Protótipo de um robô de mineração se soltou de navio e ficou preso no fundo do oceano pacífico
A Global Sea Mineral Resources (GSR), uma divisão de exploração de alto mar da empresa DEME Group, está testando um robô de mineração chamado Patania II, de 25 toneladas e muito tecnológico. O robô é projetado para coletar minérios no fundo do oceano e enviá-los até o navio na superfície. Porém, ao mesmo tempo que a empresa busca testar o equipamento para a mineração no fundo dos oceanos, empresas como Google, Samsung, Volvo e BMW tentam atrasar essas ações pensando no meio ambiente.
O protótipo estava em testes, nos quais trazia material para a superfície para estudos do impacto ambiental da mineração, além de testar a capacidade do equipamento ao fazer exploração em larga escala. A máquina de exploração estava quase completando a sua fase de testes quando se descolou do cabo que o ligava ao navio, ficando preso a 4 KM de baixo d´água. O porta-voz da GST, em contato com a Reuters, destacou que a operação para o resgate do equipamento começará em breve. As pequenas rochas que estão no fundo do oceano são ricas em cobalto e outros materiais muito usados em baterias.
Google, Samsung, Volvo e BMW preocupadas com a mineração dos mares
Os testes também são vistos como uma oportunidade de estudo para quase 30 institutos europeus que irão analisar os dados para verificar qual é o impacto da mineração no fundo do mar. Porém, empresas globais como a Google, Samsung, Volvo e BMW estão preocupadas com o impacto no meio ambiente das explorações dos metais.
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Impacto no meio ambiente
Hoje, as principais empresas do mundo estão correndo para eletrificar toda as suas produções e abandonar os combustíveis fósseis. Com isso, a demanda por baterias de qualidade irá aumentar ano a ano, elevando também a necessidade de metais, muitos deles encontrados apenas no fundo do mar.
O ambientalista britânico David Attenborough é uma das pessoas que lideram ações contra a exploração dos fundos dos mares. Além dele, empresas como Google, BMW, Volvo e Samsung assinaram um pedido da World Wildlife Fund para uma moratória na exploração do fundo do mar. A mineração dos mares só deve ser autorizada após estudos sobre os impactos.
Essas empresas se comprometeram a não comprar metais explorados no fundo do mar e retirá-los totalmente das suas cadeias de produção, além de não financiar a mineração dos oceanos.
Mercado de baterias terá que se adaptar
A exploração do fundo do mar é muito lucrativa e importante para o mercado de baterias global, algo que interessa diretamente grandes empresas. A exploração consegue extrair cobalto, cobre, níquel e manganês, matérias primas fundamentais para a criação de baterias tecnológicas e eficientes.
O fato de o protótipo ter ficado no fundo do mar sem controle foi visto como um mal, visto aos olhos da Greenpeace. A entidade respondeu da seguinte forma ao ocorrido: “Perder o controle de uma máquina de mineração de 25 toneladas no fundo do Oceano Pacífico deveria afundar a ideia para sempre de minerar nas profundezas do mar”.



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