Aneel cria sistema que assegura ressarcimento direto para consumidores afetados por apagões prolongados em todo o país
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em 21 de outubro de 2025, uma resolução inédita que determina indenização automática para consumidores que ficarem sem energia elétrica por mais de 24 horas em áreas urbanas ou 48 horas em áreas rurais.
Além disso, a decisão surge como resposta aos apagões cada vez mais frequentes, especialmente durante eventos climáticos extremos que atingiram o país nos últimos anos.
Dessa forma, o novo sistema busca garantir mais justiça e transparência no atendimento ao consumidor.
Quem tem direito à compensação
A compensação automática valerá para residências, comércios e indústrias que enfrentarem interrupção acima dos limites fixados pela Aneel.
Além disso, consumidores que compram energia diretamente das distribuidoras, desde que adimplentes e com medição ativa, também terão direito ao crédito.
Por isso, o valor aparecerá automaticamente na próxima fatura de energia, sem a necessidade de solicitação ou protocolo.
Assim, o processo torna-se ágil, transparente e acessível para todos os consumidores afetados, fortalecendo a confiança no sistema elétrico nacional.
Situações que garantem o direito à indenização
A resolução contempla ocorrências causadas por fenômenos climáticos severos, como vendavais, temporais, quedas de árvores e postes, inundações, queimadas e deslizamentos.
Além disso, inclui falhas em subestações resultantes de eventos naturais extremos. Anteriormente, essas situações ficavam fora das compensações, pois eram tratadas como imprevisíveis.
No entanto, a Aneel agora exige que as distribuidoras atuem de forma preventiva, garantindo respostas rápidas e eficientes mesmo diante de condições adversas.
Com isso, a agência reforça o compromisso com a segurança e a confiabilidade do fornecimento elétrico em todo o país.
-
FIRJAN projeta R$ 1 trilhão em investimentos em energia no Rio de Janeiro até 2035, com 40% em renováveis e impulso à infraestrutura sustentável no Estado
-
ANEEL autoriza operação de novas hidrelétricas no Sul e reforça expansão das Pequenas Centrais Hidrelétricas na matriz energética brasileira
-
Nuclear Legacy 2025: participação da EPE fortalece parcerias globais em prol da energia limpa no Brasil e transição energética sustentável
-
Contas de luz vão explodir no Brasil: entenda o motivo por trás do novo aumento na energia
Como será calculada a compensação
O valor da indenização dependerá do tempo total de interrupção e seguirá as fórmulas previstas pela Aneel.
Além disso, o cálculo considerará a classe de consumo — residencial, comercial ou industrial — e a tarifa vigente.
Portanto, quanto maior o tempo sem energia, maior será o valor compensatório. Todo o processo ocorrerá automaticamente, o que garante celeridade e transparência para os consumidores.
Caso o cliente perceba erro ou divergência no crédito, ele poderá acionar a Ouvidoria da distribuidora ou diretamente a Aneel para revisão.
Desse modo, a agência assegura que nenhum consumidor prejudicado fique sem retorno financeiro adequado.
Quando a nova regra entra em vigor
A Aneel informou que publicará a norma oficialmente nas próximas semanas.
Em seguida, as distribuidoras terão 180 dias para adaptar seus sistemas e planos de contingência. Depois disso, o direito à compensação entrará em vigor em até 60 dias, conforme o cronograma da agência.
Portanto, milhões de consumidores poderão receber o ressarcimento já nas próximas faturas, o que tornará o processo mais previsível e eficiente.
Além disso, a medida pressiona as distribuidoras a investirem em infraestrutura e prevenção, garantindo maior estabilidade elétrica.
O que muda com a nova resolução
A decisão da Aneel reforça a responsabilidade das distribuidoras de energia e amplia a proteção dos consumidores brasileiros.
Com isso, o sistema de compensação torna-se mais justo, direto e padronizado em todo o país.
Além disso, a agência manterá monitoramento constante para garantir cumprimento rigoroso das normas.
Empresas que descumprirem as determinações enfrentarão multas e penalidades administrativas severas. Consequentemente, a nova medida representa um avanço significativo na defesa dos direitos dos consumidores, promovendo transparência, eficiência e rapidez no tratamento de interrupções prolongadas.
Diante das mudanças climáticas cada vez mais intensas, as distribuidoras precisam se adaptar rapidamente para garantir estabilidade e qualidade no fornecimento.
Assim, resta saber se todas conseguirão cumprir os prazos e evitar novos apagões nos próximos meses.



Seja o primeiro a reagir!