Acelen anuncia investimento bilionário em biorrefinaria e promete tornar o Brasil em uma das potências mundiais em combustíveis sustentáveis, além de gerar milhares de empregos.
Biorrefinaria na Bahia: A busca por alternativas aos combustíveis fósseis para reduzir as emissões de gases poluentes é uma obsessão global. E o agronegócio brasileiro, em sinergia com a indústria de biorrefinarias, parece ter encontrado uma solução viável para a produção de óleos vegetais que serão a matéria-prima para a produção de diesel renovável de combustível sustentável de aviação. Agora, a Acelen fará investimento bilionário e criará milhares de empregos no setor.
Confira os detalhes do investimento da Acelen em biorrefinaria na Bahia
É na macaúba, uma planta nativa do cerrado, que a Acelen aposta suas fichas, realizando investimento de US$ 3 milhões em uma biorrefinaria na Bahia para produzir 1 bilhão de litros e avalia investir até cinco polos para o desenvolvimento da cultura em todo o Brasil, coma construção de outras biorrefinarias, gerando milhares de empregos.
Em entrevista, Luiz Mendonça, CEO da Acelen, afirmou que o projeto é a prioridade da empresa, que foi criada em 2021 quando o Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, comprou a refinaria de Mataripe da Petrobras. Agora, a estatal negocia a recompra do ativo. A planta industrial que completou 74 anos em 17 de setembro recebeu R$ 600 milhões de investimentos.
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O executivo não comentou sobre a negociação em curso entre as duas partes. Entretanto, avalia que o Brasil é o país com mais oportunidades para uma biorrefinaria. Destaca que esse dinamismo do país sempre foi presente e faz parte. As vezes é ruim, visto que reduz a capacidade de previsão de um investidor, mas traz oportunidades. O Mubadala não exagerou apenas na refinaria, mas viu no Brasil um enorme potencial no setor energético.
Confira a divisão do investimento nas biorrefinarias
Mendonça destaca que sempre foi provocado pelo Mubadala sobre como diversificar a produção de combustíveis no país. O refino de combustíveis ainda será importante por décadas, garantindo a segurança energética. Por outro lado, vislumbramos a possibilidade de construir uma unidade adicional de biorrefino.
Os planos da companhia preveem o aporte de US$ 3 bilhões, dos quais US$ 1 bilhão vão para a construção da fábrica de combustíveis e outros US$ 2 bilhões no desenvolvimento da cultura de macaúba, em 180 mil hectares de pastagens degradadas, em Minas Gerais e na Bahia.
A empresa deve concluir o projeto de engenharia da biorrefinaria até o fim deste ano, começar a obra no começo de 2025 e terminar o empreendimento em 2027, gerando milhares de empregos.
Para desenvolver o cultivo da planta nativa brasileira de alto valor energético, a empresa iniciou um investimento de R$ 250 milhões em pesquisa e inovação, que prevê a construção do Acelen Agripark, um centro tecnológico, em Montes Claros, em Minas Gerais. No local serão desenvolvidos projetos pilotos de plantio, manejo, pesquisa energética, além do aprimoramento industrial para o esmagamento da macaúba para transformação em óleo vegetal.
Sobre a refinaria de Mataripe
Com os investimentos da Acelen, a refinaria de Mataripe aumentou a capacidade diária de produção, que passou de 207 mil barris de 2021 para 250 mil barris, atualmente. Com isso, a produção de diesel aumentou 33% e da querosene de aviação outros 181%.
Além disso, de dezembro de 2021 a agosto de 2024, a empresa reduziu o consumo total de água da refinaria, uma economia de 4,7 bilhões de litros, equivalente ao volume usado em uma cidade de 109 mil habitantes. O executivo destaca que, se todas as refinarias do Brasil fizessem isso, não seria necessário importar diesel.
No mesmo período, houve uma economia de 9% no consumo de energia, o equivalente ao consumo residencial de eletricidade de todo o estado de Roraima. Também foram reduzidas as emissões de gases poluentes em 46% e, de enxofre, em 87%, além de ter gerado menos 30% de resíduos em 2023, uma redução de 7 mil toneladas.