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Robô de mineração se solta de navio e fica preso no fundo do oceano pacífico; Google, Samsung, Volvo e BMW trabalham para frear a exploração dos mares

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 30/04/2021 às 22:34
mineiração - rio - google -
Foto: Reprodução

Protótipo de um robô de mineração se soltou de navio e ficou preso no fundo do oceano pacífico

A Global Sea Mineral Resources (GSR), uma divisão de exploração de alto mar da empresa DEME Group, está testando um robô de mineração chamado Patania II, de 25 toneladas e muito tecnológico. O robô é projetado para coletar minérios no fundo do oceano e enviá-los até o navio na superfície. Porém, ao mesmo tempo que a empresa busca testar o equipamento para a mineração no fundo dos oceanos, empresas como Google, Samsung, Volvo e BMW tentam atrasar essas ações pensando no meio ambiente.

O protótipo estava em testes, nos quais trazia material para a superfície para estudos do impacto ambiental da mineração, além de testar a capacidade do equipamento ao fazer exploração em larga escala. A máquina de exploração estava quase completando a sua fase de testes quando se descolou do cabo que o ligava ao navio, ficando preso a 4 KM de baixo d´água. O porta-voz da GST, em contato com a Reuters, destacou que a operação para o resgate do equipamento começará em breve. As pequenas rochas que estão no fundo do oceano são ricas em cobalto e outros materiais muito usados em baterias.

Google, Samsung, Volvo e BMW preocupadas com a mineração dos mares

Os testes também são vistos como uma oportunidade de estudo para quase 30 institutos europeus que irão analisar os dados para verificar qual é o impacto da mineração no fundo do mar. Porém, empresas globais como a Google, Samsung, Volvo e BMW estão preocupadas com o impacto no meio ambiente das explorações dos metais.

Impacto no meio ambiente

Hoje, as principais empresas do mundo estão correndo para eletrificar toda as suas produções e abandonar os combustíveis fósseis. Com isso, a demanda por baterias de qualidade irá aumentar ano a ano, elevando também a necessidade de metais, muitos deles encontrados apenas no fundo do mar.

O ambientalista britânico David Attenborough é uma das pessoas que lideram ações contra a exploração dos fundos dos mares. Além dele, empresas como Google, BMW, Volvo e Samsung assinaram um pedido da World Wildlife Fund para uma moratória na exploração do fundo do mar. A mineração dos mares só deve ser autorizada após estudos sobre os impactos.

Essas empresas se comprometeram a não comprar metais explorados no fundo do mar e retirá-los totalmente das suas cadeias de produção, além de não financiar a mineração dos oceanos.

Mercado de baterias terá que se adaptar

A exploração do fundo do mar é muito lucrativa e importante para o mercado de baterias global, algo que interessa diretamente grandes empresas. A exploração consegue extrair cobalto, cobre, níquel e manganês, matérias primas fundamentais para a criação de baterias tecnológicas e eficientes.

O fato de o protótipo ter ficado no fundo do mar sem controle foi visto como um mal, visto aos olhos da Greenpeace. A entidade respondeu da seguinte forma ao ocorrido: “Perder o controle de uma máquina de mineração de 25 toneladas no fundo do Oceano Pacífico deveria afundar a ideia para sempre de minerar nas profundezas do mar”.

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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