Em novembro, a Shopee dobrará o valor de cupons em relação a 2024 e prepara ofensiva com frete grátis e cortes de até R$ 200 para disputar o topo do e-commerce.
A Shopee vai distribuir R$ 36 milhões em cupons durante novembro, divididos entre a campanha própria de 11/11 (R$ 20 milhões) e a Black Friday (R$ 16 milhões). A varejista, fundada em 2015 em Cingapura e presente no Brasil desde 2020, afirma que o montante é o dobro do aplicado no mesmo período do ano passado, numa tentativa de acelerar tráfego, conversão e ticket médio em um mercado cada vez mais competitivo.
Além da ampliação dos descontos, a Shopee promete frete grátis para compras acima de R$ 10 na Black Friday e cupons que podem chegar a R$ 200 em lojas oficiais. De acordo com o protal UOL, A estratégia mira capturar intenção de compra no 11/11 formato que já entrou no calendário nacional e sustentar o ritmo até a sexta de promoções, quando a disputa por preço, sortimento e logística costuma atingir o auge.
Como será a ofensiva de novembro
A primeira etapa ocorre no 11/11, com R$ 20 milhões em cupons e o selo “melhor preço do ano” para itens que atingirem o menor valor histórico no app.
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A sinalização de preço histórico é um gatilho de confiança: comunica referência clara de economia e reduz o tempo de decisão do consumidor.
Na Black Friday, a Shopee destina R$ 16 milhões em cupons, incluindo vouchers de até R$ 200 para lojas oficiais e frete grátis acima de R$ 10.
O objetivo é ampliar a taxa de conversão na data de maior tráfego do varejo, sem depender exclusivamente de corte de preço produto a produto uma combinação de “voucher + frete” costuma destravar carrinhos com itens de baixo valor.
Quem a Shopee quer atingir (e por que agora)
Pesquisas internas citadas pela empresa indicam que 60% dos consumidores planejam comprar no 11/11 e 75% na Black Friday, com 23% equiparando o 11/11 à BF em importância.
Esse comportamento sugere um varejo “em duas ondas”: a primeira para aquisições rápidas e teste de preço, e a segunda para compras de maior valor.
Ao distribuir mais cupons no início do mês, a Shopee tenta preencher o funil com usuários quentes e reimpactá-los na Black Friday. É uma lógica de funil completo: atração no 11/11, recaptura no fim do mês e cross-sell via app.
A ofensiva de novembro se apoia em dois pilares: comunicação de preço histórico e redução do custo total do pedido (via cupom e frete).
No aplicativo, rótulos e badges são decisivos para atribuição de valor percebido: “melhor preço do ano” sinaliza oportunidade rara e reduz comparação externa.
No frete, o limite de R$ 10 baixa a barreira para primeira compra e recompra de itens de uso cotidiano. Ao deslocar o foco da promoção apenas do produto para o carrinho, a Shopee melhora margem de contribuição do seller e mantém o sortimento ativo estratégia relevante em categorias de baixo tíquete.
Mercado em disputa: o que fazem os rivais
O movimento ocorre em um cenário de acirramento competitivo. O Mercado Livre ampliou o frete grátis para compras a partir de R$ 19 (antes era R$ 79), pressionando elasticidade de demanda e frequência de compra.
A Amazon respondeu com isenção de taxas para vendedores no fulfillment, barateando o custo logístico e atraindo catálogo.
Nesse contexto, a Shopee aposta em subsídio direto ao consumidor (cupons + frete em tíquete baixo) para sustentar crescimento.
É uma escolha de posição: otimizar aquisição e recorrência enquanto equaliza custo por pedido por meio do volume uma tática eficiente em períodos de tráfego extraordinário como 11/11 e Black Friday.
O que muda para o consumidor (e o que observar)
Para o usuário, o valor real do desconto dependerá de combinações de cupom, selo e frete. Boas práticas para extrair mais benefício incluem: ativar notificações no app, coletar cupons por loja e por categoria, sincronizar horários de “drop” e monitorar o selo de preço histórico.
Em tíquetes baixos, o frete grátis acima de R$ 10 é, muitas vezes, o fator decisivo.
Já para quem mira eletrônicos, casa e eletroportáteis, os vouchers de até R$ 200 podem destravar compras planejadas, sobretudo em lojas oficiais.
Comparar o preço final no carrinho incluindo frete e cupom é o que define o melhor negócio, mais do que o corte de vitrine.
Efeitos esperados no ecossistema de sellers
Para vendedores, novembro concentra tráfego e compressão de margem. Participar de campanhas com selo e cupom aumenta visibilidade, mas exige planejamento de estoque, tabela de frete e política de devolução. A janela do 11/11 ajuda a calibrar demanda e ajustar preços para a Black Friday, mitigando rupturas.
Quem opera fulfillment e despacha rápido ganha relevância algorítmica, melhora reviews e reduz custo de aquisição alavancas que permanecem após novembro.
É um investimento de curto prazo com efeito de cauda no Q4.
Por que a Shopee acelera agora
O dobro em cupons vs. 2024 indica apetite por share em um trimestre que define a curva do ano. A empresa tenta capturar intenção antes da concorrência, reter usuários no app e elevar recorrência com subsídio focalizado.
Em datas de alta densidade promocional, quem controla a narrativa de preço histórico e o custo do carrinho converte melhor.
Em suma: a Shopee usa preço, frete e timing para competir por liderança no 11/11 e na Black Friday, numa disputa em que cada ponto de conversão e cada real de subsídio pode decidir o ranking de novembro.
A estratégia da Shopee para novembro combina volume de cupons (R$ 36 milhões), frete grátis acima de R$ 10 e vouchers altos em lojas oficiais, numa tentativa clara de puxar a demanda do 11/11 e consolidar resultados na Black Friday.
Em um mercado em que rivais ampliam benefícios logísticos e de preço, a disputa tende a se decidir no carrinho onde o consumidor enxerga o custo total.
Você pretende comprar no 11/11, na Black Friday ou nas duas datas? Em quais categorias a Shopee oferece o melhor custo final e onde você tem visto vantagem de Mercado Livre ou Amazon? Deixe sua experiência nos comentários queremos ouvir quem está caçando oferta na prática.