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Somente um aeroporto no Brasil está entre os 10 melhores do mundo e ele não está em SP

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 10/07/2025 às 15:32
Descubra por que apenas o Aeroporto Internacional de Brasília entrou entre os 10 melhores do mundo em 2025. Veja o ranking completo agora.
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No ranking internacional de aeroportos, apenas um terminal brasileiro alcançou destaque global em 2025, revelando tendências de qualidade e eficiência fora do eixo tradicional do Sudeste. Veja o desempenho e as curiosidades sobre os principais aeroportos do país.

O Aeroporto Internacional de Brasília, também conhecido como Presidente Juscelino Kubitschek, conquistou o 4º lugar no ranking global AirHelp Score 2025, tornando-se o único terminal brasileiro entre os dez melhores do mundo neste ano.

A pesquisa internacional avaliou 250 aeroportos de 68 países, considerando critérios rigorosos como pontualidade de voos, satisfação dos clientes e qualidade dos serviços comerciais.

Apesar de ser o destaque brasileiro, o terminal não está localizado no eixo Rio-São Paulo, contrariando a expectativa sobre os principais aeroportos do país.

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Ranking AirHelp Score: critérios e avaliação internacional

O AirHelp Score é um dos principais indicadores internacionais de eficiência aeroportuária, atribuindo maior peso à pontualidade dos voos (60% da nota), seguida por avaliações de passageiros (20%) e pela oferta de lojas e restaurantes (20%).

Na edição de 2025, o terminal de Brasília obteve nota geral de 8,47, destacando-se em três quesitos principais: pontualidade (8,6), satisfação dos clientes (8,3) e qualidade das opções comerciais (8,2).

O aeroporto subiu uma posição em relação ao ano anterior, consolidando-se como referência em operação e atendimento no Brasil.

Aeroportos brasileiros mais bem avaliados no ranking global

Ao todo, doze aeroportos brasileiros figuram entre os cem mais bem avaliados do ranking mundial, demonstrando evolução na infraestrutura e nos serviços do setor no país.

Entre os destaques nacionais, o Aeroporto Internacional de Belém (Val-de-Cans) aparece na 13ª posição, enquanto o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, avançou 23 posições e ocupa agora o 17º lugar.

Outros terminais relevantes no ranking são:

  • Fortaleza (24º)
  • Galeão (29º)
  • Curitiba (46º)
  • Recife (47º)
  • Guarulhos (61º)
  • Congonhas (63º)
  • Florianópolis (72º)
  • Viracopos (73º)
  • Confins (77º)

Por outro lado, Salvador ficou na 113ª posição, e Porto Alegre foi diretamente impactado pelas enchentes de 2024, ficando apenas em 216º lugar devido à inatividade prolongada.

Metodologia detalhada e critérios de avaliação do AirHelp Score

O levantamento de 2025 utilizou dados coletados de 1º de junho de 2024 a 31 de maio de 2025, somando mais de 13,5 mil avaliações de usuários em 58 países.

De acordo com a AirHelp, o sistema de pontuação prioriza a precisão dos dados de pontualidade, considerando voos que chegam até 15 minutos após o horário programado como “pontuais”.

As avaliações dos passageiros contemplaram aspectos como atendimento, tempo de espera, acessibilidade e limpeza, enquanto as opções comerciais também foram pontuadas em escala de “muito bom” a “muito ruim”.

Os 10 melhores aeroportos do mundo em 2025

No panorama internacional, os dez aeroportos mais bem avaliados do mundo, segundo a AirHelp, são:

  • Cidade do Cabo (África do Sul)
  • Hamad (Doha, Catar)
  • Rei Khalid (Riad, Arábia Saudita)
  • Brasília (Brasil)
  • Mascate (Omã)
  • Tocumen (Cidade do Panamá)
  • King Shaka (Durban, África do Sul)
  • Salt Lake City (Estados Unidos)
  • Bergen-Flesland (Noruega)
  • Rei Fahd (Dammam, Arábia Saudita)

O desempenho do Aeroporto Internacional de Brasília no ranking coloca o Brasil em destaque, superando outros importantes centros de aviação na América Latina e em mercados tradicionais da Europa e dos Estados Unidos.

Debate sobre metodologia e direitos do passageiro no Brasil

O ranking AirHelp Score 2025 se consolidou como referência internacional por sua metodologia detalhada, cruzando informações de fontes como agências reguladoras, operadoras de voo e sistemas de rastreamento.

Os dados são checados e validados a partir da autoridade das fontes, garantindo confiabilidade nos resultados.

Conforme a AirHelp, o objetivo é oferecer transparência ao passageiro, permitindo decisões mais conscientes na hora de planejar viagens e conhecer o padrão de atendimento esperado em cada terminal.

No Brasil, a publicação do ranking é acompanhada de críticas do setor aeroportuário, principalmente em relação à metodologia adotada e à ausência de amostragem científica detalhada.

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Representantes do segmento questionam a representatividade dos dados e associam a atuação da AirHelp a um incentivo à judicialização das demandas de passageiros no país.

Segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), o ambiente regulatório nacional carece de uma legislação mais clara sobre indenizações, ao contrário do que ocorre na União Europeia, onde a EC261 define prazos e valores para ressarcimento por atrasos ou cancelamentos de voos.

Em resposta, a AirHelp afirma que o AirHelp Score utiliza dados objetivos e pesquisas diretas com passageiros, além de seguir padrões internacionais para a validação das informações.

A empresa argumenta que, no Brasil, apenas 2% dos passageiros que buscam compensação por atrasos ou cancelamentos conseguem resolver a situação extrajudicialmente, enquanto na Europa esse índice chega a 60%.

Segundo Luciano Barreto, diretor-geral da AirHelp no Brasil, a diferença se deve à ausência de regulamentação específica e à resistência das companhias aéreas em negociar acordos fora do Judiciário.

Caminhos para a excelência dos aeroportos brasileiros

O debate sobre os direitos do passageiro aéreo brasileiro ganha força à medida que a performance dos aeroportos nacionais é comparada a padrões internacionais.

Para especialistas, a adoção de práticas mais transparentes e o fortalecimento da legislação podem contribuir para elevar a experiência do viajante e melhorar o desempenho dos aeroportos do país em rankings globais como o AirHelp Score.

Diante desse cenário, surge a pergunta: o que pode ser feito para que mais aeroportos brasileiros atinjam o topo dos rankings internacionais e ofereçam um serviço de excelência compatível com os maiores hubs do mundo?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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