Após a Ford sair do país e encerrar produção de veículos em suas fábricas de SP e Camaçari, o estado da Bahia vive o maior tombo industrial desde 2020
Diante da saída da multinacional Ford do Brasil e fechamento das fábricas em SP e Camaçari, na Bahia, a produção industrial baiana registrou em fevereiro o maior tombo desde maio do ano passado. É o que apontam os dados divulgados na última quinta-feira (08/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ford vai ter que pagar no mínimo R$ 130 mil aos trabalhadores demitidos por paralizar produção de veículos e fechar sua fábrica em SP
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Segundo o levantamento, na passagem de janeiro para fevereiro, a indústria da Bahia registrou queda de 5,8%. Já na comparação com fevereiro de 2020, o tombo foi de 20,9% – o mais intenso para a indústria baiana desde maio de 2020, quando recuou 21,4%.
A decisão de encerrar a produção da Ford no Brasil gerou um efeito dominó na economia baiana, que se reflete em outros setores.
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A montadora disse que, com o fechamento das unidades no país, cinco mil empregos foram perdidos no Brasil e na Argentina, mas, segundo o Dieese, o impacto da saída da montadora deve ser 20 vezes maior. É que há toda uma cadeia indireta ligada à produção da empresa.
Depois da Ford, as multinacionais Renault e Nissan podem fechar suas fábricas no Brasil e indústria automotiva pode entrar em colapso no país
Após a saída da montadora Ford do Brasil, a crise global de suprimentos e a pandemia fez fábricas de automóveis como Chevrolet, Honda, Audi (Volkswagen), Scania, Volvo e Mercedes-Benz suspenderem também a produção de veículos. Agora, segundo a informação passada pelo Carlos Ghosn, ex CEO de grandes fabricantes de veículos, as multinacionais Renault e Nissan podem fechar suas fábricas no Brasil e indústria automotiva pode entrar em colapso no país.
O mercado brasileiro de automóveis caiu de 4 milhões de unidades/ano, para apenas 2 milhões, disse o ex-presidente da Nissan Ghosn.
Após Ford, Chevrolet, Honda e Audi retirar ou diminuir produção de veículos no país, a multinacional Bosch traz fabricação dos EUA para São Paulo
A multinacional alemã fabricante de autopeças Bosch foi de contra o movimento das fabricantes de automóveis Ford, Chevrolet, Honda, Audi, (Volkswagen), Scania, Volvo e Mercedes-Benz, Nissan e Renault que decidiram retirar ou diminuir produções no Brasil, e trouxe para o Brasil a produção de injetores e bicos de injetores para caminhões que eram produzidos em suas fábricas nos Estados Unidos, ampliando assim, a divisão de sistemas de injeção diesel em sua fábrica de Curitiba.
Além disso, a intenção da multinacional alemã é abastecer não só o mercado interno, mas também exportar uma grande quantia – que pode chegar a até metade da produção.