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Tarifa social de energia elétrica alcança 60 milhões de brasileiros

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 08/07/2025 às 10:18
Pessoa segurando conta de luz com texto sobre tarifa social em fundo azul com nuvens.
Imagem promocional sobre o benefício da tarifa social para redução da conta de luz.
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Conheça como a tarifa social de energia elétrica garante gratuidade ou desconto na conta de luz e promove inclusão para milhões de famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade.

A tarifa social de energia elétrica transforma a vida de milhões de brasileiros, especialmente daqueles que vivem em situação de vulnerabilidade. Com a ampliação recente do benefício, cerca de 60 milhões de pessoas passaram a ter acesso a uma conta de luz mais barata ou até mesmo gratuita, conforme critérios definidos pelo Governo Federal.

Por isso, o objetivo é simples, porém poderoso: garantir o acesso à energia elétrica como um direito essencial, assegurando mais dignidade e qualidade de vida para as famílias de baixa renda.

Essa política pública evoluiu com o tempo e ganhou novos contornos com o programa Luz do Povo, que ampliou os critérios e os benefícios concedidos. Assim, a iniciativa mostra que a energia elétrica, além de serviço técnico, é um instrumento de inclusão social.

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Desde as primeiras discussões sobre justiça tarifária no Brasil, esse tema se manteve no centro das estratégias para reduzir desigualdades e desenvolver regiões mais pobres.

Historicamente, a tarifa social surgiu nos anos 2000, quando o país começou a discutir alternativas para aliviar o custo da energia de famílias em situação de pobreza. Naquela época, o acesso à eletricidade ainda era precário em diversas regiões.

Zonas rurais, comunidades ribeirinhas e territórios indígenas enfrentavam longos períodos sem cobertura elétrica. A eletrificação rural avançava lentamente, e o modelo vigente favorecia apenas os centros urbanos.

Além disso, o fornecimento de energia priorizava regiões mais ricas, aprofundando as desigualdades sociais e energéticas. Somente com o fortalecimento das políticas públicas de inclusão essa realidade começou a mudar.

A criação de uma tarifa social representou um marco para a democracia energética no país. Ao garantir acesso à energia como um direito universal, o Estado passou a reconhecer que luz não é apenas uma necessidade técnica — é um elemento de transformação social, cultural e econômica.

Inclusão social e critérios para o benefício

Com a expansão da infraestrutura elétrica, o Governo percebeu a necessidade de criar mecanismos que garantissem a permanência das famílias mais pobres na rede. Por isso, criou a tarifa social de energia elétrica como política de combate à pobreza energética.

A medida buscava evitar que milhões de famílias tivessem o serviço cortado por inadimplência, o que ocorria com frequência.

Hoje, o programa está integrado ao Cadastro Único (CadÚnico), o que permite a identificação automática das famílias aptas ao benefício. Quem possui renda per capita de até meio salário mínimo e consome até 80 kWh por mês recebe isenção total da fatura, arcando apenas com taxa de iluminação pública e tributos locais.

Além disso, a inscrição no CadÚnico elimina a burocracia e garante acesso automático ao desconto. Essa modernização reduz exclusões injustas e aumenta a eficiência da política pública.

Por outro lado, famílias que consomem acima de 80 kWh/mês podem receber descontos proporcionais, ajustados conforme a renda. De acordo com a nova regulamentação, até 2026, o sistema passará por melhorias para garantir justiça e sustentabilidade.

Com isso, espera-se alcançar não apenas as zonas urbanas, mas também áreas remotas da Amazônia Legal e do semiárido nordestino, onde o custo logístico de fornecimento é maior e a vulnerabilidade social é crítica.

Quem mais tem direito ao benefício

Além das famílias de baixa renda, a tarifa social de energia elétrica também contempla idosos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Da mesma forma, famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico também têm direito ao benefício, o que reforça a busca por justiça energética e reparação histórica.

Essas ações mostram que o Estado reconhece que energia elétrica é um direito básico e um pilar da cidadania. Ela possibilita estudo, trabalho, saúde e comunicação, além de garantir dignidade.

Paralelamente, o programa Luz do Povo prevê um novo avanço: a partir de 2026, 55 milhões de brasileiros com renda entre meio e um salário mínimo per capita terão direito a um desconto médio de 12% na conta de luz.

Esse alívio virá da eliminação da cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o consumo de até 120 kWh por mês.

Muitas dessas famílias utilizam energia de forma consciente, com eletrodomésticos básicos, e mesmo assim enfrentam dificuldades para pagar. O novo modelo ajuda essas famílias a preservar sua renda e manter o consumo essencial.

Além disso, famílias atendidas por sistemas isolados com geração solar e baterias também serão beneficiadas. Isso inclui comunidades sem acesso à rede elétrica convencional, fortalecendo a transição para fontes renováveis.

Liberdade de escolha e modernização do setor elétrico

Um dos principais avanços previstos na nova política energética é a liberdade de escolha do fornecedor de energia elétrica. A medida será implementada de forma escalonada entre 2026 e 2027, inicialmente para empresas e, depois, para consumidores residenciais.

Assim, o consumidor poderá negociar diretamente com fornecedores, escolhendo tarifas e condições que melhor atendam às suas necessidades. Isso trará mais transparência, concorrência e autonomia ao setor.

A Medida Provisória nº 1.300/2025, que está em tramitação no Congresso Nacional, estabelece três pilares da nova política energética: justiça tarifária, liberdade de escolha e equilíbrio do setor.

O Governo garante que todas as mudanças serão implementadas de forma gradual, respeitando contratos existentes e assegurando a estabilidade jurídica e econômica.

Com essa modernização, cresce também a adesão à geração distribuída, como os sistemas solares fotovoltaicos residenciais. Essa transformação estimula um modelo sustentável, descentralizado e mais acessível para a população.

Além disso, novas startups e cooperativas de energia devem surgir com a abertura do mercado, criando oportunidades de negócios e ampliando o protagonismo dos consumidores no sistema elétrico.

Energia como política de justiça social

A tarifa social de energia elétrica representa muito mais do que um simples desconto. Ela é uma política de transformação social, que garante cidadania, dignidade e combate à pobreza energética.

Em tempos de crise, inflação e desemprego, aliviar a conta de luz faz diferença direta na vida de quem mais precisa. Isso permite que as famílias priorizem gastos com alimentação, saúde, moradia e educação.

Além disso, o reconhecimento da energia como um direito fundamental fortalece o papel do Estado em promover igualdade e inclusão. Essa política se alinha aos princípios constitucionais e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Com a ampliação do acesso e a consolidação das novas regras, a expectativa é que a tarifa social de energia elétrica continue sendo um instrumento fundamental no combate à desigualdade.

Ao iluminar casas, ela ilumina também o futuro de milhões de brasileiros.

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Tarifa Social de Energia começa a valer neste sábado; veja quem tem direito | AGORA CNN – CNN Brasil

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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