Estaleiro Rio Grande, controlado pela Ecovix e em recuperação judicial tem as vendas como tentativa de minimizar o prejuízo com o cancelamento dos contratos
A Ecovix, controladora do Estaleiro Rio Grande (ERG), no munício do mesmo nome no estado do Rio Grande do Sul, está vendendo 38 mil toneladas de estruturas de aço que seriam dos antigos cascos da P-71 e P-72, cujos contratos foram cancelados no auge da lava-jato.
Uma primeira rodada de leilões on line aconteceu na semana passada, quando foram vendidas 26 mil toneladas e ontem (23/04) foram colocados mais 38 mil toneladas de aço, como sucata, á disposição dos comparadores. Não obtivemos informações se os lotes foram arrematados e nem o nome dos compradores.
O Estaleiro Rio Grande (ERG) entrou em derrocada depois que sua controladora, a Ecovix, entrou em recuperação judicial, conseguindo assim evitar a falência, mas o cancelamento do contrato em 2015 pela Petrobras, de quase R$ 10 bilhões foi um duro golpe na empresa, na economia local e nos trabalhadores, com três mil e quinhentos trabalhadores sendo demitidos.
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A P-71 e a P-72 faziam parte do lote de plataformas encomendadas pela Petrobras em 2010, batizadas como replicantes, pois de acordo com o planejamento inicial, oito cascos teriam o mesmo projeto, algo inédito na construção de FPSOs. As plataformas foram reiniciadas do “zero” na China, onde estão sendo construídas.
O Estaleiro Rio Grande tenta sobreviver diversificando suas atividade e no início do ano obteve a autorização da Assembléia Gaúcha para funcionar como Terminal Portuário.
No auge da construção das plataformas, em 2013, o estaleiro chegou a ter quase 15 mil trabalhadores, hoje praticamente está inoperante por falta de contratos.
Polo naval do Sul
O outro estaleiro do estado, o Estaleiro Brasil (EBR), recentemente foi anunciado como construtor de módulos para a Modec, deve contratar cerca de 400 trabalhadores para executar a obra na plataforma que a Modec está fazendo na china.
Segundo o vice-presidente do Sindicado dos Metalúrgicos de Rio Grande, Sadi Machado, “A gente vê esse momento como extrema derrota para classe trabalhadora que tanto lutou. Vendo aquilo ali virar sucata, o sonho de muitos, famílias destruídas por essa situação.
Hoje, nosso trabalhador vive muito na informalidade, outros desempregados e essa é a realidade plena do fim daquele sonho, daquela luta que a gente tanto travou para manter aquele estaleiro ali”.
E com o sentimento de tristeza, o sindicalista completou que, “O que virou sucata foi o sonho, de um estaleiro pleno. Nosso trabalhador deixou muito o suor ali, hoje está virando sucata. É cortado em pedaços, vai para siderúrgica onde é derretido e é vendido”.