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Trecho da Ferrovia Centro-Atlântica na Bahia receberá R$ 3,5 bilhões de investimentos

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 31/08/2021 às 12:54
Mineradora – construção – ferrovia
Trecho da Ferrovia Centro-Atlântica/ Fonte: O Popular

Os investimentos a serem realizados no trecho da Ferrovia Centro-Atlântica no estado da Bahia, será para melhorias na linha atual

O estado da Bahia poderá receber mais de R$ 3,5 bilhões de investimento no trecho de circulação de trens entre o estado e o Sudeste do país pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).  Esses recursos serão direcionados para melhorias na linha atual, como a troca de trilhos e dormentes e ainda a aquisição de dezenas de locomotivas. Veja ainda esta notícia: Mineradora Vale informa que construção de ferrovia poderá custar R$ 8,7 bilhões

Os investimentos a serem feitos no trecho da ferrovia, no estado da Bahia

Tais aportes irão proporcionar uma movimentação mais ágil e segura de produtos diversos, injetando ainda mais eficiência ao negócio. Entre 2019 e 2020, o fluxo de cargas entre os dois estados cresceu quase 20%. Na Bahia, a Ferrovia Centro-Atlântica conta com rotas regulares de derivados de petróleo, cal, minério de ferro, minério de cromo, minério de magnesita, contêineres e cimento.

Álvaro Neto, gerente-geral do corredor que liga Bahia ao Sudeste do país, diz que a ferrovia é o melhor modal para distâncias longas e grandes volumes. Na Bahia há grandes projetos na área de mineração e estamos trabalhando para entregar eficiência para esse e outros setores. A renovação nos permite ter um cenário de longo prazo e isso é positivo para todos, diz Álvaro.

Silvana Alcantara, diretora de Relações Institucionais e Regulatório da VLI, ressalta que com a renovação de contrato da ferrovia Centro-Atlântico, o volume operado no trecho da Bahia aumentará ainda mais. “O estudo de demanda utilizado pela agência reguladora está em fase de atualização. Isso significa que a proposta apresentada estará adequada à realidade de mercado atual. Em breve, esse levantamento se juntará à análise de todas as contribuições feitas pelo público. O resultado vai gerar valor para o estado, fortalecendo nossa posição de empresa parceira da economia e da sociedade baiana”, diz a executiva.

Geração de emprego e renda

A relevância da Ferrovia Centro-Atlântica é observada a partir de uma singularidade entre as demais operadoras ferroviárias do país: a vocação para carga geral. Camaçari, Brumado, Campo Formoso, Candeias (Porto de Aratu), Pojuca e Itiuba são outras cidades do mapa ferroviário regional, pontos de carga e descarga de produtos. A malha transporta contêineres para a Braskem, cimento e clínquer para a LafargeHolcim e minério para a Bamin. Os dois últimos fluxos representam investimentos locais recentes.

Além dos investimentos esperados para a atualização da linha, nos últimos anos já foram empregados cerca de R$ 150 milhões. O valor aplicado, inclusive, refletiu em outro fator importante: o humano. Só para se ter uma ideia, a Ferrovia Centro-Atlântica gera quase 500 empregos diretos e indiretos e a maioria (87%) é ocupada por mão de obra local, mantendo o dinheiro circulando na região onde estes colaboradores moram. Este ano, a empresa abriu processo de recrutamento para contratação de maquinistas e outros profissionais no estado, em mais um sinal da crescente movimentação no trecho baiano da Centro-Atlântica.

Confira ainda esta notícia: Ferrovia – R$ 26 bilhões em investimentos são previstos para o setor ferroviário de Minas Gerais, com geração de mais de 370 mil empregos

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), assinou um decreto para transferir à iniciativa privada a administração de 19 ferrovias do estado. A expectativa é atrair cerca de R$ 26,7 bilhões para o setor ferroviário. Segundo o Governo, a exploração de linhas de menor extensão, conhecidas como “shortlines”, pode gerar mais de 370 mil empregos.

O desejo, segundo o Governo, é possibilitar o primeiro trecho ferroviário do País administrado no modelo de autorização, pelo qual uma empresa privada atua por conta e risco próprios. Com o movimento, o estado de Minas Gerais se antecipa ao Congresso Nacional, que ainda não aprovou o projeto de lei que permite esse tipo de regime em ferrovias federais. A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais já deu aval ao modelo, faltando apenas a regulamentação, despachada nesta terça, pelo governador Romeu Zema. Minas mapeou 19 projetos que, potencialmente, podem ser operados no modelo de autorização, com investimentos estimados em R$ 26,7 bilhões.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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