Scania, que tem fábrica de caminhões no ABC Paulista, firma parceria com a Congás para ampliar número de postos de abastecimento com gás natural e biometano em SP
Pré-sal caipira: Scania, uma das principais montadoras mundiais fabricante de caminhões pesados, de ônibus e de motores industriais e marítimos acaba de anunciar parceria com a Comgás, a maior distribuidora de gás natural do Brasil, para desenvolver ações conjuntas e acelerar o desenvolvimento do mercado de gás natural veicular (GNV) e biometano para veículos comerciais pesados.
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Primeiramente as gigantes farão um mapeamento de corredores e rotas logísticas no estado de São Paulo para elaborar plano de aumento de pontos estratégicos de abastecimento, além de avaliar a instalação de postos na operação do transportador.
“Esta iniciativa é fundamental para impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura de distribuição e ampliar as opções de abastecimento”, resume em nota Christopher Podgorski, CEO da Scania Latin America. “A parceria reduzirá barreiras para viabilizar soluções sustentáveis no transporte.”
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A fabricantes de caminhões pesados Scania mira o pré-sal caipira em estratégia global da empresa de liderar a transformação do transporte em um negócio mais sustentável e aderir à bandeira do gás natural em alternativa ao diesel.
Desde março do ano passado, a montadora produz caminhões movidos a gás em sua fábrica localizada em São Bernardo do Campo (SP). A decisão acompanhou o lançamento da nova geração da linha de veículos pesados.
Scania mira emissão zero de carbono. Apesar de ser um combustível de origem fóssil, o gás natural é menos poluente quando comparado ao diesel de petróleo
Como forma de potencializar o mercado de gás natural, a Comgás encaminha ampliação de rede de dutos em locais estratégicos, o que possibilitaria o uso de uma fonte energética com quase zero emissão de CO2, nos moldes do que já ocorre na Europa.
“O gás natural é uma solução energética utilizada por diversos países desenvolvidos e em desenvolvimento, pois apresenta baixos índices de poluição e oferta abundante no mercado mundial”, conta Antonio Simões, CEO da Comgás.
Segundo as empresas, a frota pesada movida a GNV emite até 90% menos poluentes de ação local – como NOx e material particulado, em comparação com um produto similar a diesel.
“Dentro das cidades, onde o gás natural pode ser aplicado no transporte público, com a tecnologia de nossos ônibus movidos a gás podemos reduzir a quase zero a emissão de material particulado, um poluente de ação local cancerígeno e responsável pelo aumento de mortes provocadas por doenças respiratórias”, explica Podgorski.
“Pré-sal caipira”: Usina de biogás da Raízen em SP pode produzir energia para abastecer cidade de 150 mil habitantes por um ano
A maior usina de biogás a partir de matéria-prima agrícola do mundo, foi inaugurada na última sexta-feira (16), pela gigante produtora de etanol do Brasil, a Raízen. A unidade foi chamada de ‘pré-sal caipira’ pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que esteve na cerimônia.
Localizado em Guariba (SP), a 340 quilômetros de São Paulo, a usina de biogás da Raízen à base de subprodutos da cana-de-açúcar é capaz de produzir energia elétrica para abastecer, durante um ano, uma cidade de 150 mil habitantes. A planta estima produção de 138 mil megawatt-hora (MWh) já a partir da safra 2021/22, com início previsto para abril.
No processo produtivo, bactérias transformarão os subprodutos em biogás. Depois, o gás produzido é levado por dutos até geradores, onde será queimado e transformado em energia elétrica.
Pré-sal caipira
O tesouro escondido no interior do Brasil, chamado ‘pré-sal caipira’ pelo ministro, trata-se do biogás, uma fonte de energia renovável e abundante produzida a partir de resíduos de agricultura e que tem a vantagem de estar ao lado de pólos produtivos espalhados pelo país, mas ainda pouco explorada.
O ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque batizou a operação de ‘pré-sal caipira’, em alusão à reserva de petróleo e gás natural encontrada pela Petrobras a mais de sete mil metros abaixo do nível do mar brasileiro, em 2006.
“O biogás e o biometano, além de serem utilizados na geração de energia elétrica, podem também substituir o óleo diesel utilizado nos ônibus, caminhões e máquinas agrícolas. Ou mesmo, no caso do biometano, ser gerado na rede de gasoduto (…) É o pré-sal caipira”, afirmou.
No Brasil, 521 plantas de biogás estavam em operação em 2019, segundo levantamento da Associação Brasileira de Biogás. Dessas, a maioria gera energia por meio da suinocultura, seguida por resíduos de aterro sanitário e esgoto, e, também, por derivados da cana, como a palha.