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Tarifaço dos EUA atinge setor florestal do Sul e provoca reação imediata das empresas brasileiras

Escrito por Corporativo
Publicado em 28/08/2025 às 18:06
rês homens em ambiente corporativo, com destaque para o uso de tipoia no braço de um deles
Representantes se reúnem em espaço empresarial para tratar de parcerias e projetos locais
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Encontro define estratégias conjuntas diante do impacto bilionário das exportações

O setor florestal da Região Sul se mobilizou após a imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos.

Essa medida já gera fechamento de fábricas e aumento do desemprego.

A Associação Sul Brasileira de Empresas Florestais (ASBR), formada por entidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, reuniu-se em Campo Alegre (SC) no dia 21 de agosto.

O encontro teve como objetivo discutir medidas diante da crise.

De acordo com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), os três estados foram responsáveis por 86,5% das exportações brasileiras de madeira aos EUA em 2024.

O montante somou US$ 1,37 bilhão no período.

Associações exigem reação diplomática de Brasília

Segundo Fábio Brun, presidente da APRE Florestas, a união das três entidades já ocorre em diversas frentes.

A situação atual, contudo, exige mais coordenação política.

Ele destacou que apenas o governo federal tem condições de negociar com os norte-americanos para reduzir os impactos do chamado “tarifaço”.

Ainda que as empresas busquem alternativas, o executivo reforçou que o setor não pode depender apenas de cortes de pessoal para se manter competitivo.

Santa Catarina e a insegurança jurídica no setor

Já o presidente da ACR, José Mario Ferreira, alertou para a gravidade do cenário catarinense.

Segundo ele, fábricas começaram a fechar e demissões foram registradas desde a adoção das tarifas.

Ele ressaltou ainda que a instabilidade em torno do Código Florestal Federal e do Código Florestal de Santa Catarina amplia a vulnerabilidade da silvicultura regional.

Mesmo após 13 anos de vigência, as duas legislações seguem sob ataques e questionamentos.

Essa insegurança aumenta a pressão sobre um setor já atingido pelo novo cenário geopolítico.

Fortalecimento da representatividade institucional

Para Daniel Chies, presidente da Ageflor, a reunião simbolizou a reafirmação do compromisso conjunto das entidades do Sul.

Ele ressaltou que o fortalecimento da ASBR é essencial para garantir maior capacidade de negociação em Brasília.

Além disso, o consultor da associação, Fernando Castanheira Neto, destacou que as orientações federais, tanto legislativas quanto judiciais, afetam diretamente a atividade florestal.

Nesse contexto, a integração das demandas regionais às pautas nacionais foi considerada estratégica.

Moções e críticas ao governo federal

Um dos resultados imediatos da articulação foi a aprovação de uma moção na Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária.

O documento solicita medidas concretas do governo federal para defender o setor.

Entretanto, Castanheira criticou a postura de Brasília, alegando falta de mobilização nas negociações bilaterais com os Estados Unidos.

Ele frisou que o setor florestal do Sul, composto majoritariamente por pinus e eucalipto, não pode permanecer sem respostas diante da medida norte-americana.

Assim, a reunião de agosto foi classificada como fundamental.

Ela organizou uma defesa política e institucional capaz de evitar maiores perdas no futuro.

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