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Uma viagem de 50 mil anos ao passado para entender os primórdios da construção naval — das primeiras canoas escavadas aos estaleiros romanos

Publicado em 09/05/2025 às 08:06
Navios, Embarcações, Romanos, Indústria naval, Construção naval
Imagem ilustrativa: IA
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Da travessia dos mares por aborígines à produção em série no Império Romano, a evolução da construção naval reflete o engenho humano ao longo dos milênios

Durante milênios, a construção naval evoluiu a partir de técnicas rudimentares até estruturas organizadas em estaleiros. Muito antes da indústria moderna e dos sistemas de andaimes atuais, civilizações antigas já dominavam o ofício de construir embarcações. Esta trajetória começou há dezenas de milhares de anos, revelando um engenho humano que cruzou continentes e mares.

50 mil anos atrás: as primeiras embarcações

Mesmo sem registros escritos, há indícios de que os seres humanos já atravessavam grandes trechos de mar aberto há 50.000 anos.

Um exemplo é a chegada dos ancestrais dos aborígines à Austrália, sugerindo a existência de embarcações bem construídas.

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A mais antiga evidência arqueológica vem do norte da Europa, com data estimada de 6.500 a.C. Nessa época, surgiram as primeiras canoas escavadas: troncos moldados com ferramentas de pedra e queimados por dentro para formar um casco navegável.

O barco mais antigo já descoberto também é uma canoa desse tipo, com 8.000 anos de idade, três metros de comprimento e 45 cm de largura.

Com o tempo, essas embarcações se tornaram mais sofisticadas, ganhando fundo chato para estabilidade, laterais mais finas e travessas de reforço. Era o começo de uma constante melhoria na construção de barcos.

Civilizações avançadas e o avanço da construção naval

Embora não se saiba ao certo quando os barcos passaram a ser usados para pesca ou exploração, civilizações antigas já utilizavam navios para transporte.

Um exemplo claro é o Egito Antigo, que por volta de 3.500 a.C. começou a usar embarcações com frequência. A enchente anual do rio Nilo tornava os barcos indispensáveis para a vida cotidiana.

Esses primeiros barcos egípcios eram feitos de juncos de papiro e, mais tarde, de madeira. Com forma de lua crescente, eram movidos a remos e usados não só para o transporte, mas também em guerras e comércio.

Os egípcios também teriam criado os primeiros barcos a vela, ainda que sem quilha, o que exigia o uso de remos na popa para controle da direção.

Fenícios e gregos: o domínio do Mediterrâneo

No primeiro milênio a.C., o domínio do mar passou às mãos dos fenícios, que navegaram pelo Mediterrâneo e até o Atlântico.

Seus navios incluíam desde pequenos barcos a grandes navios mercantes e de guerra com velas. Eles são considerados os primeiros construtores de embarcações com características mais próximas das atuais.

Inspirados nos fenícios, os gregos desenvolveram as galés, navios movidos a remo e vela. No século V a.C., com o crescimento de Atenas, a construção naval grega ganhou força.

Os gregos adotaram o método de encaixe de pranchas, criando cascos mais flexíveis e resistentes. Diferente da técnica de sobreposição usada em outras culturas, esse modelo reduzia a necessidade de amarrações e vedação, e aumentava a durabilidade.

Um aspecto curioso é que os gregos construíam primeiro o casco e depois a estrutura interna do navio. Essa técnica ainda era usada até o século VII d.C.

Império Romano: produção em série e expansão

A construção naval só ganhou relevância para os romanos a partir do século III a.C., quando o império passou a enfrentar batalhas no Mediterrâneo. Para competir, Roma copiou modelos gregos e desenvolveu sua própria frota.

Os romanos não somente adotaram os navios da época, mas também deram início à produção em série. Estaleiros gigantescos foram construídos para atender à demanda crescente. Com o avanço territorial do Império, as técnicas romanas se espalharam por toda a Europa Central.

Essa expansão influenciou os construtores locais, que passaram a adotar os métodos mais avançados da construção naval romana, fortalecendo o legado que moldaria o futuro da navegação.

Do transporte em troncos escavados à produção em série de navios nos estaleiros romanos, a história da construção naval é marcada por avanços constantes.

Essa trajetória revela o esforço humano em dominar as águas e impulsionar civilizações inteiras. Hoje, sistemas modernos de andaimes fazem parte dessa tradição, sustentando o progresso da construção e manutenção marítima em todo o mundo.

Com informações de Scafom.

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Romário Pereira de Carvalho

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