Com tanques e células de combustível, bem como o motor, acopladas em um módulo, e não na fuselagem da aeronave, uma empresa francesa apresentou, em dezembro de 2022, aviões de hidrogênio do futuro, equipados com motores destacáveis. A solução apresentada vem em um encaixe colocado embaixo da aeronave, e assim, todo o sistema apresenta maior segurança do que aqueles em que os tanques refrigerados são acoplados na segurança e que influenciam diretamente o quanto de carga útil esses aviões podem transportar.
É o conceito de propulsão descentralizada para aeronaves tripuladas e não tripuladas, para o qual a empresa francesa espera que, começando com aplicativos autônomos, seja possível que pré-requisitos de regulação, e de certificação sejam minimizados.
E as expectativas do mercado é que o sistema de propulsão esteja já realizando estudos para levantar aeronaves com capacidade para até 96 pessoas entre tripulantes e passageiros. Isso tudo graças a conhecida tecnologia do futuro, a tecnologia criogênica, que dimensiona a tecnologia para aeronaves maiores. A tecnologia dos aviões do futuro foi lançada em 2020. Mas como funciona essa tecnologia?
Devido a necessidade de ser armazenado em pressões muito altas, para se manter liquefeito, tanques cilíndricos, ou esféricos, são a melhor forma de armazenamento do combustível. Hoje esses tanques são acoplados à fuselagem, e é justamente essa a inovação apresentada pela empresa francesa, que já foi batizada: São os “aviões-asa”, em que o arrasto de fuselagem é menor, o que reduz o consumo de combustível da aeronave.
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Especialistas colocam que, apesar de todo o risco que novas tecnologias apresentam, os principais problemas não ser relacionam à segurança do passageiro, mas sim, a seguranças das operações em solo. Vazamentos não são admitidos e o armazenamento e combustão estão entre os maiores desafios dessa adaptação. Outra dificuldade está também na fabricação de hidrogênio líquido em larga escala, e da distribuição e armazenamento em solo do hidrogênio líquido.
Desenvolvimento de tecnologias futurísticas no Brasil
No Brasil, a Embraer também realiza estudos para a produção de modelos híbridos, que já devem ser disponibilizados no mercado a partir de 2030. É que a tecnologia híbrida é mais simples, mais leve, menor. A Empresa de aviação comercial faz projeções de que, até 2035, quatro mil unidades serão entregues. E a depender da demanda por sustentabilidade, esse número pode ser multiplicado por cinco. Essas são as previsões para a aviação do futuro, duas tecnologias que representam apenas um pontapé no grande plano para a redução de emissão das aeronaves.
A Embraer chamou o projeto de “avião verde”. Por aqui, a tecnologia utilizada é da energia híbrida e os projetos estudados objetivam transportar até 30 pessoas, entre passageiros e tripulação. A previsão é de uma redução de emissão de combustíveis fósseis da ordem de 90%.
Para o vice-presidente sênior de Engenharia Tecnologia e Estratégia Corporativa da Embraer, Luiz Carlos Affonso, o setor não admite mais não pensar em redução de emissões de CO2. Para o vice-presidente, os desafios são grandes, porém a meta de zerar emissões de poluentes não é impossível, declarou Affonso.
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