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Rússia escapa por pouco de desastre nuclear após terremoto atingir base de submarinos

Publicado em 31/07/2025 às 09:21
Rússia escapa por pouco de desastre nuclear após tremor de 8,8 abalar Kamchatka, onde opera frota de mísseis estratégicos
Rússia escapa por pouco de desastre nuclear após tremor de 8,8 abalar Kamchatka, onde opera frota de mísseis estratégicos
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Tremor de magnitude 8,8 atinge Kamchatka, região onde Moscou concentra parte da frota estratégica de submarinos nucleares

Um terremoto de magnitude 8,8 atingiu a Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, nesta semana. Embora não tenha deixado vítimas, o epicentro ocorreu a menos de 100 km das principais bases navais da dissuasão nuclear russa, onde operam submarinos capazes de lançar mísseis balísticos intercontinentais.

Especialistas alertam que o evento natural coloca sob escrutínio a estratégia militar russa de concentrar seus ativos mais sensíveis em uma região geologicamente instável. Até o momento, o governo de Moscou afirma que não houve danos às instalações, mas a comunidade internacional acompanha o caso com atenção.

Submarinos Borei e Yasen operam na região mais sensível da Rússia

Rússia escapa por pouco de desastre nuclear após terremoto atingir base de submarinos

A Baía de Avacha, em Kamchatka, abriga a base de Rybachy, núcleo da frota de submarinos nucleares estratégicos da Rússia no Pacífico. É ali que estão os submarinos classe Borei e Borei-A, que compõem o braço submarino da tríade nuclear russa. Esses navios carregam mísseis balísticos com ogivas nucleares e são projetados para garantir resposta em caso de conflito global.

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Além deles, a região também abriga unidades da classe Yasen-M, submarinos de ataque avançados que os Estados Unidos consideram uma das maiores ameaças submersas da atualidade. Há ainda presença de submersíveis Oscar II e embarcações com propósitos secretos, como o K-329 Belgorod, projetado para operar os torpedos intercontinentais nucleares Poseidon.

Risco natural expõe vulnerabilidade estrutural

Apesar de sua robustez, as instalações em Kamchatka foram concebidas para resistir a ataques militares, não a terremotos de grande magnitude. Relatórios do portal The War Zone apontam que variações súbitas no nível do mar podem causar incidentes sérios, como rompimentos de amarras e alagamentos de compartimentos em manutenção.

Embora a geografia da baía possa ter suavizado o impacto do tsunami, a concentração de tanto poder militar em um único ponto geográfico instável levanta questionamentos sobre a estratégia de dissuasão adotada por Moscou. Para analistas, o caso mostra que a natureza representa um fator de risco tão imprevisível quanto qualquer rival geopolítico.

Belgorod, Poseidon e a ameaça invisível

Outro fator que aumentou a tensão foi a possível presença, na região, do submarino Belgorod, o maior do mundo. Ele é projetado para operações secretas e transporte dos torpedos Poseidon, que podem carregar ogivas nucleares capazes de gerar tsunamis radioativos.

Se estivesse atracado durante o tremor, qualquer dano ao Belgorod ou ao sistema Poseidon poderia representar um risco global incontrolável. Moscou não confirmou sua posição oficial no momento do sismo, o que alimenta especulações internacionais.

A fragilidade da dissuasão em tempos geológicos

Rússia escapa por pouco de desastre nuclear após terremoto atingir base de submarinos

O terremoto em Kamchatka ressalta um dilema estratégico: até que ponto é seguro centralizar a capacidade de retaliação nuclear em locais remotos, porém geologicamente instáveis? O episódio reacende o debate sobre a segurança dos arsenais nucleares frente a desastres naturais, algo fora do controle militar.

A comunidade internacional, especialmente as potências nucleares rivais, segue atenta a qualquer indício de danos ou mudanças no padrão operacional da frota russa no Pacífico. Afinal, a estabilidade do mundo pode depender não apenas de decisões humanas, mas também da força imprevisível da Terra

Esse terremoto muda sua visão sobre o risco real do arsenal nuclear? A estratégia de Moscou faz sentido mesmo diante de ameaças naturais? Queremos ouvir sua opinião nos comentários, especialmente de quem acompanha geopolítica e segurança internacional.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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