Fundos estrangeiros disputam receber fundo bilionário da empreiteira brasileira Odebrecht, que caiu sobre escândalo de corrupção em 2017.
Um acordo sucroalcooleiro da Odebrecht tem sido atrasado pelos fundos Lone Star e Castlelake. Os fundos estrangeiros tem a expectativa de receber antes dos demais credores da Athos, créditos estimados em R$ 1 bilhão. A Odebrecht teve falência solicitada pela Caixa à Justiça neste mês de outbro.
O acordo sucroalcooleiro da companhia tem a estimativa de pagamento integral na ordem aproximada de R$ 8 bilhões e inclui demais credores bancários, inclusive o BB e o BNDES.
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O governo sinalizou que não irá ajudar a Odebrecht, a reestruturar sua dívida e evitar a falência. Para o governo, a recuperação da empresa é uma “questão de mercado” que cabe às instituições financeiras resolver.
Fundo de Abu Dhabi negocia usina de álcool Atmos
O Mubadala está em conversas para adquirir a Atvos, a unidade de açúcar e álcool da Odebrecht, em uma transação que poderia resultar em injeção de capital na empresa, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
O fundo soberano de Abu Dhabi está conversando com bancos credores, incluindo o Banco do Brasil e BNDES, que no total fizeram empréstimos de R$ 11 bilhões à Atvos, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas, pois as conversas não são públicas.
O Mubadala não quis comentar. A Atvos também não comentou. A Atvos, que pediu recuperação judicial no dia 29 de maio, apresentou um plano de reestruturação aos credores no dia 7 de agosto.
Odebrecht: antiga parceira na mineração de diamantes
A Sociedade Mineira de Catoca, que é responsável pela extração de mais de 75% dos diamantes angolanos, antes contava com acionistas de quatro nações – de Angola, Rússia, China e Brasil.
A participação brasileira (16,4%) na Sociedade Mineira de Catoca foi vendida aos lados russo e angolano. O presidente do Conselho de Administração de Endiama ainda lamenta a saída brasileira da sociedade de mineração de diamantes, mas se mostra aberto a novas parcerias com o Brasil, primeiro país a reconhecer Angola depois de sua independência.