Com 50 megawatts (MW) de potência, a UTE Prosperidade III está sendo construída em Camaçari (BA) e tem previsão para entrar em operação no segundo semestre de 2022
Em parceria com Imetame Termelétrica, a Urca Comercializadora de Energia está viabilizando uma das maiores operações de crédito de carbono do mercado brasileiro de energia. Foram adquiridos, da usina hidrelétrica Teles Pires (MT/PA), controlada pela Neoenergia, 2,3 milhões de toneladas de carbono equivalente em créditos cancelados em favor da UTE Prosperidade III, controlada pelo grupo capixaba Imetame. Com isso, a usina passa a ser a primeira termelétrica carbono neutro do Brasil.
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Foi um período de bastante interação com os órgãos reguladores, especialmente a EPE, o Ministério de Minas e Energia e a ANEEL, em que os esforços concentrados culminaram nesse belo resultado para todos.
Os créditos de carbono foram adquiridos em processo de cancelamento voluntário de emissões, num claro avanço das ações de sustentabilidade dos grupos empresariais da usina envolvidos na iniciativa.
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UHE Teles Pires é uma das usinas mais eficientes do Brasil, gerando energia limpa que não emite gases do efeito estufa
Com 50 megawatts (MW) de potência, a UTE Prosperidade III está sendo construída em Camaçari (BA) e tem previsão para entrar em operação no segundo semestre de 2022. Inicialmente concebida para operar com biomassa, a usina termelétrica foi adaptada para gás natural, o que exigiu um plano de compensação total de emissões de gases do efeito estufa para a obtenção do aval de órgãos reguladores para o empreendimento.
“Teles Pires é uma das usinas mais eficientes do Brasil, gerando energia limpa, que não emite gases do efeito estufa, e gerando créditos que podem auxiliar outras empresas a compensar as suas emissões. Esse projeto está aprovado desde 2012, demonstrando o compromisso sólido da Teles Pires e da Neoenergia em contribuir com o combate às mudanças climáticas, ao auxiliar no processo de descarbonização”, afirma a diretora da UHE Teles Pires, Ana Granato.
“O grande diferencial é que conseguimos montar um plano para que as emissões, que seriam compensadas ao longo de 23 anos do empreendimento, pudessem ser abatidas de uma só vez, um feito inédito no mercado de créditos de carbono e que demonstra celeridade do empreendedor perante os órgãos reguladores” diz Pedro Assumpção, sócio da Urca Comercializadora.
“Para nós, do Grupo Imetame, e também para os Órgãos Reguladores, foi algo inédito a neutralização do carbono pela usina Prosperidade III, que se encontra em construção. Nosso grupo possui em sua essência a vocação para o desenvolvimento de projetos próprios, sociais e ambientais, como o Programa Reflorescer, que atua na recuperação de matas ciliares. Assim, entendemos que estamos fazendo a nossa parte para a construção de um mundo melhor.”, afirma o Diretor de Operações Giuliano Favalessa.
A contratação foi realizada utilizando o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), formato de compensação de emissões criado pelo Protocolo de Kyoto. Por meio dessa iniciativa, a energia produzida pelo empreendimento gera créditos de carbono, as Reduções Certificadas de Emissão (CERs, na sigla em inglês).
Ao todo, a UHE Teles Pires emitiu, em 2021, 4,9 milhões de toneladas de carbono equivalente em créditos, referentes à geração de energia renovável na usina entre 2017 e 2018. Além do contrato com a Urca, a Neoenergia negociou créditos com empresas da Holanda e da Índia.
Neoenergia inicia montagem das 103 turbinas GE, de 125 metros de altura, o equivalente a um prédio de 40 andares, do seu maior parque eólico no Nordeste brasileiro
A Neoenergia segue avançando na instalação do Parque Eólico Oitis, localizado entre o Piauí e a Bahia. A companhia acaba de iniciar a montagem das primeiras turbinas, que vão produzir energia limpa nas usinas dos 12 parques do empreendimento, que será o maior da empresa no país, com capacidade instalada de 566,5 MW, o suficiente para abastecer uma cidade com 2,7 milhões de habitantes. Ao todo, serão 103 aerogeradores, do modelo GE 158, de potência unitária de 5,5 MW, um dos mais modernos e eficientes do mercado global.
Com 125 metros de altura, o equivalente a um prédio de 40 andares, as turbinas serão montadas em duas etapas. Esse trabalho dura, em média, seis dias e envolve cerca de 30 profissionais. Os componentes das turbinas, como pás e naceles (parte que abriga o gerador de energia), começaram a ser entregues em dezembro, após um complexo desafio logístico. As pás foram fabricadas na China e levadas de navio até o Porto de Suape (PE), de onde seguiram em carretas até o canteiro de obras, processo que leva aproximadamente 60 dias e precisa ser repetido 19 vezes.
“Estamos em ritmo acelerado de obras para iniciar a geração de energia limpa no Parque Eólico Oitis Neoenergia, um projeto estratégico para a expansão da carteira de renováveis da Neoenergia, que chegará a 1,6 GW no seu portfólio de ativos eólicos este ano. Com a construção dos parques, estamos conseguindo também estimular a economia da região, com a geração de emprego e renda e a realização de ações socioambientais”, diz William Rodney, gerente de Projetos Renováveis da Neoenergia.
Obras de construção das usinas do maior complexo eólico da Neoenergia no Brasil gerou cerca de 1500 vagas de emprego
As obras de construção das usinas foram iniciadas em novembro de 2020, com antecipação de três meses em relação ao plano de negócios. Em dezembro de 2021, pouco mais de um ano depois, todas as 103 fundações das turbinas foram concluídas. Estão avançando também na construção da subestação Oitis – que recebeu os seus três transformadores, com capacidade de 230 MVA em cada – e da linha de transmissão de 70 quilômetros de extensão, ambos com tensão de 500 kV. Os dois empreendimentos ligarão os parques à subestação Queimada Nova II (PI), ponto de conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Além disso, faz parte das obras civis a abertura de 35 quilômetros de estrada para o acesso ao complexo eólico, que representam ainda um benefício permanente para a população local.
Os moradores da região são beneficiados com outras ações socioambientais, como a realização de cursos de capacitação. A construção das usinas já gerou cerca de 1500 vagas de emprego, sendo 40% de mão de obra local.
A construção do Parque Eólico Oitis Neoenergia está alinhada à estratégia de posicionamento da Neoenergia na liberalização do mercado de energia brasileiro. Da capacidade instalada total dos parques, 96% estará alocada para o Ambiente de Contratação Livre (ACL).