Arqueólogos na Alemanha encontram o “Príncipe do Gelo”, bebê sepultado com seda rara, braceletes de prata e técnicas avançadas de preservação
No Sul da Alemanha, arqueólogos do Escritório Estadual de Preservação de Monumentos da Baviera (BLfD) encontraram os restos mortais de um menino de aproximadamente um ano e meio. A escavação foi realizada nas proximidades da cidade de Mattsies. O garoto, apelidado de “Príncipe do Gelo”, viveu entre 670 e 680 d.C.
O corpo estava em uma câmara funerária de pedra, acompanhado de diversos objetos valiosos. Para preservar a estrutura e retirar o conteúdo sem danificar, os especialistas usaram uma técnica especial.
Congelaram o bloco de terra com nitrogênio líquido por 14 horas. O processo de choque térmico manteve intacta toda a área, que foi levada para um ateliê de restauração próximo à cidade de Bamberg.
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Análises revelam características do menino
Testes de DNA indicaram que o Príncipe do Gelo tinha olhos azuis e cabelos claros. Já as análises de isótopos de estrôncio mostraram que ele foi amamentado até o momento de sua morte.
Apesar da proteção oferecida pelo leite materno, o menino morreu em decorrência de uma otite, infecção crônica no ouvido comum na era pré-moderna.
A câmara funerária estava selada com argamassa de cal, algo incomum para o período. Dentro dela, foram encontrados mobília, alimentos e adereços luxuosos.
O menino vestia uma túnica de linho de mangas compridas, decorada com uma faixa de seda. Esse material era raro na região e geralmente vinha do comércio com o Império Bizantino.
Sapatos com esporas e braceletes de prata
Além da túnica, o Príncipe do Gelo usava calças, braceletes de prata nos braços e sapatos de couro com esporas prateadas. A presença desses itens reforça a posição de destaque social da família à qual o menino pertencia.
A descoberta oferece um raro olhar sobre os costumes funerários e a vida das elites infantis na Baviera há mais de um milênio.
Com informações de ND Mais.
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