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Safra brasileira de soja possui estimativas de safra recorde, movimentando e influenciando a economia com a elevação os rendimentos médios de sacas por quilo de hectare

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 13/01/2023 às 19:19
Atualizado em 16/01/2023 às 10:29
Safra brasileira de soja
Safra brasileira de soja (Foto/divulgação)

Colher uma safra de soja muito maior do que a da temporada passada, apesar das intempéries climáticas na região Sul, que registrou seca incomum; e dos atrasos na colheita da região Centro-Oeste causados pela chuva. Sim, esta é a estimativa brasileira anunciada pelos agricultores neste início de janeiro. Eles afirmam estarem preparados.

No final da temporada passada, a produção de rendimentos médios foi de 51,8 quilos por hectare. Agora, a expectativa é de aumento de 59,2, até 60 quilos por hectare, levando ao recorde de produção de 153,4 milhões de toneladas. As informações são da Agroconsult, consultoria especializada no agronegócio brasileiro. Também há projeções positivas para os produtores de milho, cuja a estimativa está em 29,6 milhões de toneladas.

Contudo, a Consultoria também recomenda que se acompanhem as previsões climáticas para os próximos meses, fatores como a alta umidade afetam a colheita e interferem na qualidade dos grãos.

Sobre preços no Brasil, é necessário estar atento, já que o rumo dos preços vai depender, principalmente, do tamanho da safra brasileira, isso no primeiro semestre. Já no segundo, tudo indica que a safra norte-americana é quem vai ditar os rumos da prosa, e há uma tendência para que os prêmios, no Brasil, permaneçam mais estáveis, o que trará suporte para os preços. Entretanto, se a safra for mesmo recorde, esse fator pode inibir a valorização dos prêmios, já que haverá maior oferta. 

Ainda sobre o primeiro semestre, é necessário ter ciência de que a safra de Chicago pode dar respostas positivas, no caso de a safra do Rio Grande do Sul, e da Argentina, apresentarem algum problema. Contudo, os prêmios brasileiros tendem a se movimentar contrariamente aos norte-americanos. 

Por isso que há de se acompanhar atentamente a movimentação, a volatilidade do câmbio do dólar, principalmente considerando que o governo brasileiro está “sob nova direção”. Direção esta, cheia de incertezas, principalmente no que tange aos rumos da política econômica, para a qual a busca de equilíbrio é urgente. O mercado espera que a moeda norte-americana esteja mais forte, principalmente neste primeiro trimestre, e também ao longo de todo o 2023. Inclusive não apenas por conta de fatores internos, há fatores externos que estão promovendo o dólar em alta.

Desde novembro de 2022, o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, por meio do 1o prognóstico do LSPA, Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, já apontava recorde para a safra brasileira de grão, cerais e leguminosas em geral, com estimativa superior a 288,1 milhões de toneladas para 2023. Mais um recorde, de acordo com a série histórica iniciada em 1976. Um aumento superior a 9,5% em relação às estimativas do ano passado.

Isso porque, graças à recuperação de diversas áreas de produção, que foram afetadas no ano que passou. Foram perdas na safra de verão de dois estados da região Sul, Rio Grande do Sul e Paraná, e da região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul.  Para a área prevista, há variação positiva para a safra brasileira de soja em grão em 2023, de 1,2%.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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