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Telescópio James Webb descobre mais de 100 asteroides entre Júpiter e Marte — e alguns vindo em direção à Terra

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 16/12/2024 às 08:53
James Webb
Foto: NASA

O telescópio James Webb identificou mais de 100 novos asteroides na região entre Júpiter e Marte. Alguns deles estão em rota de aproximação da Terra

Os astronômicos que analisaram imagens arquivadas do Telescópio Espacial James Webb (JWST) surpreenderam-se com a descoberta de uma vasta população de asteroides extremamente pequena no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.

Esses asteroides, menores do que qualquer um já visto antes, são de grande importância, pois podem se aproximar da Terra, oferecendo novos desafios para a segurança planetária.

Eles variam de tamanhos que vão de um ônibus até vários estádios de futebol, em contraste com as enormes rochas espaciais que causaram a extinção dos dinossauros. Embora pequeno, seu impacto pode ser significativo.

Um exemplo disso aconteceu há apenas uma década, quando um asteroide de metrô explodiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, liberando 30 vezes mais energia do que a bomba atômica de Hiroshima.

Os asteroides decâmetros, como são conhecidos, colidem com a Terra 10.000 vezes mais frequentemente que seus equivalentes maiores, mas a dificuldade de detectá-los devido ao seu tamanho diminuto representa um grande desafio para os cientistas.

Novas descobertas do telescópio James Webb

Esta descoberta traz uma nova esperança para que esses pequenos corpos celestes possam ser monitorados com mais precisão.

Uma equipe de astrônomos, liderada por Julien de Wit, professor associado do MIT, tem utilizado um método computacionalmente intensivo para identificar asteroides em imagens de telescópios que capturam estrelas distantes.

A aplicação desse método nas imagens do Telescópio Espacial James Webb (JWST) revelou uma grande quantidade de asteroides minúsculos, com 138 novos encontrados no cinturão de asteroides.

Além disso, seis desses asteroides mostraram sinais de serem empurrados pelos planetas próximos para trajetórias que podem colocá-los em rota de colisão com a Terra.

Os cientistas agora podem detectar asteroides no cinturão principal com apenas 10 metros de diâmetro com a nova abordagem da equipe.(Crédito da imagem: Ella Maru e Julien de Wit)

“Esperávamos encontrar apenas alguns objetos novos, mas o número era muito maior do que imaginávamos — especialmente os pequenos”, afirmou de Wit, destacando o significado da descoberta. “Estamos investigando um novo regime populacional”, acrescentou.

Novas tecnologias abrindo caminhos inexplorados

Para realizar essa pesquisa, a equipe de Wit compilou cerca de 93 horas de imagens do sistema TRAPPIST-1, localizado a 40 anos-luz da Terra. O objetivo era destacar objetos em movimento rápido, como os asteroides, e superar o ruído das imagens.

A técnica inovadora usou poderosas unidades de processamento gráfico (GPUs) para analisar grandes volumes de dados, permitindo uma busca eficiente e “cega” para localizar asteroides em todas as possibilidades.

“Estamos entrando em um território inexplorado, graças às tecnologias às modernas”, disse Artem Burdanov, cientista pesquisador do MIT e autor principal do estudo.

Este é um exemplo de como olhar para os dados de uma maneira diferente pode trazer grandes recompensas”, afirmou, enfatizando a importância da abordagem inovadora.

A chave para essa descoberta foi o uso das capacidades infravermelhas do Telescópio Espacial James Webb (JWST). Esse telescópio, com sua capacidade de detectar as emissões térmicas dos asteroides, se mostrou ideal para a tarefa.

Essas emissões são muito mais visíveis do que a falha de luz solar refletida nas superfícies dos asteroides, que é o tipo de luz utilizada nas observações tradicionais.

O futuro das descobertas

Com o sucesso dessa primeira análise, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) planeja realizar mais observações, focando em 15 a 20 estrelas distantes por mais de 500 horas.

Isso pode abrir caminho para a descoberta de milhares de asteroides decâmetros em nosso sistema solar, melhorando o monitoramento e a previsão de objetos que possam representar riscos à Terra.

Além disso, o Observatório Vera C. Rubin, no Chile, entrará em operação no próximo ano, com a maior câmera digital do mundo. Este observatório fará imagens do céu do sul todas as noites, cobrindo uma área equivalente a 40 luas cheias.

Espera-se que, em apenas seis meses, o Vera C. Rubin consiga identificar até 2,4 milhões de asteroides, quase o dobro do número conhecido atualmente.

Com essas novas ferramentas de observação e análise, os cientistas acreditam que é possível rastrear esses asteroides com maiores resultados e, assim, realizar um monitoramento eficaz para a defesa planetária.

O futuro das descobertas astronômicas se torna cada vez mais promissor, com um olhar atento sobre o que poderia estar à espera no vasto espaço.

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Robson
Robson
16/12/2024 21:55

Tá na cara que é fake

Zara
Zara
17/12/2024 10:20

Só pode estar associado às aparições de objetos não identificados que surgiu nos EUA agora semana passada.Vieram para nos ajudar!!

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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