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Trabalhadores petrolíferos de offshore da Noruega ameaçam fazer greve, podendo impactar o preço do petróleo no Brasil

Escrito por Daiane Souza
Publicado em 07/06/2022 às 09:17
Trabalhadores petrolíferos de offshore da Noruega ameaçam fazer greve e preço do petróleo pode aumentar no Brasil - Canva
Trabalhadores petrolíferos de offshore da Noruega ameaçam fazer greve e preço do petróleo pode aumentar no Brasil – Canva

De acordo com dados levantados pela Reuters durante esta terça-feira, 07 de junho, é estimado que um em cada dez trabalhadores  de uma offshore da Noruega estão interessados em fazer greve para exigir melhores condições de trabalho. As manifestações contra a empresa começaram durante  o último domingo, 05 de junho, mas não tiveram tanta adesão.  

Se a greve na Noruega realmente vier a acontecer, é estimado por analistas que o preço do petróleo venha a ter novas altas no Brasil. Mas é importante salientar que existem poucas informações sobre a manifestação, visto que são recentes e uma parte muito pequena dos profissionais que trabalham em offshores tem interesse em realizar a paralisação. Ou seja, apenas 11% deles. 

Atualmente, o valor do petróleo está sendo negociado a 120,18 dólares e tem alta acumulada de ao menos 61% durante as últimas 52 semanas. No Brasil, a Petrobras já argumenta que os preços cobrados, que superam a mais de R$ 7 o litro de gasolina em cerca de vinte estados,  está defasado.  A estatal tem a permissão desde o ano de 2016, durante o governo de Temer, para realizar o acompanhamento  do mercado externo e, assim sendo, aumentar os seus valores nas refinarias assim que for necessário. A ideia de Bolsonaro, para conter os preços, é remover os impostos das refinarias. 

Greve em offshore: Preço do petróleo é um dos mais altos já vistos e vem preocupando brasileiros 

Vídeo retirado do canal Band Jornalismo. 

O preço do petróleo atingiu um dos valores mais altos já vistos e a  crise acontecendo em empresas da Noruega podem acentuar a situação. Os aumentos do barril começaram a acontecer de forma exponencial desde a pandemia, mas o estouro de preços iniciou-se depois da invasão da Rússia na Ucrânia. 

A invasão da Rússia na Ucrânia teria ocorrido no final do mês de fevereiro e o argumento de Putin era que o presidente ucraniano não estaria obedecendo às regras previstas pelo contrato assinado entre as duas potências durante a década de 90. 

Muitos países da Europa e da América deixaram de negociar o petróleo com os russos, fazendo com que o país tivesse grandes estoques sem vender. O que acontece é que os estoques internacionais começaram a diminuir pela falta de negociação com os maiores exportadores do mundo, ocasionado em uma hiperinflação dos combustíveis. 

Algumas nações já cogitam anular embargo da Venezuela para controlar preços  e evitar inflação de dois dígitos, que já chegou ao Brasil 

A União Europeia decidiu, durante esta semana, que pretendia começar a negociar novamente a compra de petróleo com a Venezuela, país administrado por Maduro, a fim de conseguir controlar a variação de preços que está acontecendo pela falta de petróleo russo.  Biden já havia sugerido o fim das sanções contra o país para controlar os preços norte-americanos e a constante inflação. O embargo da Venezuela aconteceu no governo de Trump por causa das ideologias socialistas e as “imposições antidemocráticas de Maduro”. 

Enquanto há a crise do petróleo em escala mundial, as ações da Petrobras (PETR4) estão tendo uma alta constante: investidores acreditam que as ações devem valorizar em 80%. O acumulado de variação já supera a marca de 55% durante as últimas 52 semanas. 

Apesar da consciência dos impactos das invasões russas mundialmente, Putin insiste em dizer que não estão sendo impactados economicamente e que já estavam prevendo os bloqueios. No entanto, o presidente russo afirma que somente irá parar com os ataques ao país vizinho quando desistirem de fazer parte do grupo militar da Otan, conforme já estava previsto pelo contrato assinado entre os dois países durante o ano de 1991. Estima-se que a China e Índia estejam exportando commodities para os russos.

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