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Supercomputador dos EUA fará 400 quatrilhões de cálculos por segundo — como se o planeta inteiro calculasse junto

Publicado em 15/07/2025 às 16:42
Supercomputador, Nexus, Estados Unidos
Imagem representativa: IA
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Com apoio de US$ 20 milhões da NSF, Nexus promete 400 quatrilhões de operações por segundo e acesso facilitado a cientistas americanos

A Georgia Tech e parceiros vão construir um dos supercomputadores mais rápidos dos Estados Unidos. Batizado de Nexus, o sistema foi financiado com US$ 20 milhões pela National Science Foundation (NSF). A previsão é que ele esteja pronto na primavera de 2026 e seja capaz de realizar mais de 400 quatrilhões de operações por segundo.

Essa potência equivale a todos os habitantes da Terra fazendo 50 milhões de cálculos por segundo, ao mesmo tempo, sem parar. O objetivo é claro: acelerar descobertas científicas com a ajuda da inteligência artificial.

Foco em IA e acessibilidade

O Nexus dos Estados Unidos foi projetado especialmente para lidar com cargas de trabalho voltadas para inteligência artificial e computação de alto desempenho (HPC).

Isso inclui desafios em áreas como descoberta de medicamentos, energia limpa, modelagem climática e inovação em robótica.

Ao contrário de muitos supercomputadores tradicionais, o Nexus terá foco na acessibilidade.

Pesquisadores de qualquer instituição dos EUA poderão solicitar acesso por meio da NSF, não apenas os de grandes centros tecnológicos.

Além disso, o sistema contará com interfaces fáceis de usar. A ideia é facilitar o uso de ferramentas avançadas de IA por cientistas de diversas áreas.

Um impulso nacional para a ciência

Segundo Ángel Cabrera, presidente da Georgia Tech, a instituição tem orgulho de ser um dos principais centros de talentos e tecnologias de IA do país.

Ele afirmou que a escolha da Georgia Tech para sediar o Nexus é justa, e que a universidade está animada para iniciar o projeto.

Katie Antypas, diretora do Escritório de Ciberinfraestrutura Avançada da NSF, destacou que o Nexus trará uma nova abordagem ao unir serviços científicos persistentes com computação tradicional.

Para ela, isso permitirá novos fluxos de trabalho que vão reduzir o tempo entre a pesquisa e a descoberta.

A Georgia Tech está construindo o Nexus em parceria com o Centro Nacional de Aplicações de Supercomputação (NCSA) da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign.

Os sistemas serão conectados por uma nova rede de alta velocidade, criando uma infraestrutura nacional compartilhada.

Supercomputador Nexus: capacidade impressionante

O Nexus terá um sistema com enorme poder de processamento e recursos avançados de memória e armazenamento.

Ele contará com 330 trilhões de bytes de memória e 10 quatrilhões de bytes de armazenamento flash. Isso equivale a cerca de 10 bilhões de resmas de papel.

Se empilhadas, essas resmas formariam uma coluna de 500.000 km de altura. Isso seria suficiente para ir da Terra até a Lua e retornar um terço do caminho.

Essa escala vai permitir que o supercomputador lide com problemas extremamente complexos e grandes volumes de dados.

A estrutura também contará com sistemas de transferência de dados ultrarrápidos. O objetivo é garantir que os pesquisadores passem menos tempo esperando os dados se moverem e mais tempo focados nas descobertas.

Democratização das ferramentas de IA

Para Suresh Marru, pesquisador principal do projeto e diretor do novo Centro de IA em Ciência e Engenharia (ARTISAN) da Georgia Tech, o Nexus vai ajudar a “nivelar o campo de atuação”.

Ele afirma que o supercomputador foi projetado para tornar as ferramentas de IA mais fáceis de usar e mais acessíveis.

O sistema também vai reservar até 10% de sua capacidade para pesquisas internas no campus da Georgia Tech.

O restante será gerenciado por meio de um processo de revisão da NSF, que analisará os pedidos de acesso de outras instituições.

Experiência acumulada

O projeto Nexus se baseia na experiência anterior da Georgia Tech com o supercomputador HIVE e no centro de dados CODA da universidade.

Segundo Srinivas Aluru, professor da Regents’ School e reitor associado da Faculdade de Computação, o lançamento do Nexus representa o ápice de anos de planejamento.

Uma vez em operação, o Nexus deve acelerar pesquisas nas áreas mais difíceis da ciência atual. Mas a expectativa é que ele também abra caminhos para descobertas que ainda não foram imaginadas pelos pesquisadores.

A construção começa ainda este ano. Quando pronto, o Nexus colocará a Georgia Tech entre os principais centros acadêmicos de supercomputação dos Estados Unidos.

Com informações de Interesting Engineering.

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Romário Pereira de Carvalho

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