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Rio de Janeiro terá ‘megacidade’ no entorno do Aeroporto do Galeão! Conheça o audacioso projeto de aerotrópole que promete transformar a região em um polo global de desenvolvimento

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 14/11/2024 às 23:38
Projeto de aerotrópole no Galeão busca transformar Rio em polo global, com apoio de Zhengzhou e investimentos em infraestrutura multimodal.
Projeto de aerotrópole no Galeão busca transformar Rio em polo global, com apoio de Zhengzhou e investimentos em infraestrutura multimodal.

Rio de Janeiro pode estar prestes a ver uma revolução urbana sem precedentes: a criação de uma aerotrópole no entorno do Aeroporto Galeão, em parceria com Zhengzhou, China. A ideia é transformar o aeroporto em um polo global de negócios e inovação, redefinindo o futuro econômico e urbano da cidade.

O que leva uma cidade a se tornar um centro pulsante de inovação e negócios globais? No Rio de Janeiro, a resposta pode estar prestes a ganhar uma nova dimensão com a chegada de uma mega-aerotrópole.

De acordo com o jornal Diário do Rio, embora ainda pouco conhecida do grande público, essa proposta ambiciosa promete alterar profundamente o panorama econômico e urbano ao redor do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, transformando-o no eixo de uma “cidade-aeroporto” de proporções inéditas.

A iniciativa se inspira no sucesso do Aeroporto de Zhengzhou, na China, uma das maiores aerotrópoles do mundo, com impressionantes 700 km².

Esse marco de desenvolvimento é resultado de uma visão estratégica que alia o transporte aéreo a negócios, logística, tecnologia e integração urbana.

De acordo com fontes oficiais, o projeto carioca contará com uma parceria internacional que será formalizada durante o evento U20, parte da programação do G20, neste mês de outubro.

Parceria internacional promete acelerar transformação

Segundo divulgado pela Prefeitura do Rio, o projeto é uma colaboração inédita entre o governo local e a zona econômica do Aeroporto de Zhengzhou (ZAEZ), reconhecido por seu pioneirismo global em aerotrópoles.

Durante o evento U20, o acordo de cooperação será oficialmente firmado, trazendo para o Rio a experiência de desenvolvimento urbano integrado que já revolucionou a economia de Zhengzhou.

Essa colaboração vai muito além do conhecimento técnico: ela abre portas para investimentos e tecnologias que podem catalisar o crescimento do entorno do Galeão em uma verdadeira cidade-aeroporto, conectada globalmente.

John Kasarda, o criador do conceito de aerotrópole, estará presente no evento e ressalta a importância dessa transformação urbana: “A expansão das instalações comerciais ao redor de aeroportos está convertendo essas áreas em âncoras de desenvolvimento metropolitano”, disse Kasarda em um painel sobre aerotrópoles no evento.

Kasarda é responsável por projetos em mais de 25 localidades pelo mundo, e seu trabalho em Zhengzhou será o principal modelo para o Rio.

Uma geografia privilegiada para um projeto ambicioso

Para o Diretor-Presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), Gustavo Guerrante, a localização do aeroporto carioca é um dos pontos fortes do projeto.

“O Rio tem o privilégio de possuir um aeroporto numa ilha integrada à cidade, algo que poucas metrópoles ao redor do mundo têm,” destacou Guerrante.

O Aeroporto Internacional Tom Jobim está localizado na Ilha do Governador, próximo ao centro urbano e com a Baía de Guanabara ao seu redor, o que permite planejar um espaço multimodal e de alta conectividade.

Essa estrutura única poderá ser otimizada com a experiência de Zhengzhou, resultando em maior eficiência de transporte e economia logística.

De acordo com Guerrante, essa característica permitirá ao Rio expandir suas rotas comerciais e aprimorar seu sistema de mobilidade urbana, criando novas oportunidades de negócios e desenvolvimento para a cidade.

A Aldeya Life Park: ponto de partida para a aerotrópole carioca

O projeto que está por trás dessa transformação não começou do zero.

Há quatro anos, a Prefeitura do Rio iniciou a construção do Aldeya Life Park, um polo econômico com cerca de 150 mil m² no próprio sítio aeroportuário.

Segundo o líder do projeto, André Bendavit, o Aldeya Life Park é o primeiro passo para consolidar o conceito de “cidade-aeroporto” no Brasil, oferecendo uma infraestrutura que conecta terra, mar e ar.

A localização permite o uso tanto da Baía de Guanabara quanto das vias rodoviárias, como a Linha Vermelha e a Avenida Brasil, criando um polo de alta mobilidade que amplia as opções de deslocamento.

Além disso, o plano inclui a construção de um terminal de barcas, conectando o aeroporto ao Centro e ao aeroporto Santos Dumont, ampliando a rede de transportes na região.

Bendavit destacou a importância dessa infraestrutura para o sucesso da aerotrópole carioca: “A conectividade multimodal é essencial para tornar esse projeto viável e competitivo.”

Aerotrópoles pelo mundo: um modelo de sucesso

O conceito de aerotrópole, que une um aeroporto ao planejamento urbano e econômico de uma cidade, já se provou bem-sucedido em cidades como Dubai, Amsterdã e Hong Kong.

Esses locais se tornaram polos de atividades econômicas e logísticas, com o aeroporto servindo não apenas como ponto de entrada e saída de passageiros, mas também como catalisador para setores como comércio eletrônico, alta tecnologia e serviços de saúde.

Conforme especialistas, esse modelo tem a capacidade de dinamizar a economia local ao reduzir custos de transporte e aumentar a eficiência logística, atraindo empresas de diversos setores.

A aplicação desse conceito no Rio poderá significar uma transformação sem precedentes.

Espera-se que o projeto não apenas traga inovações em infraestrutura e tecnologia, mas também que crie empregos, fomente o desenvolvimento de serviços voltados para a população local e amplie o potencial turístico da cidade.

Aerotrópole: o aeroporto como coração de uma metrópole

A definição de aerotrópole destaca o papel do aeroporto como núcleo de atividades econômicas e sociais que geram valor para toda a cidade.

Segundo o conceito, além das funções tradicionais, um aeroporto pode impulsionar áreas como a indústria de alta tecnologia, logística, centros de distribuição e até mesmo o setor de saúde, que se beneficia da proximidade com o transporte aéreo para ampliar o alcance dos serviços.

Essa infraestrutura de ponta visa a criar um ambiente vibrante e dinâmico que contribui para o crescimento regional.

De acordo com Guerrante, a parceria com Zhengzhou traz um grande diferencial para o projeto carioca: “Não começamos do zero.

Estamos integrando as melhores práticas já implementadas na China e adaptando-as ao nosso contexto,” afirmou o diretor.

Com o apoio chinês, o Rio ganha um modelo já testado e validado, reduzindo riscos e acelerando a implementação.

O futuro da cidade-aeroporto do Rio: uma revolução urbana ou um sonho distante?

Diante da magnitude e dos desafios de um projeto dessa natureza, fica a pergunta: será que o Rio de Janeiro tem o que é preciso para se transformar em um dos principais polos globais de inovação e conectividade?

Em um contexto de grandes transformações urbanas, a ideia de uma aerotrópole pode, de fato, alavancar o potencial econômico e social do Rio de Janeiro, mas dependerá de uma gestão pública eficiente, investimentos robustos e cooperação internacional.

Será que essa “megacidade” no entorno do Galeão conseguirá realmente impulsionar o Rio de Janeiro ao patamar de um polo global de desenvolvimento e inovação?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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