Em 2020, o volume comercializado de gás de cozinha (GLP) aumentou 5,3%, e neste ano, segundo Asmirg, pode atingir R$ 200, em uma hipótese drástica
Petrobras informou em fato relevante ontem à noite (14/01) que o aumento na demanda doméstica de gás de cozinha, decorrente do cenário de distanciamento social, resultou em alta de 5,3% no consumo de GLP para botijão de 13 quilos em 2020. É sancionada lei para penalizar roubo, furto ou receptação de combustível no Rio de Janeiro
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De acordo com a Petrobras o movimento ocorreu em sentido contrário ao de outros combustíveis, impactados pelas restrições de mobilidade impostas pela COVID-19 e a consequente retração econômica. O dado pode ser consultado no Painel Dinâmico do Mercado Brasileiro de GLP na página Mercado.
O preço do gás de cozinha – GLP no Brasil
O presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili, estima que o preço do gás de cozinha vendido aos brasileiros pode bater a casa dos R$ 150 – ou mesmo R$ 200, em uma hipótese drástica – neste ano.
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Nos últimos 14 anos, o preço do botijão de gás de cozinha tem oscilado entre 6% e 8,7% do valor do salário mínimo nacional vigente. Em 2007, tal percentual foi de 8,7%. Em 2019, o preço do botijão representava 6,9% e, em 2020, equivalia a 6,7% do salário mínimo, em média.
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) atualizados na última segunda-feira (11/1) apontam que, em média, o consumidor paga R$ 75,04 por um botijão de 13kg. Na máxima, o valor chega a R$ 105.
Em janeiro do ano passado, a média do botijão de gás era de R$ 69,74 – houve um aumento de 7,6% no período, sem considerar a inflação. Para se ter uma outra ideia, no primeiro mês de 2017, o gás de cozinha – GLP era encontrado a R$ 55,61.
A política de preço da Petrobras
Os preços de venda da Petrobras às distribuidoras, bem como sua dinâmica vinculada às variações das cotações internacionais e do câmbio, respondem por apenas uma parcela do preço ao consumidor final, embora quase sempre se atribuam as variações do preço do botijão exclusivamente à Petrobras.
Em 2020, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor final correspondeu, em média, a 39% do valor observado nos pontos de revenda. Além do custo do gás de cozinha – GLP nas refinarias da companhia, compõem o preço de venda do botijão os tributos estaduais e federais (peso de 18%, em média, em 2020), assim como a cobertura de custos e remuneração das distribuidoras e dos revendedores de gás de cozinha (43%, em média, em 2020).
Os preços praticados pela Petrobras têm como referência as cotações de paridade de importação e, dessa maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio. Refletindo tais oscilações, a Petrobras promove tanto aumentos quanto reduções em seus preços.