1. Início
  2. / Construção
  3. / Tubulações mais caras? Com petróleo brent com alta acumulada de 50,21%, esgoto e hidráulica das obras inflam preço e prejudicam setor de construção civil 
Tempo de leitura 3 min de leitura

Tubulações mais caras? Com petróleo brent com alta acumulada de 50,21%, esgoto e hidráulica das obras inflam preço e prejudicam setor de construção civil 

Escrito por Daiane Souza
Publicado em 30/06/2022 às 09:08
Atualizado em 01/07/2022 às 04:01
Tubulações mais caras? Com petróleo brent com alta acumulada de 50,21%, esgoto e hidráulica das casas inflam preço e prejudicam setor de construção civil  - Fonte: Pixabay
Fonte: Pixabay

Petróleo brent tem alta acumulada de ao menos 50,21% em um ano, e o setor da construção civil também está entre os prejudicados 

O petróleo Brent está com sua alta acumulada em ao menos 50,21% durante as últimas 52 semanas. Um dos motivos que fazem com que a alta acumulada ocorra é a crise que acontece entre a Rússia e a Ucrânia, que estourou ao final do mês de fevereiro porque o presidente ucraniano, de acordo com Putin, não estava obedecendo a regra prevista pelo acordo entre os dois países sobre a não participação de grupos militares, como a Otan. A construção civil, especificamente na parte de tubulações, é prejudicada com a alta da inflação.

Tendo isso em vista, a construção civil ficará mais cara devido aos preços de tubulações, que tendem a aumentar no ano de 2022. Isto pode, de acordo com especialistas da Martec – empresa localizada em São Paulo que trabalha com serviços voltados para desentupimento -, causar preços elevados na construção civil. 

Petróleo Brent mais caro prejudica diversos setores e construção civil é uma das áreas mais infladas no ano de 2021

Inflação, juros e commodities devem amassar construção civil | Fonte: VEJA Mercado |

Segundo dados do IBGE, a construção civil foi um dos setores que mais tiveram aumento e sofreram com a inflação do ano de 2021, terminando com alta de 10,6%. O valor do metro quadrado está a mais de R$ 1,6 mil e chega a cerca de R$ 2,5 mil em algumas cidades, como no caso de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, que está entre os três municípios mais caros do país. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirma que a alta do setor em abril foi de 0,81%. 

Os serviços de caça vazamento e desentupidora tendem a ficar mais caros com a variação da construção civil e as empresas de material de construção já repassam os preços para o consumidor. 

O petróleo Brent e seus valores nas ‘commodities’ impactam profundamente os preços de vários outros setores, como nos mercados, devido ao frete mais caro. Os caminhoneiros reclamam sobre as variações do diesel, que fazem com que o combustível fique mais caro que a gasolina. Chorão, líder da área, já falou sobre a possibilidade de greve. As transportadoras e os empresários que trabalham com o setor de logística também abordam a possibilidade de haver variação de preços porque os cobrados estão defasados para o mercado. O último aumento realizado pela Petrobras ocorreu no dia 17 deste mês. 

A instabilidade nas ‘commodities’ faz com que o carvão tenha nova alta, ocasionando um aumento de preços acumulados de 103% em apenas um ano, causando não somente a crise na construção civil como no setor energético, onde as bandeiras tendem a aumentar, segundo a Aneel, 65% neste ano. 

Tubulações e construção civil são enfoque nos debates com aumento do Brent

A maioria das tubulações conta com plástico com base no petróleo brent. Como o mercado tem a possibilidade de acompanhar os preços do exterior assim como a Petrobras, os valores são repassados para os consumidores.

Existem algumas formas de aumentar os estoques de barris de petróleo ao mesmo tempo em que se controla as demandas, e isso fará com que os preços voltem a cair no mercado. Um dos métodos utilizados para tal é os Estados Unidos, de acordo com Biden, voltarem a negociar o Brent com a Venezuela, assim como a União Europeia.

Dessa forma, os venezuelanos poderiam pagar as suas dívidas externas por intermédio do óleo e gás no setor ‘offshore’, ou seja, fora da costa. A decisão de voltar a comprar o produto da Venezuela foi repensada depois que os Estados Unidos bloquearam os russos do mercado global devido às invasões na Ucrânia.

Compartilhar em aplicativos