Antiga BR distribuidora se chama Vibra Energia e agora é uma empresa de capital aberto e que trabalha com gás natural
A grande Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, vai agora alçar voos ainda maiores rem 2022, ingressando no segmento de gás natural e se tornando uma empresa de capital aberto. Isso porque a partir de março de 2021, Wilson Ferreira Júnior assumiu a companhia como CEO e começou uma grande reestruturação. Além desses aspectos, Wilson também visa trazer fontes de energia renováveis para compor a maior parte da matriz energética da empresa.
Agora a empresa visa uma economia de baixo carbono e gás natural e para isso, conta com um conselho administrativo composto por Sergio Rial, Walter Schalka e Nildemar Secches, ambos com amplo conhecimento no cargo de CEO de grandes corporações. A Vibra Energia já conta com mais de 18 mil empresas clientes, mais de 8 mil postos de combustíveis e 30 milhões de consumidores mensais.
Entenda um pouco mais sobre os planos da Vibra Energia com o vídeo abaixo
A companhia está adicionando camadas em sua estrutura, com incorporação de joint venture e parcerias para driblar desafios
Como a empresa quer um avanço rápido e eficaz, tem estabelecido parcerias para atuação em novos segmentos e negociação com joint ventures. Dentre as principais joint venture, a Vibra Energia conta com Americanas (lojas de conveniência), Copersucar (etanol), Zeg Biogás (biometano) e BBF (diesel verde).
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“O que falta é o gás natural e esperamos complementar essa plataforma nos próximos meses. Estamos trabalhando na identificação de uma originação competitiva da molécula, mas o problema é o momento geopolítico. É um momento mais difícil de precificar transações.”
Wilson Ferreira Júnior (2022) em entrevista ao Portal NeoFeed
A empresa atua em duas frentes: expandindo sua atuação e trabalhando com os desafios do atual cenário. Esses desafios incluem uma queda de 33,9% de lucro líquido em 2022, quando comparado ao mesmo período de 2021, o que equivale a mais de R$325 milhões. O EBITDA ajustado também trouxe recuo em 2022 e foi calculado em R$ 1,1 bilhão, 6,3% a menos que no ano anterior.
O gás natural e etanol são as peças que faltam para abranger todas as fontes de energia renováveis para fornecer aos clientes
Em torno de 90% dos clientes da Vibra Energia usam óleo combustível ou diesel e na transição, com o passar dos anos, tenderão a buscar por gás natural liquefeito (GNL) ou energia elétrica. Atualmente, o gás natural ainda é obtido a partir do petróleo.
Todavia, a empresa visa identificar uma origem competitiva da molécula, ligada ao hidrogênio como alternativa para matriz energética. Além disso, a parceria com a Comerc pode contribuir para a transição, pois tem um cálculo de 2 mil megawatts em projetos de energia solar e eólica.
O Brasil é um país que está em segundo lugar no ranking mundial de produção de etanol e a gasolina já é misturada em 27%. A equipe Vibra Energia acredita que o etanol pode também ser a chave e que, em 2030, o Brasil vai ter em torno de 30% de carros elétricos e híbridos e por isso vai investir no ramo.
A agenda climática é um foco da Vibra Energia nos próximos anos
Segundo o CEO, o objetivo da Vibra Energia para os próximos anos é investir em eletromobilidade, estimulando o consumo de diesel verde ao invés do convencional, pelas mais de 18 mil empresas consumidoras. Além disso, o objetivo é investir em biometano no transporte terrestre e combustível sustentável para aviação.
Ainda segundo ele, a expectativa é que todo esse novo sistema de fontes de energia renováveis tenha plena demanda até 2030. Afinal, o mercado de mobilidade ainda está em transição dos combustíveis fósseis para outras fontes limpas. Todavia, a empresa vai viabilizar essa transição e dar suporte aos potenciais clientes.