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Alerta máximo! Trincas em barragem da Vale são detectadas e colocam milhares em risco de rompimento iminente e forçam evacuação urgente em Minas Gerais

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 14/09/2024 às 17:08
Vale encontra trincas em barragem de Ouro Preto com risco máximo de rompimento. Medidas de segurança são urgentes. Tragédia pode ser evitada?
Vale encontra trincas em barragem de Ouro Preto com risco máximo de rompimento. Medidas de segurança são urgentes. Tragédia pode ser evitada?

A mineradora Vale detectou trincas na barragem Forquilha III, em Minas Gerais, aumentando o risco de um rompimento. O local, em nível 3 de emergência desde 2019, está sendo monitorado, e a área já foi evacuada.

Desde 2019, os moradores de Ouro Preto vivem sob a sombra do medo, sempre à espera de uma notícia que jamais gostariam de ouvir.

A barragem Forquilha III, localizada na mina de Fábrica, já estava marcada pelo perigo iminente de rompimento. Mas, uma nova descoberta trouxe à tona uma realidade ainda mais assustadora. E não, não é o que você está pensando – ao menos por enquanto.

Na última sexta-feira (13), a mineradora Vale anunciou a descoberta de trincas superficiais na estrutura da barragem. Embora a empresa afirme que as condições de estabilidade não foram alteradas, o risco não é desprezível.

O alerta máximo foi acionado, com a área ao redor já sendo evacuada em caso de uma catástrofe. O que está sendo feito para prevenir um novo desastre ambiental?

Trincas encontradas em inspeção

A barragem Forquilha III está em estado de emergência nível 3 desde 2019, o mais alto na escala da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Isso significa um “risco iminente de rompimento”. A Vale, no entanto, busca tranquilizar a população afirmando que o local é monitorado de forma permanente.

As trincas encontradas recentemente surgiram durante uma inspeção de rotina, realizada como parte dos procedimentos de segurança.

Em resposta imediata, a mineradora informou aos órgãos competentes e iniciou a execução de um plano de ação para investigar a situação e realizar as correções necessárias.

Segundo a empresa, a barragem conta com uma estrutura de contenção a jusante e uma zona de autossalvamento totalmente evacuada, sem a presença de comunidades em risco.

Histórico de problemas

Não é a primeira vez que a barragem Forquilha III apresenta anomalias. Em abril deste ano, uma anomalia foi identificada em um dos 131 dispositivos de drenagem da estrutura.

Naquela ocasião, a mineradora também assegurou que as condições de estabilidade não haviam sido comprometidas, com o monitoramento sendo realizado diariamente.

A barragem foi evacuada em 2019, e desde então, diversas medidas de segurança foram implementadas para evitar um rompimento.

Entre essas medidas, a descaracterização da barragem está em andamento, com previsão de conclusão até 2035. O processo envolve a remoção dos rejeitos de mineração e a recuperação ambiental da área.

Planos futuros da Vale e riscos

A previsão de conclusão das obras de descaracterização para 2035 gera questionamentos, especialmente considerando o histórico de desastres ambientais no Brasil envolvendo mineradoras.

Em caso de rompimento, as bacias do Rio das Velhas e do Rio Paraopeba seriam as mais afetadas, com consequências devastadoras para o meio ambiente e as comunidades ribeirinhas.

A Vale reforça que continua comprometida em avançar na descaracterização da estrutura e reduzir o nível de emergência da barragem, buscando minimizar os riscos para a população e o meio ambiente.

Situação atual e perspectivas

Embora o risco de rompimento seja real, o monitoramento contínuo e as medidas de segurança implementadas são apontados como fundamentais para evitar um desastre.

A ANM, por sua vez, ainda não deu retorno sobre as últimas informações divulgadas pela Vale, mas é esperado que novos detalhes surjam em breve.

O que chama atenção é que a mineradora Vale, mesmo após o desastre de Brumadinho, enfrenta desafios similares, o que levanta questionamentos sobre a eficácia das ações preventivas adotadas.

De todo modo, o cenário atual da barragem Forquilha III em Ouro Preto é um alerta vermelho para as autoridades e a população. Com trincas sendo detectadas e um histórico de problemas, a pergunta que fica é: será que o Brasil está preparado para evitar uma nova tragédia ambiental? E mais, a velocidade das obras e medidas de contenção será suficiente para proteger a região e evitar outro desastre como o de Mariana?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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