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Venda fracionada do botijão de gás ! Os prós e os contras

Escrito por Renato Oliveira
Publicado em 20/09/2019 às 01:00
Atualizado em 19/09/2019 às 22:16

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Gás de cozinha em meio á polêmica
Gás de cozinha
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ANP quer implementar o enchimento parcial do botijão de gás e o sindicato das distribuidoras diz que medida é contra as regras de segurança

Desde que a ANP propôs a venda fracionada do botijão de gás de cozinha, os debates tem se intensificado, com correntes a favor e contra a iniciativa da ANP. Governo quer que preço do Gás caia pela metade com o fim do monopólio da Petrobras.
O enchimento parcelado do botijão de 13 Kg segundo a ANP, beneficiaria população de baixa renda, que poderia comprar a quantidade de gás que seus recursos permitissem. Já o principal argumento do sindicato das distribuidoras, contrário a medida, é em relação a segurança da operação de enchimento.

Baseando se nas regras do código do consumidor que prevê a venda fracionada de produtos, A ANP lançou a proposta e está em estudo a venda fracionada do botijão de gás de 13Kg.
Em julho deste ano, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, comunicou esta intenção afirmando o benefício para as famílias de baixa renda que não tem recursos para comprar um botijão completo de gás.

Outro vantagem da medida, segundo o diretor do Departamento de Combustíveis Derivados de Petróleo da Secretaria de Petróleo, Cláudio Akio Ishihara, será a maior concorrência na oferta, o que, a seu ver, contribuirá para baixar o preço final ao consumidor e aumentará
a oferta de gás em localidades isoladas.

As desvantagens

Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, os botijões brasileiros não estão preparados para receber o fracionamento.
Segundo Bandeira de Melo, o Brasil tem hoje cerca de 120 milhões de botijões e a troca criaria um custo de 50% a 120% em relação ao preço do botijão em uso.

Mas o principal problema citado pelo presidente do sindicato, seria os riscos à segurança e chegou a dar exemplos de acidentes acontecidos durante a venda fracionada de gás em outros países.
O enchimento parcial dos botijões necessitariam de uma maior qualificação dos frentistas, sem contar com o crescimento do número de postos de enchimento, o que aumentaria possíveis problemas de segurança e fraudes, ao dificultar a fiscalização.

Em relação a troca dos botijões, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone afirmou que em nenhum momento propôs que o fracionamento se daria com os botijões atuais e que o fracionamento já é feito em botijões maiores.

Procurado para opinar, o major do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal Márcio Neder Paiva de Sousa disse que a preocupação é com o risco de acidentes com o gás, principalmente na hora do abastecimento. “O Corpo de Bombeiros não vê com tranquilidade o procedimento”, afirmou.

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Renato Oliveira

Engenheiro de Produção com pós-graduação em Fabricação e montagem de tubulações com 30 anos de experiência em inspeção/fabricacão/montagem de tubulações/testes/Planejamento e PCP e comissionamento na construção naval/offshore (conversão de cascos FPSO's e módulos de topsides) nos maiores estaleiros nacionais e 2 anos em estaleiro japonês (Kawasaki) inspecionando e acompanhando técnicas de fabricação e montagem de estruturas/tubulações/outfittings(acabamento avançado) para casco de Drillships.

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