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Unicamp e Instituto da Alemanha criam carne vegetal de girassol tão nutritiva e saborosa que pode mudar o futuro da alimentação sustentável

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 05/11/2025 às 12:49
Carne vegetal feita de semente de girassol criada pela Unicamp e instituto alemão, com textura realista e aparência suculenta em prato rústico.
Carne vegetal feita com proteína texturizada de girassol criada por pesquisadores da Unicamp e do instituto Fraunhofer IVV, destacando seu aspecto realista e nutritivo.
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Novo estudo internacional revela como a proteína texturizada da semente de girassol pode se tornar a próxima grande revolução do mercado de proteínas vegetais

Em junho de 2025, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com o Instituto Fraunhofer IVV, da Alemanha, apresentaram uma carne vegetal feita de sementes de girassol refinadas.
O avanço promete transformar o mercado global de proteínas sustentáveis, que cresce rapidamente entre consumidores veganos e vegetarianos. Além disso, reflete o interesse mundial por alimentos saudáveis, não transgênicos e ambientalmente responsáveis.

Processo de desenvolvimento e composição inovadora

O estudo detalhou cada etapa de desenvolvimento do produto. Primeiramente, os cientistas removeram o óleo e a casca escura das sementes para refinar o núcleo interno.
Em seguida, eles moeram o interior das sementes, produzindo uma farinha altamente pura e rica em nutrientes.
A equipe elaborou duas formulações distintas: uma com farinha torrada de girassol e outra com proteína texturizada, ambas enriquecidas com pó de tomate, especiarias e óleos vegetais.
Esses óleos incluíram girassol, oliva e linhaça, o que garantiu aroma suave e textura uniforme.
Segundo relatório da Agência FAPESP, confirmado por Vegconomist e Protein Production Technology, os testes realizados em junho de 2025 obtiveram resultados promissores em sabor, consistência e aceitação sensorial.

Resultados nutricionais e impacto científico

Os dados laboratoriais revelaram que a versão com proteína texturizada de girassol apresentou melhor estrutura e desempenho nutricional.
Por isso, ela foi considerada mais equilibrada entre valor proteico e perfil lipídico, destacando a presença de ácidos graxos monoinsaturados.
Além disso, o produto apresentou 49% da ingestão diária recomendada de ferro, 68% de zinco, 95% de magnésio e 89% de manganês, conforme relatórios técnicos do Fraunhofer IVV.
Esses índices colocam o girassol entre os principais candidatos à substituição parcial da carne animal, combinando sabor agradável e benefícios nutricionais relevantes.

Pesquisa destaca o papel do Brasil no avanço das proteínas sustentáveis

Para Maria Teresa Bertoldo Pacheco, pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), a farinha refinada de girassol apresentou sabor e aroma neutros, ideais para diversas formulações alimentares.
Segundo ela, a composição equilibrada de aminoácidos essenciais reforça a digestibilidade e o valor nutricional da proteína.
Além disso, a especialista destacou que o uso de sementes não transgênicas e o crescimento do cultivo no Brasil fortalecem a posição do país na pesquisa global em alimentos sustentáveis.
Assim, o estudo reforça o protagonismo brasileiro em inovação alimentar, biotecnologia e sustentabilidade.

Sementes de girassol e o potencial de uma nova geração de alimentos

O relatório técnico publicado em junho de 2025 mostrou que o Brasil amplia rapidamente o cultivo de girassol nas regiões Centro-Oeste e Sul.
Por isso, o país pode liderar a produção de proteínas vegetais de nova geração, aproveitando infraestrutura agrícola e capacidade tecnológica já estabelecidas.
Com isso, a Unicamp vê o girassol como um ingrediente estratégico para criar alimentos mais nutritivos e sustentáveis, reduzindo o impacto ambiental da produção de carne.
Além disso, os pesquisadores ressaltaram que o processamento inteligente de subprodutos agrícolas agrega valor econômico e ambiental à cadeia produtiva nacional.

Avanços tecnológicos e próximos passos da pesquisa

Os cientistas da Unicamp e do Fraunhofer IVV afirmam que novas técnicas de extrusão controlada serão aplicadas para aperfeiçoar a textura fibrosa da proteína vegetal.
Segundo o grupo, o objetivo é aproximar ainda mais a aparência e o sabor do produto aos da carne tradicional.
Além disso, a equipe acredita que esse avanço poderá impulsionar a criação de uma nova geração de alimentos vegetais com sabor realista, alto teor proteico e baixo impacto ambiental.
Com isso, o projeto reforça a visão de que a alimentação sustentável e tecnológica é o caminho natural para o futuro da nutrição global.

E se o futuro das proteínas sustentáveis estiver escondido dentro de uma simples semente de girassol, pronta para alimentar o mundo de forma mais inteligente?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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