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Setor comunica última chance! Com vendas em queda, Argentina enfrenta crise nas fábricas de máquinas agrícolas e teme concorrência estrangeira

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 03/04/2025 às 20:59
Argentina enfrenta crise no setor de máquinas agrícolas com queda nas vendas e alta nas importações. Indústria pressiona governo por medidas de proteção.
Argentina enfrenta crise no setor de máquinas agrícolas com queda nas vendas e alta nas importações. Indústria pressiona governo por medidas de proteção.
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Fabricantes na Argentina vivem o pior início de ano desde a pandemia, pressionados por importações do Brasil e da China. Governo afrouxou barreiras, e setor já fala em “última chance” para reagir.

O alarme já tocou no campo industrial argentino: a produção de máquinas agrícolas despencou no início de 2025, e os fabricantes soam como quem vê o último trem saindo da estação. Com queda de até 17% nas vendas, aumento nas importações de tratores e colheitadeiras e um mercado interno apático, a Argentina vive uma crise no setor que já foi símbolo de inovação no agronegócio do país.

Enquanto isso, o governo abre as porteiras para produtos estrangeiros, principalmente do Brasil e da China, gerando tensão e medo de que muitas fábricas nacionais não resistam à pressão.

Uma crise inesperada

Na prática, o cenário é preocupante. Só em janeiro, foram vendidas 38 colheitadeiras no país — uma queda de 17,4% em relação a dezembro de 2024. O número é considerado um dos piores da última década, segundo dados da Acara (Associação de Concessionários de Automotores da República Argentina).

Enrique Bertini, presidente da Câmara de Fabricantes de Máquinas Agrícolas (Cafma), foi direto: “Estamos vendendo menos da metade do que seria um bom ano. E nossas fábricas estão com capacidade ociosa enorme”. A declaração ecoa o sentimento de urgência entre empresários do setor, que agora veem a necessidade de adaptação como questão de sobrevivência.

O problema, no entanto, não é só interno. A abertura do governo às importações de máquinas — medida que teoricamente barateia custos para os produtores rurais — está dando espaço para produtos com preços muito mais competitivos, vindos de mercados com maior escala e incentivos fiscais.

Impactos e reações da indústria argentina

As fábricas locais, que antes dominavam o fornecimento de tratores e pulverizadores no mercado argentino, agora perdem espaço até nas regiões mais tradicionais do agro. Empresas brasileiras e chinesas estão ganhando terreno com equipamentos prontos para entrega, preços mais acessíveis e, em alguns casos, até subsídios.

A Cafma já pediu ao governo que reconsidere as atuais políticas de importação e incentive a produção nacional. Mas, por ora, o movimento parece ir em direção oposta.

Mesmo assim, há quem aposte em um 2025 menos desastroso. A reativação do crédito rural, somada a possíveis políticas de incentivo, poderia dar um fôlego temporário às fabricantes locais. Além disso, empresas argentinas estão investindo em tecnologias de precisão e conectividade embarcada como trunfos para enfrentar a concorrência.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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