Novo estudo internacional revela como a proteína texturizada da semente de girassol pode se tornar a próxima grande revolução do mercado de proteínas vegetais
Em junho de 2025, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com o Instituto Fraunhofer IVV, da Alemanha, apresentaram uma carne vegetal feita de sementes de girassol refinadas.
O avanço promete transformar o mercado global de proteínas sustentáveis, que cresce rapidamente entre consumidores veganos e vegetarianos. Além disso, reflete o interesse mundial por alimentos saudáveis, não transgênicos e ambientalmente responsáveis.
Processo de desenvolvimento e composição inovadora
O estudo detalhou cada etapa de desenvolvimento do produto. Primeiramente, os cientistas removeram o óleo e a casca escura das sementes para refinar o núcleo interno.
Em seguida, eles moeram o interior das sementes, produzindo uma farinha altamente pura e rica em nutrientes.
A equipe elaborou duas formulações distintas: uma com farinha torrada de girassol e outra com proteína texturizada, ambas enriquecidas com pó de tomate, especiarias e óleos vegetais.
Esses óleos incluíram girassol, oliva e linhaça, o que garantiu aroma suave e textura uniforme.
Segundo relatório da Agência FAPESP, confirmado por Vegconomist e Protein Production Technology, os testes realizados em junho de 2025 obtiveram resultados promissores em sabor, consistência e aceitação sensorial.
Resultados nutricionais e impacto científico
Os dados laboratoriais revelaram que a versão com proteína texturizada de girassol apresentou melhor estrutura e desempenho nutricional.
Por isso, ela foi considerada mais equilibrada entre valor proteico e perfil lipídico, destacando a presença de ácidos graxos monoinsaturados.
Além disso, o produto apresentou 49% da ingestão diária recomendada de ferro, 68% de zinco, 95% de magnésio e 89% de manganês, conforme relatórios técnicos do Fraunhofer IVV.
Esses índices colocam o girassol entre os principais candidatos à substituição parcial da carne animal, combinando sabor agradável e benefícios nutricionais relevantes.
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Pesquisa destaca o papel do Brasil no avanço das proteínas sustentáveis
Para Maria Teresa Bertoldo Pacheco, pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), a farinha refinada de girassol apresentou sabor e aroma neutros, ideais para diversas formulações alimentares.
Segundo ela, a composição equilibrada de aminoácidos essenciais reforça a digestibilidade e o valor nutricional da proteína.
Além disso, a especialista destacou que o uso de sementes não transgênicas e o crescimento do cultivo no Brasil fortalecem a posição do país na pesquisa global em alimentos sustentáveis.
Assim, o estudo reforça o protagonismo brasileiro em inovação alimentar, biotecnologia e sustentabilidade.
Sementes de girassol e o potencial de uma nova geração de alimentos
O relatório técnico publicado em junho de 2025 mostrou que o Brasil amplia rapidamente o cultivo de girassol nas regiões Centro-Oeste e Sul.
Por isso, o país pode liderar a produção de proteínas vegetais de nova geração, aproveitando infraestrutura agrícola e capacidade tecnológica já estabelecidas.
Com isso, a Unicamp vê o girassol como um ingrediente estratégico para criar alimentos mais nutritivos e sustentáveis, reduzindo o impacto ambiental da produção de carne.
Além disso, os pesquisadores ressaltaram que o processamento inteligente de subprodutos agrícolas agrega valor econômico e ambiental à cadeia produtiva nacional.
Avanços tecnológicos e próximos passos da pesquisa
Os cientistas da Unicamp e do Fraunhofer IVV afirmam que novas técnicas de extrusão controlada serão aplicadas para aperfeiçoar a textura fibrosa da proteína vegetal.
Segundo o grupo, o objetivo é aproximar ainda mais a aparência e o sabor do produto aos da carne tradicional.
Além disso, a equipe acredita que esse avanço poderá impulsionar a criação de uma nova geração de alimentos vegetais com sabor realista, alto teor proteico e baixo impacto ambiental.
Com isso, o projeto reforça a visão de que a alimentação sustentável e tecnológica é o caminho natural para o futuro da nutrição global.
E se o futuro das proteínas sustentáveis estiver escondido dentro de uma simples semente de girassol, pronta para alimentar o mundo de forma mais inteligente?



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