Os investimentos no setor portuário estão a todo vapor! Agora, chegou a vez do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), que busca a todo custo aumentar a capacidade em seu armazenamento e em relação à movimentação de cargas até o ano de 2023
Na noite dessa segunda-feira, (20/06) a China Merchants Port, responsável pela administração do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) revelou que a meta principal entre esse ano até 2023 é a ampliação em sua movimentação de cargas e em seu armazenamento. Para isso, a companhia espera investir cerca de R$ 370 Milhões para a compra de guindaste e áreas maiores para comportar carga refrigerada.
China Merchants Port busca o aumento de 15% na movimentação de cargas no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP)
Em geral, a companhia chinesa já possui um foco, com planos traçados de como e onde serão investidos esses milhões. Por exemplo, a primeira aquisição e que leva uma boa parte do dinheiro seria a compra 11 guindastes do tipo RTG. Esses modelos são comumente usados no transporte de contêineres.
Na verdade, caso o Reporto não tivesse sido prorrogado, provavelmente essas metas e valores de investimentos não seriam algo para uma data tão próxima quanto 2023. Mesmo que o investimento em si, fosse parte obrigatória da concessão, foi somente devido à isenção fiscal do Reporto, que a decisão foi tomada e a meta traçada para o próximo ano.
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Com isso, o objetivo final é alavancar a movimentação de cargas no TCP e aumentar o valor atual em 15%. Além disso, outra parte do valor será investido no armazenamento. Uma das principais cargas do terminal são as carnes congeladas. Portanto, para que os números aumentem, haverá uma expansão de 43% nessa área apropriada para contêineres refrigerados.
Por que a pressa em fazer um investimento tão elevado no armazenamento e em outras áreas do terminal?
No período da pandemia, todos os setores estavam despreparados para o período ruim que iriam enfrentar. Mesmo ampliando sua área em 150 mil m², ainda não foi o suficiente. De acordo com o diretor comercial e institucional, Thomas Lima, “com a pandemia, tivemos a capacidade tomada logo de cara. Todos os parâmetros foram alterados”.
Quando a pandemia teve início, acompanhamos de perto o quão bagunçado ficou o setor portuário. Eram portos fechados, cargas paradas, navios em filas de espera, falta de contêineres em diversos complexos, além de armazéns lotados.
No entanto, mesmo com o colapso no mundo causado pela pandemia, a movimentação de cargas cresceu no Terminal de Contêineres de Paranaguá. Somente em 2021, o TCP conseguiu um aumento anual de 5,9% em relação ao volume de contêineres cheios. Apesar dos “lockdowns” que estão ocorrendo na China, dificultando cada vez mais a exportação de carne, os dados estão se mostrando positivos até o momento.
Para Lima, “o Porto de Paranaguá é muito voltado ao agronegócio, sendo um setor que cresce, a despeito do PIB do país. O mundo está consumindo mais carne, e isso tende a impulsionar a movimentação de cargas”.
Até mesmo quando os “exportadores estão com os armazéns lotados, porque o abate não parou”, ressaltou o executivo. Caso a China não faça mais nenhum lockdown, a normalização do fluxo de contêineres, movimentação de cargas e armazenamento podem normalizar.