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Universidade de Columbia apresenta design inovador que reduz a temperatura das paredes em até 3°C sem consumir energia

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 20/12/2024 às 10:10
paredes, temperatura
FOTO: Reprodução

Pesquisadores desenvolveram um design inovador que reduz a temperatura das paredes em até 3 °C, oferecendo uma solução sustentável e eficiente sem gasto energético.

Padrões em zigue-zague podem ser a solução para construções com alta temperatura. Essa é a proposta de um estudo liderado por Qilong Cheng, da Universidade de Columbia, que revelou um design inovador para reduzir a temperatura das paredes em até 3 °C, sem gasto de energia.

A ideia dos pesquisadores promete ser um avanço importante no combate às crescentes demandas de resfriamento das moradias, que já consomem uma fatia importante da energia.

Edifícios e o impacto no consumo de energia

Hoje, os edifícios respondem por 40% do consumo energético mundial, além de serem responsáveis por mais de um terço das emissões globais de dióxido de carbono.

Parte expressiva dessa energia é destinada ao ar-condicionado, um recurso cuja demanda pode dobrar até 2050, de acordo com estimativas.

À medida que o planeta aquece, soluções de resfriamento passivo – que não consomem energia – têm ganhado muito destaquee. É nesse contexto que a pesquisa de Cheng propõe uma alternativa prática e sustentável para reduzir o consumo de energia nas cidades.

Como funciona o design em zigue-zague?

O projeto consiste em paredes estruturais com saliências que formam um padrão em zigue-zague, criando uma configuração capaz de redirecionar a energia solar para longe dos edifícios.

Esse design reduz a temperatura das superfícies externas por meio do resfriamento radiativo, um processo que reflete a luz solar e emite radiação infravermelha para o espaço.

Cheng explica que o design atua como um filtro natural: “Com esse tipo de design, podemos ter um prédio mais frio. Então podemos reduzir o consumo de energia para resfriamento.

Essa abordagem é particularmente eficiente em áreas onde as paredes absorvem não apenas o calor solar, mas também a radiação vinda do solo – uma limitação enfrentada por estratégias convencionais, como telhados pintados de branco.

O potencial e os desafios

Apesar de promissora, a solução apresenta desafios. O resfriamento radiativo, que já é explorado em telhados e superfícies horizontais, ainda encontra limitações em climas frios. Durante o inverno, paredes projetadas para refletir calor podem agravar a necessidade de aquecimento.

Para contornar esse problema, a equipe de Cheng desenvolveu uma versão adaptável do design.

Ela inclui “barbatanas” articuladas que podem ser ajustadas conforme a estação: no verão, ajudam a refletir o calor; no inverno, aumentam a absorção térmica.

Um passo para o futuro

A pesquisa foi publicada na revista Nexus e destaca a importância de inovar em construções urbanas para combater os efeitos das mudanças climáticas. Enquanto isso, soluções passivas como o zigue-zague podem ser um alívio não só para a conta de luz, mas também para o meio ambiente.

O estudo reforça que enfrentar a crise climática exige criatividade e adaptação. E, às vezes, o futuro pode estar escondido em pequenos detalhes, como um simples padrão geométrico.

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Sérgio
Sérgio
21/12/2024 13:03

Já vi isso na forma de placas de revestimento com uma pirâmide inclinada na face externa.

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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