O Estaleiro Atlântico Sul, gigante da construção naval e reparos navais em Suape, se prepara para atender à grande demanda por torres de energia eólica offshore e planeja se tornar um player importante no mercado de energias renováveis
A empresa reconhecida no setor de reparos navais, Estaleiro Atlântico Sul (EAS) começou o ano de forma positiva, pois o sítio onde está instalado, no Complexo Portuário de Suape, conta com seu dique e com seu cais, que tem uma extensão de 730 metros, lotados de navios. No caso da empresa de construção naval, cerca de cinco navios e rebocadores foram reparados. De acordo com Nicole Mattar Haddad, a empresa está forte no mercado de reparos navais como uma fornecedora de alta qualidade no país, garantindo serviços para clientes brasileiros e de outros países, transferindo um mercado que está no RJ e fora do país para Pernambuco, gerando 500 empregos em Suape.
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Estaleiro Atlântico Sul investe em energia eólica offshore
A CEO do Estaleiro Atlântico Sul em Suape agora está focando, além da construção naval, em um mercado que deve crescer no Brasil nos próximos anos: o setor de energia eólica offshore, mais especificamente na fabricação de fundações e torres para turbinas offshore.
Nicole afirma que já possui parceiros internacionais em negociação e está se preparando para a entrada no mercado. Isso significa que surgirá uma nova demanda no Nordeste com a aprovação pela Aneel da instalação de parques de energia eólica offshore, e o Estaleiro Atlântico Sul não quer ficar de fora.
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A demanda no setor de energia eólica offshore anima a equipe da empresa de construção naval em Suape, já que, em termos de equipamentos, soldagem, caldeiraria e outros aspectos, o Estaleiro Atlântico Sul está em um alto nível de competitividade.
Governo Federal assina decreto regulamentador para a geração de energia eólica offshore em estados brasileiros
No último mês, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que regulamenta empreendimentos para geração elétrica através de fontes eólicas em alto mar. A produção de energia eólica offshore será autorizada pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Já a Aneel analisa os pedidos de autorização para instalação de duas usinas de energia eólica offshore no Ceará, porém planeja aguardar o desenvolvimento de uma regulação específica para o setor.
De certa forma, o EAS já mira o setor de energia eólica. “No segmento de torres, nós já estamos disputando contratos. O que estamos mirando é o mercado offshore que está nascendo no Brasil”, admite a executiva que gerencia a Recuperação Judicial do estaleiro.
Estaleiro Atlântico Sul volta a contratar
Apesar de tudo, Haddad sabe que diversas empresas de fora chegarão quando a contratação de torres começar. Entretanto, afirma acreditar que a condição do estaleiro e sua experiência em produtos náuticos pode colocar o EAS em um bom posicionamento na disputa.
A executiva da empresa de construção naval tem um prazo de dois anos para sair da Recuperação Judicial e acredita que é possível. Entretanto, deseja fazer isso oferecendo uma empresa mais competitiva e com novos negócios. Haddad destaca também que a empresa já começou a ligar para antigos soldadores e está recontratando.