Big Oil ou Big Energy? Especialistas debatem sobre a transição energética no Brasil
A mudança para energias mais limpas está reformulando o cenário energético do Brasil e do mundo. Na busca pela compreensão de como isso afetará a economia e o meio ambiente, a Bloomberg organizou um painel com renomados profissionais para discutir o impacto da transição energética na lucratividade das empresas, alocação de recursos e alinhamento com as metas climáticas globais.
Bloomberg e a Transição Energética: Uma Discussão Imperativa
Na sede da Bloomberg na América Latina, localizada em São Paulo, Fernando Valle, Analista Sênior de Energia da Bloomberg Intelligence, encabeçou o debate com a presença de Décio Oddone, Diretor e Presidente da Enauta; Vitor Burjack, Analista Global de Equity e Commodities do Opportunity e Tiago Cunha, Gerente de Portfólio da Ace Capital.
Valle pontuou que, apesar dos avanços significativos do Brasil na transição energética, ainda há um desafio a ser enfrentado. “A segurança e eficiência energética global ainda não são totalmente atingidas somente com energia renovável”, afirmou.
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O principal empecilho na jornada do Brasil para se tornar líder em investimentos em novas energias, de acordo com Oddone, é a ausência de regulamentação adequada. “Não faltam dúvidas acerca do potencial do Brasil para produção de hidrogênio verde, energia eólica offshore e baterias. No entanto, a falta de uma regulamentação clara e agilidade nas negociações podem tolher nossa liderança no cenário global”, ponderou Oddone.
A Nova Configuração Energética e as Oportunidades no Horizonte
Por outro lado, Burjack observou que o mercado já sinaliza um decréscimo no investimento em petróleo, refletindo a mudança para uma configuração energética mais limpa. “O Brasil tem potencial para se tornar um importante exportador de gás nos próximos anos e estamos empenhados em fortalecer esse mercado até 2026”, disse ele.
Cunha complementou essa visão, ressaltando a adoção acelerada de tecnologias renováveis e a crescente restrição ao crédito com base em critérios ESG (Environmental, Social and Governance). “Os países mais ricos estão fortemente empenhados na transição energética. A realidade que projetamos para 2030 já se faz presente”, destacou.
Vinicius Nunes, analista de soluções climáticas da BNEF, evidenciou o vigor dos investimentos na transição energética, que atingiram a marca de US$ 1,1 trilhão em 2022, segundo pesquisa da BloombergNEF. “O Brasil lidera os investimentos em energia renovável na América Latina, contando com inesgotáveis recursos naturais como luz solar e ventos fortes”, afirmou Nunes.
O evento ainda contou com a presença de Livia Guarda, gerente de relacionamento da Bloomberg para empresas de gestão de ativos, e Julio Aparecido, especialista sênior em Commodities da Bloomberg. Aparecido enfatizou o papel da Bloomberg na propagação de estratégias de mercado eficazes para ajudar as empresas a alcançar a neutralidade de carbono com eficiência e transparência.