Empresas vão implementar sistema inédito de inteligência artificial em navio-sonda da Petrobras, com foco na segurança operacional
Um projeto piloto que visa integrar conceitos de machine learning e câmeras de alta resolução para embarcações em operações offshore está sendo desenvolvido pela Petrobras em parceria com a Microsoft. Esse projeto é financiado igualmente pelas duas empresas e a estatal espera implantar o mecanismo em todas as suas embarcações no médio e no longo prazo. Veja também que a Petrobras começará a perfurar os primeiros poços da fase I do Campo de Mero.
O sistema, que é inédito no Brasil, será capaz de identificar automaticamente, por meio de algoritmos, riscos de segurança operacional nas imagens gravadas pelas câmeras, podendo captar desvios e incidentes, como a obstrução de rotas de fuga. “O objetivo é permitir que a máquina compreenda as situações que possam resultar em acidentes para podermos trabalhar em soluções para mitigar esses riscos”, informa o consultor técnico da Petrobras, Hardy Pereira Pinto.
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Conforme afirma Hardy, o surgimento da demanda foi da área de construção de poços em navios-sonda. “Hoje, temos um bom padrão de segurança comparado ao resto da indústria. Mas temos como valor a busca constante pela melhora desse índice e a inteligência artificial poderá ajudar muito”, diz o consultor técnico da Petrobras.
O diretor dos laboratórios de tecnologia avançada da Microsoft Brasil, Luiz Sérgio Pires, informa que foi finalizada no mês de setembro a primeira etapa de implantação do projeto piloto no navio-sonda NS-38. Estima-se que sejam instaladas de 20 a 24 câmeras nessa embarcação. “A Petrobras é pioneira nesse projeto conosco. Trata-se de uma área de muito interesse para nós, ainda mais em uma parceria inédita no Brasil”, explica Pires.
O diretor da Microsoft ainda acrescenta que o sistema de inteligência artificial que está em desenvolvimento irá precisar sempre da análise de um funcionário especializado, devendo analisar a situação captada e determinar qual o melhor procedimento para se executar naquele determinado caso. “Nós não enxergamos a substituição do ser humano pela inteligência artificial, mas sim uma ajuda mútua”, destaca Pires.
Atualmente, a decisão está produzindo alertas automáticas de risco ao identificar acesso às zonas restritas e uso inapropriado dos equipamentos de segurança, beneficiando cerca de 180 trabalhadores e um total de 300 pessoas embarcadas em navios-sonda offshore.
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