Alta do petróleo levou as ações da Saudi Aramco a níveis recordes, o que fez com que sua capitalização chegasse a ultrapassar a da Apple
Graças ao recente aumento no valor do petróleo, a Saudi Aramco é agora a empresa mais valiosa do mundo, tomando o lugar da Apple. As ações da maior exportadora de petróleo do planeta atingiram níveis recordes, de modo a possibilitar que a companhia recuperasse o primeiro lugar pela primeira vez desde 2020.
Conforme informações da Refinity, a Saudi Aramco apresenta, atualmente, o valor de cerca de US$ 2,43 trilhões, contra US$ 2,37 trilhões da Apple.
As capitalizações de mercado variam com bastante frequência, haja vista que, em janeiro de 2022, a Apple alcançou o valor de US$ 3 trilhões, o que representa um feito inédito entre as empresas mundiais, que tornou a companhia a mais valiosa do planeta durante o início deste ano.
A Saudi Aramco, por sua vez, também já se garantiu na liderança em 2019, quando o reino da Arábia Saudita – que detém 94% da empresa – listou 1,5% de suas ações em uma oferta pública inicial histórica, responsável por impulsionar sua avaliação para US$ 2 trilhões.
Recentemente, porém, os últimos movimentos do mercado demonstram como as perspectivas foram alteradas para os produtores de energia e tecnologia.
Aumento no valor do petróleo é devido, em grande parte, à invasão da Ucrânia pela Rússia
Este ano, os preços do petróleo cresceram a níveis recordes, em razão, principalmente, das questões relacionadas às interrupções no fornecimento da Rússia desde a invasão contra a Ucrânia. Dessa forma, players como a Saudi Aramco foram impulsionados, com acréscimo de 27% em suas ações até o momento.
Vale ressaltar também que o lucro líquido da Saudi Aramco já mais do que dobrou no último ano, sendo equivalente a US$ 110 bilhões, na medida em que a atividade econômica ressurgente, após a redução das restrições globais relacionadas à pandemia, reviveu a demanda por petróleo.
Por outro lado, as ações da Apple já caíram mais de 17% desde janeiro. Isso pode ser associado a problemas recentes na cadeia de suprimentos, em especial na China, onde múltiplas fábricas de fornecedores da companhia foram temporariamente apanhadas nos bloqueios de Covid-19 do país. De acordo com o presidente-executivo da empresa, Tim Cook, tais bloqueios devem custar à Apple até US$ 8 bilhões neste trimestre.
Cook acrescentou, ainda, em uma teleconferência de resultados, que as restrições da Apple estão principalmente centradas no corredor de Xangai.
Dan Ives espera que, com o lançamento do iPhone 14, preocupações relacionadas aos problemas na cadeia de suprimentos sejam reduzidas
Segundo Dan Ives, diretor-gerente de pesquisa de ações da Wedbush Securities, o impacto dos bloqueios corresponde a um albatroz para o trimestre de junho, e os problemas da cadeia de suprimentos da Apple na China possivelmente permanecerão sendo a maior aflição para os investidores em curto prazo. No entanto, há, para ele, expectativa de que as preocupações sejam reduzidas no segundo semestre do ano, tendo em vista o lançamento de um novo iPhone 14.
Por fim, é importante mencionar que alguns analistas não estão de acordo com a comparação entre as duas empresas, uma vez que a Apple consiste em uma companhia criada por civis em uma garagem na Califórnia, no ano de 1976, ou seja, começou do zero, enquanto a Saudi Aramco constitui uma gigante estatal, tendo somente uma pequena quantidade de ações em circulação.
- Internet de Elon Musk (Starlink) chega ao Brasil com desconto de MAIS DE 50% visando acabar com a concorrência e inovar na conectividade brasileira, chegando em QUALQUER parte do país
- Crise sem fim! Volkswagen enfrenta demissões em massa e crise tecnológica: será o próximo caso Kodak e Nokia?
- Umas das maiores BR do Brasil será transformada! Rodovia terá duplicação de 221km e R$ 7 bi em investimentos, podendo gerar até 100 MIL empregos
- Noruega investe R$ 350 milhões em energia solar no norte de Minas Gerais