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Localização RJ, SP Tempo de leitura 5 min de leitura

Rio de Janeiro lidera disparada de preço e Região Sudeste registra gasolina e etanol mais caros do Brasil, esvaziando o bolso do consumidor, taxistas e motoristas de aplicativo

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 27/08/2021 às 08:41
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Frentista em posto de gasolina Petrobras / Imagem Google

Encontrado a R$ 6,45 nos postos do Rio de Janeiro, preço da gasolina dispara e registra novo aumento de 1,04%. Etanol atinge R$ 5,35 e consumidor não tem para onde correr!

De acordo com o mais recente levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), a Região Sudeste registrou aumento de 1,04% no preço médio da gasolina no início de agosto, na comparação com o fechamento de julho. O combustível foi encontrado nos postos a R$ 6,458. Além da gasolina, o Rio de Janeiro registrou o etanol mais caro da região, a R$ 5,354. Com todo o aumento, consumidores domésticos e motorista profissionais como taxistas e de aplicativos se veem de mãos atadas.

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Contribuiu ao aumento na região o preço médio mais caro do País registrado no Rio de Janeiro, de R$ 6,458. A maior alta dos postos regionais também foi apresentada no estado, de 1,16%.

“Os demais combustíveis também apresentaram aumentos. O etanol avançou 0,79% e foi encontrado a R$ 4,864. O diesel comum e o diesel S-10, com altas de 0,32%, foram comercializados a R$ 4,666 e R$ 4,736, respectivamente”, pontua Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.

Índice de Preços Ticket Log (IPTL), Região Sudeste

Além da gasolina, o Rio de Janeiro registrou o etanol mais caro da região

Além da gasolina, o Rio de Janeiro registrou o etanol mais caro da região, a R$ 5,354, embora o aumento de 0,22% em relação ao fechamento de julho tenha sido o mais baixo do Sudeste. Em Minas Gerais, o diesel e diesel S-10 apresentaram os valores mais altos por litro, a R$ 4,763 o tipo comum, e R$ 4,826 o S-10. No Espírito Santo, o gás natural veicular (GNV) mais caro foi comercializado a R$ 4,355 o metro cúbico.

Nos postos de São Paulo, todos os combustíveis foram encontrados pelos preços médios mais baixos da região. O diesel comum esteve à média de R$ 4,581, e o S-10 a R$ 4,633. Já o etanol foi comercializado a R$ 4,205; a gasolina, a R$ 5,621; e o GNV a R$ 3,345.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados à Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

Gasolina está barata, custa R$ 1,95 na refinaria; imposto federal está fixo há anos, mas não impede constantes altas do combustível

Preço da gasolina do Brasil sofre disparadas desenfreadas mesmo com o imposto federal estando fixo há anos, mas ICMS que é regulado por governadores está quase o dobro do que estava no início de janeiro. O presidente Jair Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, declarou que a gasolina no Brasil está “barata”, uma vez que o combustível “custa R$ 1,95 na refinaria”. Afinal, como é possível o brasileiro pagar tão caro nesse combustível?

“Está barata a gasolina. Não, está barata… Custa R$ 1,95 na refinaria. Até chegar na ponta, lá…”, disse o chefe do executivo. Do outro lado, nos postos, a última média semanal do preço do líquido trazida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi de R$ 5,866.

“Você pode ver, o imposto federal na gasolina existe. Chama-se PIS-Cofins. Ele é o mesmo valor fixo desde que eu assumi. Por dois anos e meio eu não aumentei nada. Agora, o ICMS está quase o dobro do que estava no início de janeiro. ICMS é dos governadores. Eu não sou… eu sou passível de crítica, sem problema nenhum, agora, vamos criticar com razão”, disse o presidente em resposta às críticas de alta no preço dos combustíveis.

Após reajuste de 3,3% feito pela Petrobras na semana passada, o preço da gasolina que sai das refinarias subiu de R$ 2,69 para R$ 2,78. A petroleira leva em consideração o preço de 73% de um litro de gasolina, visto que no Brasil acrescenta-se álcool no combustível antes de colocá-lo à venda.

Para melhor entendimento, um litro de gasolina que vai para o tanque do consumidor é composto de 73% de gasolina e 27% de álcool. Ou seja, a Petrobras é responsável por R$ 1,97 do custo de um litro de gasolina que é vendido nos postos.

De acordo com a estatal, a alta no valor médio da gasolina segue o aumento dos patamares internacionais de preços. Eles servem como uma forma de garantir que o mercado não sofra com o risco de uma crise de desabastecimento.

Mas no final o consumidor é que paga a conta, uma vez que outras questões devem ser consideradas, como impostos estaduais, adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel, além da margem cobrada pela distribuição e revenda.

Venda direta das usinas de etanol para os postos de combustíveis gera benefícios ao consumidor, que contará com valor baixo e qualidade

A medida provisória aprovada semana passada pelo Governo, que garante a venda direta de etanol das usinas para os postos de combustível, pode gerar benefícios para o consumidor. A afirmação é de Alexandre Andrade Lima, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana).

De acordo com Lima, “A expectativa é que venha a baixar o preço do etanol, principalmente nas unidades industriais que estão próximas aos grandes centros consumidores”. Ele afirma ainda que garante a qualidade do biocombustível que vai sair da usina direto para os postos.

“O setor é bem fiscalizado pela ANP. Não há chance de perder qualidade nas bombas dos postos, pois haverá a informação da usina que disponibilizou o produto e isso vai garantir a qualidade. O setor é muito responsável quando se trata da procedência do produto”, pontua.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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