Investimentos de R$ 1 bilhão estão transformando as rodovias em estado brasileiro! Da nova pavimentação revolucionária na BR à ampliação da ponte, a promessa é de estradas modernas e seguras. Será que esses avanços conseguirão superar os desafios históricos da região?
O futuro das rodovias federais no Acre promete uma transformação histórica.
Com investimentos que superam R$ 1 bilhão, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) planeja não apenas restaurar estradas, mas revolucionar a infraestrutura com novas tecnologias e obras icônicas.
Porém, os desafios geológicos e as barreiras operacionais ainda colocam à prova a eficiência dessa empreitada. Será que estamos prestes a testemunhar uma nova era para o trânsito na região?
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No programa Bar do Vaz, exibido pelo canal ac24horas na última quinta-feira (23), o jornalista Roberto Vaz recebeu Ricardo Araújo, superintendente regional do DNIT no Acre.
Durante a conversa, Araújo trouxe à tona avanços nas obras das rodovias BR-317 e BR-364, além de detalhar os desafios de manutenção e o impacto de novas tecnologias no estado.
BR-317: nova realidade nas estradas do Acre
A BR-317, que conecta Rio Branco a Brasileia, apresenta avanços significativos.
Segundo Araújo, a rodovia agora exibe trechos de alta qualidade após intervenções que priorizaram segurança e eficiência.
“A 317 hoje está em perfeito estado, de Boca do Acre até Brasileia. Refizemos toda a região do Bagaço, e ali não há mais problemas,” destacou Araújo.
Ele ainda informou que mais de 60% dos 300 km entre Boca do Acre e Brasileia já foram recapeados, além da construção de acostamentos para aumentar a segurança.
Esse progresso reflete o compromisso em superar um histórico de precariedade.
A região, frequentemente afetada por dificuldades logísticas e climáticas, passa agora por uma transformação que promete maior fluidez no tráfego.
BR-364: pavimento mais resistente e inovação
Na BR-364, que conecta Rio Branco a Cruzeiro do Sul, o DNIT adotou um novo método de pavimentação conhecido como macadame hidráulico.
A técnica, composta por uma base de pedras compactadas, foi aplicada em um trecho crítico entre o aeroporto e o município de Bujari.
“Esse novo pavimento tem um custo inicial mais elevado, mas reduz os gastos de manutenção quase a zero.
Hoje, o trajeto que era complicado pode ser feito em apenas cinco minutos,” explicou o superintendente.
Até o momento, 50 km da BR-364 foram concluídos com essa tecnologia, e a meta é chegar a 120 km até o final do ano.
Embora o custo do transporte de pedras de Abunã eleve os gastos iniciais, a durabilidade promete compensar.
Além disso, a resistência ao clima adverso do inverno amazônico representa uma mudança de paradigma para a rodovia, que historicamente apresentava dificuldades nessa estação.
Controle de peso: um desafio persistente
Outro ponto abordado na entrevista foi a fiscalização do peso de veículos nas rodovias.
Após um período de interrupção no serviço, a fiscalização foi retomada em janeiro. Araújo destacou que o excesso de peso continua sendo um grande desafio.
“Infelizmente, ainda temos motoristas que transportam até 50 toneladas acima do permitido e preferem pagar a multa a se adequarem,” afirmou.
Mesmo com o novo pavimento mais resistente, a sobrecarga compromete a durabilidade das estradas e exige atenção contínua das autoridades.
Ponte sobre o Rio Caeté: engenharia contra a natureza
Um dos projetos mais desafiadores em andamento é a ponte sobre o Rio Caeté, localizada em Sena Madureira.
A estrutura tem enfrentado deslocamentos devido a problemas geológicos no solo subterrâneo.
Para solucionar a questão, o DNIT planeja a construção de uma ponte estaiada com cabos de aço tensionados.
“Descobrimos que, a 70 metros de profundidade, há uma camada de lama que se movimenta rapidamente, principalmente no inverno, quando o rio passa de 50 cm para 210 metros de largura,” detalhou Araújo.
A nova ponte será ampliada de 210 para 360 metros, garantindo maior estabilidade e segurança.
Esse investimento representa um marco para a região, cuja geografia desafiadora exige soluções inovadoras.
A ponte, ao ser concluída, promete melhorar significativamente o tráfego e a conectividade entre as comunidades locais.
Uma nova era para as rodovias?
Com os investimentos bilionários e a implementação de tecnologias avançadas, as rodovias federais do Acre caminham para se tornarem um modelo de eficiência e modernidade.
Contudo, desafios como o controle de peso e os altos custos de transporte de materiais permanecem no radar das autoridades.
A pergunta que fica é: será que esses esforços finalmente colocarão um ponto final nos históricos problemas das estradas do Acre? Ou os desafios logísticos e naturais continuarão a ser uma barreira?