Em um movimento contrário ao da Ford, a multinacional fabricante de veículos Volkswagen vai investir R$ 7 bilhões na América Latina.
Apesar dos desafios contínuos da pandemia coronavírus, da escassez global de semicondutores e a saída da Ford do Brasil, Volkswagen, a maior fabricante de veículos do mundo, espera reportar um resultado positivo em 2021 e anunciou, na últina sexta-feira que vai investir 7 bilhões de reais (aproximadamente 1 bilhão de euros) nos próximos cinco anos na América Latina. Do montante divulgado, o Brasil deve receber a maior parte.
Leia também
- Multinacional fabricante de veículos Mitsubishi, oferece descontos de até 60%, em 16000 peças originais, para os donos dos carros antigos Mitsubishi Eclipse, L200, TR4, Galant, Space Wagon, 3000GT e mais!
- Nova bateria portátil que parece mala, promete salvar a vida dos amantes dos carros elétricos e trazer carga extra de 32 km, quando se verem em apuros
- A maior fabricante de turbinas eólicas do mundo, quer instalar fábrica de turbinas eólicas offshore no Ceará e muitos empregos serão gerados no estado
- Volume de produção nas linhas da Volkswagen, Toyota, Nissan, Honda, Fiat e General Motors despencam e reflete na operação da fábrica de fornecedor em Taubaté, que inicia demissões na unidade
O investimento massivo será destinado ao lançamento de uma nova família de carros, além de um processo de aceleração do desenvolvimento de modelos de negócios digitais e, especialmente, a expansão de pesquisas sobre biocombustíveis.
A montadora alemã vai renovar radicalmente seu portfólio de modelos com 20 novos veículos
A empresa alemã lançou uma ofensiva de produtos em 2017 para renovar radicalmente seu portfólio de modelos com 20 novos veículos da nova família de carros compactos adaptados às necessidades do mercado sul-americano que estrearão ao longo de quatro anos, a maioria deles fabricados nas fábricas da Volkswagen no Brasil. O primeiro modelo é o Polo Track, que será produzido na fábrica de Taubaté (Brasil) e é baseado na plataforma MQB.
- Conheça o Austin FX4, o táxi londrino que marcou a história do país e hoje vive abandonado em um cemitério
- 6 motores antigos que ainda movem veículos novos no Brasil: a tecnologia que resiste há mais de 35 anos!
- Descubra a saúde do seu carro com o ‘Exame de Toque’ no escapamento
- Toyota abala o mercado e revela novo carro elétrico que promete autonomia impressionante de 605 km, capaz de fazer São Paulo ao Rio em uma só carga
“O alto nível de investimentos futuros em nossa região demonstra a grande importância do mercado latino-americano para a Volkswagen. Isso se baseia em três fatores fundamentais de sucesso: a excelente produtividade de nossas fábricas alcançada através de consenso com os sindicatos, o excelente desempenho de toda a equipe e nosso forte foco nos desejos dos clientes latino-americanos”, destacou o presidente e CEO da Volkswagen América Latina, Pablo di Si.
Volkswagen foca em digitalização e descarbonização
Ao mesmo tempo em que expande seu portfólio de produtos, a Volkswagen também está acelerando o ritmo de sua transformação para se tornar uma provedora de “mobilidade sustentável orientada a software” com investimentos adicionais na América Latina.
O objetivo do grupo é fortalecer ainda mais sua situação competitiva, focar na rentabilidade sustentada e dar um impulso à digitalização e descarbonização na América do Sul. Isso inclui um centro de pesquisa de biocombustíveis como uma tecnologia de ponta para este mercado, para complementar a ofensiva global de eletrificação da Volkswagen.
“A América Latina é um mercado importante para o futuro da Volkswagen. Nos últimos dois anos, alcançamos uma posição muito boa na região através de um programa de reestruturação muito consistente. Agora estamos impulsionando a implementação da nossa estratégia ACCELERATE com um grande programa de investimentos, fortalecendo nossa posição competitiva na região, e assim, nos preparando para uma rentabilidade sustentada”, disse Ralf Brandstätter, CEO da Volkswagen.
Nesse sentido, a Volkswagen está fazendo mais investimentos no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Biocombustíveis existente localizado na América Latina. Particularmente em regiões onde as viagens envolvem longas distâncias, onde as infraestruturas de carregamento não são generalizadas e onde os níveis de fornecimento de energia verde são baixos, os biocombustíveis com saldo positivo de dióxido de carbono (CO2) podem “construir uma ponte para a era elétrica”.