O acidente ambiental com o vazamento de petróleo do oleoduto ocorreu na região de Loreto e causou grande impacto no ecossistema do Rio Amazonas
O governo do Peru declarou emergência ambiental na região de Loreto no sábado, 24, depois da ocorrência de vazamento de petróleo do oleoduto Norperuano. A medida tomada pelo governo, após o acidente com o oleoduto, vai prevalecer por 90 dias.
“O objetivo é resguardar a gestão sustentável dos territórios afetados pelo oleoduto, realizando os correspondentes trabalhos de recuperação e remediação para mitigar a contaminação ambiental”, consta na nota divulgada pelo Peru.
A medida tomada pelo governo, após o vazamento de petróleo pelo oleoduto, visa a proteção da saúde dos moradores daquela região do país e também a conservação dos recursos naturais que compõem o território do Rio Amazonas, afetado pelo petróleo.
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De acordo ainda com a administração federal, a área atingida pelo vazamento do oleoduto por petróleo é onde ocorre a pesca artesanal. Segundo as autoridades, esse acontecimento de vazamento do oleoduto se baseia em um evento súbito com impacto significativo no ecossistema do rio Amazonas, além de alto risco à saúde pública.
A Agência de Avaliação e Fiscalização Ambiental declarou que foram afetados pelo vazamento de oleoduto “848.400 m² de corpo d’água, o que compreende 33.600m² do canal de flotação, 600 m² de um córrego sem nome, 154.200 m² do córrego Cuninico e 660.000 m² da margem esquerda do rio Marañón.
Governos locais e regionais coordenarão com as entidades públicas responsáveis a execução do plano emergencial, com vistas a minimizar os impactos causados pelo vazamento de petróleo pelo oleoduto.
Mais sobre petróleo: Correndo risco de explodir, plataforma de petróleo é interditada no Espírito Santo
Após uma fiscalização de uma plataforma de petróleo no Espírito Santo, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) interditou as operações no navio-plataforma FPSO Cidade de Vitória. A unidade apresenta diversos problemas, dentre eles o de riscos de vazamento de gases perigosos em taxas cinco vezes maiores do que o previsto em projeto e falhas nos sistemas de comunicação com a população embarcada. De acordo com o boletim de fiscalização e interdição da ANP, “foram identificadas diversas situações de risco grave iminente”. Em nota, a agência declarou ainda que a plataforma de petróleo, se estiver em operação, pode trazer riscos para a cidade de Vitória de “ocorrência de perdas de contenção, incêndios e acidentes graves”
Plataforma de petróleo interditada no Espírito Santo em não tem data para voltar suas operações
A fiscalização da plataforma na cidade de Vitória foi feita no período de 30 de maio a 3 de junho deste ano, com um auto de interdição e notificação no documento declarando que a operação só poderia ser retomada depois que todas as exigências estabelecidas pela ANP fossem cumpridas.
“O operador (da plataforma) somente poderá retomar a produção depois de comprovar atendimento das notificações a seguir que foram estabelecidas e autorizadas pela ANP”, diz o texto do boletim de fiscalização.
Segundo informações do site da Petrobras, a cidade de Vitória, no Espírito Santo, está inserida no campo de Golfinho, a cerca de 50 quilômetros da costa capixaba, no litoral entre a Grande Vitória e Aracruz.
Riscos identificados na plataforma de petróleo no Espírito Santo
Não detecção de gases perigosos: De acordo com o documento de interdição da ANP, cerca de 90% das nuvens de gases perigosos não são detectadas pelo sistema instalado no FPSO Cidade de Vitória, Espírito Santo. É mostrado que na plataforma do Espírito Santo são usados critérios de detecção de nuvens de gás diferentes da maior parte das plataformas de petróleo do país e que embora não seja contra as normas, têm como consequência projetos menos seguros, o que demanda uma maior eficiência da contenção primária, por meio da garantia da integridade, o que não acontece.
Vazamento de gás: Em 2020 foi identificado na plataforma do Espírito Santo que “a taxa de vazamentos real é cinco vezes maior que a esperada em projeto”. Esse fato ficou evidenciado na fiscalização, onde apresentou uma baixa integridade e corrosão severa em diversas tubulações. De acordo com a estimativa oficial, a frequência de vazamentos deveria ser de um evento a cada 1,2 anos, porém nos seis primeiros meses de 2019 aconteceram 3 vazamentos, que resultaram em explosões e um jato de fogo, causados, de acordo com o documento, por falta de manutenção e falta de competência.
Sistema de comunicação: A fiscalização na plataforma de petróleo apontou ainda, que foi identificado que o sistema da unidade de Espírito Santo se encontra degradado, não sendo possível entender as mensagens enviadas, após a realização de vários testes. Foram identificadas também algumas falhas nos amplificadores e na sala de controle.
O objetivo do alarme e aviso no navio-plataforma, de acordo com a fiscalização, é diminuir os riscos de as pessoas embarcadas ficarem confusas no decorrer de um incidente e fazer ações que possam colocar em riscos a si e aos outros.
A solução deste problema na plataforma de petróleo de Espírito Santo, de acordo com o documento, é uma das condicionantes para o retorno da produção do FPSO Cidade de Vitória.