China desenvolve a maior usina solar flutuante do mundo. A usina de energia solar pode gerar energia renovável para abastecer até 15 mil residências chinesas.
Após anos desativada, uma porção de terra, que antes era utilizada como mineradora de carvão nas proximidades de Huainan, na China, agora funciona com um propósito muito mais sustentável, tornando-se a maior usina solar flutuante do mundo!
Entenda como a china construiu a maior usina de energia solar flutuante do mundo
A província de Anhui está localizada no leste chinês, no delta do Rio Yangtzé. Por um lado, a região é um berço de pré história chinesa e escavações revelam fósseis de gerações de pessoas que habitam o local desde a antiguidade. Por outro lado, trata-se de um dos maiores e mais modernos centros da China, sendo responsável pela criação de robôs, carros elétricos e até do primeiro satélite quântico do mundo, chamado de Micius.
A cidade, antes conhecida pela grande mina de carvão, agora é lar da maior usina solar flutuante do mundo. A construção do empreendimento foi feita em um lago e ocupa 86 hectares, o equivalente a 121 campos de futebol. São 165 mil painéis solares, gerando 40 MW de energia sustentável, o suficiente para abastecer 15 mil casas.
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Com nuvens de sujeira cobrindo os grandes centros da China, o país é considerado um dos mais poluentes do mundo e tem enfrentado graves consequências desta triste realidade. Uma delas é que as pessoas são obrigadas a ficar em casa por vários dias com foco em evitar danos maiores à saúde. Outro efeito da poluição é que as câmeras da polícia não conseguem gravar infrações devido à densa camada de poeira.
China adota medidas para reduzir a poluição
Segundo estudos realizados, até 30 milhões de pessoas morreram precocemente entre os anos 2000 e 2016 devido à poluição. Para reduzir esses impactos nocivos, o país tem adotado medidas extremas. Desde 2003, o uso do carvão mineral no país como fonte de energia vem diminuindo ano após ano. Pelo acordo de Paris, a China se comprometeu em reduzir as emissões de CO2 ao máximo até 2030. Além de expandir em 20% as suas fontes de energia.
A usina solar flutuante de Huainan é um ponto crucial para essa estratégia, demandando muitos estudos, sendo inaugurada em 2017 pelo valor de US$ 45 milhões. O projeto foi instalado em alto mar e não em terra pelo fato dos painéis da usina solar perderem eficiência com o aumento da temperatura.
Desta forma, a aproximação com a linha d’água resfria os módulos, reduzindo o risco de superaquecimento dos painéis. Segundo estudos realizados, o ganho de eficiência energética em uma usina solar flutuante varia de 5% a 15% em relação às usinas convencionais.
Por que Huainan?
Acontece que Huainan é um local quente e úmido, e o projeto da usina de energia solar flutuante está localizado em um terreno de mineração que foi inundado, devido às constantes chuvas, alcançando uma profundidade de água entre 4 e 10 M, ou seja, a permanente inundação tornou a área inoperante durante anos, visto que não serviria para a mineração e muito menos para irrigação, devido ao seu alto índice de mineralização.
Entretanto, o segredo para o sucesso de qualquer empreendimento é utilizar os recursos disponíveis, e foi isso que a China fez, enxergando nesta área o local adequado para a construção de uma usina solar flutuante. Vale destacar que o país é atualmente o que mais produz energia solar no mundo. São 77 GW no total. Para se ter uma noção, o Brasil fornece apenas 28 MW, segundo a Aneel.