Setor de etanol e cana-de-açúcar do Brasil pode ganhar nova usina, aumentando capacidade de processamento

Se os negócios entre a Raízen e a Biosev forem concretizados, a produção será de 17% total das usinas de cana-de-açúcar e etanol da região Centro-Sul

Raízen, empresa produtora de etanol no Brasil e a dona dos postos Ipiranga, está adquirindo uma das líderes do setor sucroenergético, a Biosev. Caso os negócios se concretizem, o novo projeto terá uma capacidade de produção sozinha de 17% de todas as usinas de cana-de-açúcar da região Centro-Sul, local das principais produtoras do Brasil, que correspondem a 70% da produção nacional.

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Produção das duas grandes usinas:

A Raízen é uma joint venture entre Cosan e Shell que possui a maior capacidade de processamento do país de cana-de-açúcar, matéria-prima para a produção de açúcar, etanol e energia elétrica. De acordo com a empresa, a Raízen possui 26 usinas em operação com capacidade instalada de 73 milhões de toneladas.

A Biosev, da empresa francesa do grupo Louis Dreyfus, controla 8 unidades produtivas e tem capacidade para processar 31,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

As suas grandes empresas do setor sucroenergético, podem juntas somam 105 milhões de toneladas. Esse número significa nada menos que 17% das 598 milhões de toneladas de cana-de-açúcar plantadas pelas usinas da região Centro-Sul do país.

Usinas devem priorizar a produção de açúcar neste ano

Neste ano de 2021, as usinas de cana irão priorizar a produção de açúcar e não de etanol. As principais produtoras do Brasil que ficam localizadas na região Centro-Sul, que correspondem a 70% da produção nacional, tem o seguinte fator para ter a prioridade na produção: o preço do adoçante no mercado interno e a recuperação dos valores no mercado estrangeiro.

Ao contrário das usinas que produzem etanol de milho, as usinas de cana-de-açúcar podem determinar se produzirão mais açúcar ou etanol. Portanto, um termo mix mais amplo para um ou outro produto.

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