Industrial, com objetivo de conduzir, de maneira integrada e coordenada, as questões de exploração do potencial marítimo do estado do Rio de Janeiro.
Presidente da comissão, a deputada Célia Jordão (Patriota) destacou o empenho em buscar interlocução com o Executivo e outros órgãos para a formação da governança colaborativa para impulsionar o setor:
“Estamos ampliando as discussões sobre investimentos em infraestrutura e qualificação do mercado, com o objetivo de promover uma grande união em prol da retomada do crescimento do setor naval. Vamos agendar uma reunião com o governador Cláudio Castro para discutir medidas de desenvolvimento para o setor da indústria naval e offshore”, afirmou Célia Jordão.
O economista e diretor da Assessoria Fiscal da Alerj, Mauro Osório, frisou a importância de estabelecer uma organização para enxergar oportunidades para o desenvolvimento econômico do Rio.
“Precisamos trabalhar de forma sistêmica. As forças armadas têm uma presença muito forte no estado, e praticamente não há interação entre as lideranças estaduais e as forças armadas. Hoje, 80% dos fornecedores da Petrobras estão fora do Rio, então precisamos enxergar grandes oportunidades para a economia. Ainda temos o Fundo Soberano Estadual, que foi criado justamente com esse objetivo, e vamos discutir como podemos usar esses recursos para estruturar a economia fluminense”, comentou.
Portos do Rio de Janeiro e de Itaguaí recebem visita de representantes do MInfra e da MRS
Representantes da Secretaria Nacional de Transportes Terrestres do Ministério da Infraestrutura ( SNTT / MInfra ) e da operadora logística MRS, que administra uma malha ferroviária nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, visitaram os Portos do Rio de Janeiro e de Itaguaí nos últimos dias 14 e 15, respectivamente. O objetivo foi tratar, com os diretores e gestores da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), e com os representantes da SNTT/MInfra, das melhorias na infraestrutura ferroviária de acesso aos portos. Entenda todo os objetivos da visita no artigo do dia 21/06/2021.
Fonte: Comunicação