Levantamento do IPTC, aponta que o custo para encher com diesel, o tanque de combustível de um caminhão de transporte, beira os R$ 2.000,00
Durante os seis primeiros meses deste ano, houve aumento de em média 30% no custo para abastecer com diesel o tanque de combustível de um caminhão no Brasil. A informação foi obtida a partir de levantamento realizado pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), a pedido da CNN Brasil.
O levantamento expôs, ainda, que, no mês de janeiro deste ano, o gasto efetuado para abastecer com diesel S-10 um veículo de médio porte do tipo truck, com capacidade média de 280 litros, era de R$ 1.519,28. Atualmente, o custo atinge a quantia de R$ 1.969,52.
Caso a intenção seja encher o tanque de um caminhão de grande porte, com capacidade de 400 litros de combustível, o valor a ser pago neste mês é de R$ 2.813,60, enquanto, em janeiro deste ano, o custo era equivalente a R$ 2.170,40. Para abastecer um caminhão pequeno, por sua vez, com capacidade de 100 litros de diesel e denominado VUC, era necessário pagar, no início do ano, R$ 542,60, o que corresponde a um preço bem menor em relação aos atuais R$ 703,4.
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Para realizar o cálculo, o IPTC levou em conta os valores do diesel exibidos no boletim mais recente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado na última terça-feira (dia 21).
Adriano Depentor afirma que os combustíveis influenciam diretamente o custo final das operações de transporte, sendo necessário o repasse imediato para toda a cadeia logística
Diante do cenário apresentado, Adriano Depentor – presidente do conselho superior do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) – declarou que os combustíveis têm impacto direto no custo final das operações de transporte, influenciando de 35% a 50% do valor do frete.
De acordo com Depentor, a única alternativa para os transportadores é o repasse imediato da alta do valor do diesel para toda a cadeia logística, haja vista que, caso contrário, os recentes aumentos causariam uma maior defasagem nas tarifas. Para ele, é de extrema importância que, diante dessas oscilações, as empresas de transporte negociem os contratos antigos e levem em consideração a questão da variação do combustível nos novos.
Lauro Valdivia rebate Depentor ao defender que o repasse do aumento no valor do diesel é um problema para as empresas de transporte, devido à frequência dos reajustes
Por outro lado, o assessor técnico da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Lauro Valdivia, argumenta que o repasse representa um problema para as empresas de transporte.
Segundo o assessor, é muito difícil que o aumento no valor do diesel seja repassado devido à intensa frequência com que os reajustes ocorrem. Ele explica que, muitas vezes, uma nova ampliação é anunciada antes mesmo que o último reajuste seja passado. Além disso, Valdivia pondera que não só o combustível sofreu alta, mas o preço de um caminhão também subiu, havendo crescimentos de 40% até 64%.
No estudo do IPTC, é possível ver também que o mais recente reajuste nos preços praticados pela Petrobras acarretará, na média geral, elevação dos custos do transporte de cargas com lotação máxima em 21,87%, de modo a prejudicar ainda mais as operações de longas distâncias, que equivalem a mais de 6000 km.