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Starlink libera internet grátis em celulares da Samsung, iPhone e Motorola: veja se o seu está na lista e como ativar o recurso escondido

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 06/10/2025 às 11:55
Starlink libera internet via satélite gratuita em celulares compatíveis da Samsung, iPhone e Motorola, ampliando a conexão em áreas sem sinal.
Starlink libera internet via satélite gratuita em celulares compatíveis da Samsung, iPhone e Motorola, ampliando a conexão em áreas sem sinal.
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A Starlink começou a liberar, em parceria com operadoras, a conectividade direta por satélite em smartphones compatíveis.

O serviço já opera comercialmente nos Estados Unidos, via T-Mobile, com mensagens e alguns apps funcionando fora da cobertura tradicional.

O acesso está incluso sem custo nos planos de topo da operadora e pode ser contratado à parte por uma taxa mensal.

No Brasil, a tecnologia ainda não foi autorizada para uso em celulares, segundo a Anatel.

Como funciona a conexão no celular

Quando o usuário perde o sinal das redes móveis, o aparelho compatível muda automaticamente para a malha de satélites e exibe o indicativo de conexão por satélite na barra de status.

Nos EUA, a T-Mobile informa que o telefone pode mostrar o nome de rede “T-Mobile SpaceX” ou “T-Sat+Starlink”, sem qualquer ajuste manual.

O ícone SAT indica que a ligação com o satélite foi estabelecida.

Ainda que a navegação completa não esteja disponível em todos os aparelhos, a operadora passou a liberar mensagens de texto, compartilhamento de localização e, gradualmente, dados para apps otimizados como WhatsApp, X (Twitter), Google Maps, AccuWeather, AllTrails e T-Life.

A ampliação do suporte a aplicativos começou em outubro de 2025, após o início comercial da oferta em julho.

Compatibilidade: veja se o seu celular entra na lista

A compatibilidade depende de hardware e software e é definida pelas operadoras que firmaram parceria com a Starlink.

Nos Estados Unidos, a T-Mobile mantém uma relação de mais de 60 modelos com suporte ao T-Satellite, o nome comercial do serviço.

Entre os iPhones, entram do iPhone 13 em diante, incluindo iPhone SE (3ª geração) e iPhone Air.

No ecossistema Android, há Google Pixel 9 e 10 (e variantes), Samsung Galaxy a partir do S21 e linhas A selecionadas — como A14, A15, A16, A35, A53 e A54 — além de modelos Motorola lançados de 2024 para cá, com recursos que variam entre texto, envio de fotos e dados para apps.

A lista exata evolui com atualizações de sistema e pode mudar por região.

Em paralelo, a Starlink afirma em sua página técnica que o Direct to Cell foi concebido para funcionar com qualquer telefone LTE, sem alterações de hardware e sem apps especiais.

Na prática, porém, a habilitação comercial ocorre por meio das operadoras parceiras e do software dos fabricantes, o que explica por que nem todo aparelho conecta hoje.

O que já dá para fazer (e o que ainda falta)

Na fase atual, a prioridade é conectividade essencial.

Além das mensagens de texto (inclusive para 911 nos EUA) e da compartilhação de localização, a T-Mobile passou a permitir dados de baixa largura de banda para um conjunto de aplicativos “otimizados para satélite”.

Chamadas de voz e navegação plena continuam previstas para etapas futuras, conforme a constelação direta-ao-celular cresce e os fabricantes liberam novas versões de software.

A cobertura satelital direta da Starlink usa satélites com módems LTE embarcados, que se integram às redes móveis como se fossem torres “no espaço”.

Hoje, a T-Mobile informa operar com mais de 650 satélites diretos-ao-celular, número que deve aumentar à medida que novos equipamentos entram em órbita.

Funciona no Brasil?

Por enquanto, não.

Em agosto, a Anatel esclareceu que a Starlink não está autorizada a ofertar o serviço direto-ao-celular no país.

Há discussões regulatórias em andamento e um sandbox para testes, mas a comercialização depende de licenças específicas e de parcerias locais.

Enquanto isso, a Starlink segue oferecendo no Brasil apenas banda larga via antena para residências e empresas — uma categoria distinta do serviço direto ao celular.

Como ativar o “recurso escondido” no seu telefone

Nos Estados Unidos, com uma linha da T-Mobile e um aparelho elegível, não é preciso ativar nada: quando não há sinal de torre e o céu está desobstruído, o próprio telefone se conecta ao satélite.

O usuário pode confirmar pelo ícone SAT e pelo nome de rede “T-Mobile SpaceX” ou “T-Sat+Starlink” no canto superior da tela.

Em muitos modelos, a operadora ainda envia uma mensagem automática avisando que o usuário está no T-Satellite.

No iPhone com iOS 18 ou superior, a Apple incluiu um menu “Satélite” nas Ajustes, com um Assistente de Conexão que orienta o posicionamento do aparelho e a escolha dos recursos, como Mensagens via satélite.

Se houver Wi-Fi ou rede móvel disponíveis, a opção pode não aparecer.

Ela é exibida quando o iPhone detecta a necessidade de usar satélite.

No Android, a experiência varia por fabricante e versão do sistema.

Em aparelhos da Samsung e da linha Pixel compatíveis, o Google Messages trata o envio de SMS/MMS via satélite, e alguns ajustes de “satellite messaging/SAT mode” podem surgir nos menus de Rede e Internet quando não há cobertura terrestre.

Tudo ocorre de forma automática, com indicação visual no topo da tela.

A T-Mobile mantém tutoriais passo a passo por modelo, inclusive para Pixel 9, detalhando o envio de mensagens quando conectado ao satélite.

É gratuito mesmo?

A oferta é incluída sem custo adicional nos planos Experience Beyond e Go5G Next da T-Mobile.

Nos demais, pode ser adicionada por uma mensalidade.

Em fases de expansão, a operadora também habilita clientes de outras operadoras ou linhas pré-existentes com taxa avulsa.

Fora dos EUA, as condições dependem de parcerias e regras locais, motivo pelo qual a gratuidade anunciada em redes sociais não se aplica ao Brasil neste momento.

Em que medida isso muda a conectividade

A rede direta-ao-celular preenche zonas de sombra onde as antenas não alcançam, agregando redundância para trilhas, áreas rurais, estradas e operações de emergência.

Ao unir satélites em órbita baixa a recursos nativos nos sistemas iOS e Android, a promessa é permitir que o usuário continue comunicável em cenários antes inviáveis.

Ainda há limitações de velocidade e capacidade, próprias de links via satélite, mas o serviço tem utilidade prática crescente conforme apps e aparelhos são otimizados.

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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