Uma das maiores rodovias do Brasil será transformada com R$ 7 bilhões em obras e 221 km de duplicação, gerando empregos, mas os usuários enfrentarão pedágios mais caros.
O impacto nas rodovias brasileiras está prestes a alcançar uma nova dimensão com a transformação de uma das mais importantes BRs do país.
Por trás desse projeto, um investimento bilionário e a duplicação de mais de 200 km de estrada.
Mas será que essa modernização vem sem consequências?
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Uma rodovia que corta o estado do Espírito Santo, a BR-101, será palco de um dos maiores projetos de duplicação já anunciados no Brasil.
Serão investidos R$ 7,07 bilhões, e 221 km da rodovia serão duplicados, gerando impactos diretos tanto na segurança quanto no bolso dos motoristas que utilizam a via.
Investimentos bilionários e ampliação do prazo de concessão
De acordo com a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) na quarta-feira (25), a concessionária Eco101, responsável pela administração da BR-101, poderá realizar obras de duplicação na rodovia.
O projeto foi reestruturado e agora prevê a extensão de 10 anos no contrato atual, que ainda tem nove anos restantes, para que as obras sejam concluídas de maneira satisfatória.
A concessionária Eco101, que assumiu a administração da rodovia em 2013, começou a cobrar pedágios no ano seguinte.
Com a aprovação recente do TCU, será possível reestruturar o contrato e adicionar investimentos em infraestrutura ao longo do trecho sob concessão.
O projeto prevê 221,41 km de duplicação, sendo que 96 km já devem ser entregues nos primeiros três anos de obras.
Apesar do avanço, 155 km de duplicações previstas no contrato original foram suprimidos.
No entanto, 41,1 km de faixas adicionais foram inseridos como uma nova proposta.
Obras prometem transformar o Espírito Santo
Com a rodovia, o Espírito Santo vai ganhar dois contornos rodoviários importantes, localizados nas cidades de Ibiraçu e Fundão, totalizando 15,6 km.
Essas obras têm como objetivo aliviar o tráfego e aumentar a segurança de motoristas e pedestres.
Já o Contorno de Linhares, inicialmente previsto no contrato, foi retirado devido à ausência de licenciamento ambiental e projetos.
No entanto, conforme o ministro Walton Alencar Rodrigues, que relatou o processo no TCU, a obra poderá ser incluída futuramente.
“Há interesse público em sua realização e a minuta de aditivo prevê a possibilidade de incorporação ao contrato em momento posterior”, destacou ele.
Com a aprovação dessa obra, a expectativa é que o contrato original, que previa 25 anos de duração, seja estendido para 35 anos de vigência, podendo chegar a 40 anos caso o Contorno de Linhares seja incluído no futuro.
Mais de 100 mil empregos gerados com a duplicação
Além da transformação na infraestrutura da BR-101, esse projeto deverá gerar impactos sociais significativos.
O TCU estima que serão criados 102.464 empregos durante as obras, sendo 34.026 diretos e 16.046 indiretos.
Outros 52.392 postos de trabalho surgirão através do efeito renda, ou seja, os benefícios econômicos indiretos gerados pelo projeto.
E o pedágio na BR-101? Prepare o bolso!
O aumento no pedágio é uma questão que preocupa muitos motoristas.
Segundo o modelo econômico aprovado, a tarifa de pedágio para pista simples começará em R$ 0,071 por quilômetro rodado a partir do sexto mês de obras.
Atualmente, esse valor é de R$ 0,05525/km.
Com o avanço da duplicação e a reclassificação para pista dupla, a tarifa sofrerá novos reajustes.
Segundo projeções, em 2034, a tarifa chegará a R$ 0,1560/km para pistas duplicadas, o que corresponde a um custo de R$ 16,55 para cada 100 km rodados no trecho duplicado.
O impacto financeiro será significativo para quem utiliza a BR-101 diariamente, especialmente no longo prazo.
Um projeto que não agrada a todos
Apesar dos benefícios esperados para a infraestrutura e a geração de empregos, o projeto de duplicação da BR-101 enfrenta críticas.
Alguns setores da sociedade questionam o aumento das tarifas de pedágio e a extensão do contrato de concessão por mais 10 anos, o que poderia onerar os motoristas e gerar uma dependência ainda maior do setor privado para a manutenção da rodovia.
Conforme especialistas em infraestrutura, há um receio de que o prazo estendido e os reajustes tarifários prejudiquem os usuários da rodovia, especialmente os caminhoneiros que utilizam a BR-101 para transporte de cargas.
O futuro da BR-101 e seus usuários
A duplicação de 221 km na BR-101 traz grandes promessas, mas também impõe novos desafios.
O investimento de R$ 7,07 bilhões em infraestrutura rodoviária pode transformar a economia local, gerar empregos e melhorar a segurança nas estradas.
No entanto, a população terá de lidar com um aumento progressivo nas tarifas de pedágio, o que pode representar um peso financeiro considerável para quem depende da BR-101 para trabalhar ou viajar.
Com a inclusão do Contorno de Linhares em uma possível fase futura, o projeto se estenderá por décadas, o que levanta a questão: será que os motoristas terão condições de arcar com os custos de uma estrada que, embora moderna, ficará cada vez mais cara de usar?