O paradoxo: “para se trabalhar precisa de experiência, mas sem experiência as empresas não oferecem trabalho”, levam candidatos a falsificar informações da CTPS para ingressar no mercado de trabalho
A prática de “esquentar a carteira” infelizmente é um recurso ilegal, utilizado no mercado de trabalho para acrescentar na Carteira de Trabalho e Previdência Socia (CTPS) uma experiência de trabalho inexistente.
No ambiente de trabalho offshore, como exemplo, a Petrobras, a maior demandante de contratos petrolíferos do Brasil, exige que os funcionários das empresas prestadoras de serviços terceirizadas tenham um experiência mínima de 2 anos da função para que o colaborador embarque em um FPSO, plataforma ou qualquer outro unidade marítima da estatal fora da costa.
Na necessidade financeira ou a fim de acelerar o ingresso no mercado de trabalho, principalmente no segmento de petróleo e gás nas 11 principais cidades do RJ para se trabalhar no ramo offshore, muitos acabam recorrendo a este método ilegal.
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Macaé está negociações para amenizar este problema da experiência
Felizmente, afim de movimentar a economia da cidade e impulsionar os índices de empregabilidade, o Prefeito Welberth Rezende e gerentes da estatal se reuniram para acordarem o fim desta exigência no ramo offshore, facilitando o ingresso de mão de obra sem experiência neste mercado.
O paradoxo ” Para trabalhar precisa-se experiência, mas como obter experiencia sem trabalhar”, é um ditado que assombra a todos, principalmente para aqueles que finalizaram cursos profissionalizantes, técnicos ou superior e busca ingresso no mercado, além dos 9 cursos recomendados para trabalhar embarcado offshore e subir em uma plataforma de petróleo no Brasil.
Consequências de esquentar a CTPS e os mecanismos utilizados pelas empresas
Embora possa parecer uma maneira rápida de obter uma vantagem no mercado de trabalho altamente competitivo, é importante lembrar que a falsificação de informações pode levar a sérias consequências legais e profissionais. Além disso, a prática de “esquentar carteira” pode prejudicar a reputação de um indivíduo e a confiança que os empregadores têm nos candidatos.
Sim, as empresas têm mecanismos para verificar a veracidade das informações fornecidas pelos candidatos durante o processo de contratação. Algumas dessas verificações incluem:
- CNIS x Digital CPT: Hoje tudo está informatizado e interconectado, se a empresa desejar fazer uma consulta rápida para saber se realmente o candidato trabalhou em determinada empresa, basta consultar o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e a CTPS Digital.
- Verificação de antecedentes: Muitas empresas realizam verificações de antecedentes dos candidatos para confirmar informações sobre empregos anteriores, formação acadêmica e outras informações relevantes. Isso pode incluir contato direto com instituições educacionais e empregadores anteriores.
- Referências profissionais: Os empregadores geralmente solicitam referências profissionais para obter informações adicionais sobre o desempenho e o comportamento dos candidatos em ambientes de trabalho anteriores. Ao entrar em contato com as referências, os empregadores podem identificar inconsistências ou informações falsas.
- Entrevistas detalhadas: Durante as entrevistas, os empregadores podem fazer perguntas específicas sobre as experiências e realizações mencionadas no currículo. Se um candidato tiver “esquentado a carteira”, pode ser difícil responder a essas perguntas de forma convincente.
- Testes técnicos e habilidades: Os empregadores podem exigir que os candidatos realizem testes ou avaliações práticas para verificar suas habilidades e competências. Se um candidato tiver fornecido informações falsas sobre sua experiência, pode ser difícil para ele passar nesses testes.
- Mídias sociais e pesquisa on-line: Os empregadores podem pesquisar os candidatos nas redes sociais e na internet em geral para verificar informações e verificar se há inconsistências. Perfis profissionais, como o LinkedIn, podem ser verificados em busca de informações que apoiem ou contradigam o currículo.
Entretanto, vale ressaltar que essas verificações podem variar conforme as leis e regulamentações locais, bem como a política de contratação das empresas. Além disso, é importante observar que a privacidade dos candidatos e a proteção de dados pessoais devem ser respeitadas durante todo o processo de verificação.
Dificilmente uma empresa offshore vai tomar alguma medida legal, simplesmente o candidato terá o seu currículo descartado do processo seletivo ou do banco de dados da empresa e, possivelmente, uma “lista negra”, que impossibilitaria o candidato a participar em processos seletivos futuros em uma vaga de emprego offshore que o mesmo se encaixaria no perfil, com o sem “Q.I” ( quem indica) dentro da empresa.