Apesar das dificuldades econômicas do Brasil na última década, a indústria eólica do país teve um crescimento significativo nos últimos anos.
Começando com seu leilão inaugural em 2009, o setor quebrou recordes de instalação em 2021 e 2022, com o último ano tendo mais de 4 GW instalados. Com isso, o Brasil conquistou o terceiro lugar em novas instalações, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Essas descobertas vêm do GLOBAL WIND REPORT 2023, do Conselho Global de Energia Eólica, um relatório abrangente e analítico sobre o setor eólico global divulgado na segunda-feira (27).
Relatório sobre energia eólica mostra o desempenho do país
O relatório também revela que o Brasil continua subindo no Ranking de Capacidade Total Instalada de Energia Eólica Onshore, ocupando atualmente a sexta posição após largar em 15º em 2012. O relatório destaca ainda que os recursos renováveis disponíveis no Brasil, especialmente a abundância de energia eólica onshore e offshore de alta qualidade, certamente são únicos no mundo, abrindo uma janela de oportunidade para o hidrogênio verde.
A GWEC Market Intelligence espera que a América Latina adicione 26,5 GW de capacidade eólica terrestre em 2023-2027, com o Brasil contribuindo com 60% (16 GW), consolidando ainda mais sua liderança na região.
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Petrobras avalia novos projetos eólicos na costa brasileira
A Petrobras estudará a viabilidade de sete projetos eólicos offshore na costa do Brasil. Os potenciais parques eólicos abrangem os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. A previsão é de que eles gerem até 14,5 GW (gigawatts) de energia. A análise será feita em cooperação com a Equinor, empresa privada que atua no país desde 2001, e considerará possibilidades técnicas, econômicas e ambientais. A Petrobras e a Equinor firmaram parceria em 2018 para implantação de dois parques eólicos na divisa dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo: Aracatu I e II. Este contrato é válido até 2028.
A Petrobras planeja eliminar as emissões de gases de efeito estufa das atividades sob seu controle até 2050. A energia eólica offshore é uma das prioridades do Plano Estratégico 2023-2027 para atingir o objetivo de diversificar a matriz energética do país. A tecnologia usa vento offshore para gerar energia renovável. Segundo a empresa, a principal vantagem é a alta e estável velocidade do vento em mar aberto, que não é perturbada por barreiras geográficas naturais ou construções urbanas.
Outro projeto de desenvolvimento tecnológico em andamento da Petrobras é o teste de bóias remotas de avaliação eólica offshore, denominado Bravo, em colaboração com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) nos estados do Rio Grande do Norte e Santa Catarina em andamento.