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Tecnologia científica cria diamantes do zero em 15 minutos: Cientistas da Coreia do Sul fazem descoberta extraordinária

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 31/05/2024 às 13:05
diamante, tecnologia, coreia do sul
Foto: reprodução

Novo processo de síntese desenvolvido na Coreia do Sul promete transformar a produção de diamantes com aplicação em tecnologia e indústria

Um grupo de cientistas fez uma descoberta notável ao desenvolver uma técnica que permite criar diamantes do zero em apenas 15 minutos, sem a necessidade de uma gema inicial e sob pressão atmosférica normal. Essa inovação pode revolucionar a produção de diamantes, tornando-os mais fáceis e rápidos de cultivar em laboratório, de acordo com o site Megacurioso.

O processo natural vs. a nova tecnologia criada na Coreia do Sul

Naturalmente, os diamantes são formados no manto da Terra, onde condições extremas de pressão e temperaturas superiores a 1.500 °C são necessárias. Até recentemente, a síntese de diamantes em laboratório tentava replicar essas condições através de métodos como o de alta pressão e alta temperatura (HPHT), que exige equipamentos complexos para gerar essas condições extremas. Outro método, a deposição química de vapor, elimina a necessidade de alta pressão, mas ainda requer uma “semente” de diamante para iniciar o processo.

A inovação dos pesquisadores da Coreia do Sul

Pesquisadores do Instituto de Ciências Básicas da Coreia do Sul, liderados por Rodney Ruoff, desenvolveram uma nova tecnologia que simplifica significativamente o processo de síntese de diamantes. Após mais de uma década de pesquisa, a equipe conseguiu criar diamantes em uma câmara mantida à pressão atmosférica ao nível do mar, usando gálio aquecido eletricamente e um pouco de silício dentro de um recipiente de grafite.

Como funciona a nova técnica para criar diamantes do 0

Para iniciar a síntese, os cientistas da Coreia do Sul aqueceram gálio eletricamente, adicionaram silício e usaram um recipiente de grafite. O gálio foi escolhido por sua capacidade de catalisar a formação de grafeno a partir do metano. Ao liberar gás metano superaquecido e rico em carbono na câmara, uma reação foi desencadeada, resultando na formação de diamantes.

A câmara utilizada possui 9 litros e pode ser preparada em apenas 15 minutos. Através de ajustes, os pesquisadores determinaram que uma mistura de gálio, níquel e ferro era ideal para catalisar o crescimento de diamantes. Em experimentos que duraram duas horas e meia, os primeiros diamantes criados com a tecnologia foram formados.

Desafios e aplicações futuras

Embora essa nova tecnologia produza diamantes significativamente menores que os criados por métodos tradicionais de HPHT, ela apresenta grandes vantagens em termos de simplicidade e rapidez. Os diamantes produzidos são centenas de milhares de vezes menores que os usados em joias, mas podem ter aplicações tecnológicas importantes, como em polimento e perfuração.

Os cientistas também descobriram que o uso de pequenas quantidades de silício pode atuar como uma semente, ajudando o carbono a se cristalizar mais rapidamente.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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